Ex-Vasco, atacante Adriano brilha no Catar e marca 18 gols em 19 jogos

Quinta-feira, 24/05/2012 - 22:37

No Qatar, em um campeonato recheado de brasileiros, o jogador que mais balançou a rede na última temporada não poderia deixar de ser brasuca. Em meio a compatriotas como Rodrigo Tabata, Afonso Alves, Diego Tardelli, Zé Roberto e Marcinho, quem brilhou foi Adriano, ex-Vasco e Internacional, ao marcar 18 gols em 19 jogos. Embora não tenha alcançado o sucesso jogando em sua terra natal, o atacante hoje acredita que é mais um jogador "tipo exportação" do futebol brasileiro.

Aposta do Al Jaish no começo da temporada, o paulista nunca havia jogado no chamado "mundo árabe". Antes, teve uma passagem pelo futebol japonês e garante: a devoção pelo futebol canarinho existe em todo o mundo.

- Não é só o povo árabe. Quando estava no Japão, todo mundo de lá também adorava os brasileiros. O Brasil é a referência no futebol hoje em dia e, quando você diz que é brasileiro, já tem outra recepção. Todo país produz alguma coisa e o Brasil produz jogador de futebol. Me orgulho por ser parte disso e por ter meu trabalho reconhecido. O futebol brasileiro tem muita qualidade. Por exemplo, todo mundo se orgulha de ver o Neymar jogar – declarou Adriano, de férias no Brasil, ao GLOBOESPORTE.COM.

Traje típico em premiação

O atacante não deixou barato o carinho que recebeu no Qatar. Tanto que, na festa onde ganhou o troféu de artilheiro do campeonato nacional, se vestiu com os trajes típicos – uma forma de homenagear o país que o abriga desde 2011.

- Eu me identifiquei muito com o povo árabe e eles tiveram um carinho grande comigo, de forma muito rápida. Por isso, eu busco sempre retribuir não só dentro de campo, mas também fora dele. Os estrangeiros não são obrigados a usar o traje, mas eu usei como uma forma de homenagem ao carinho que sempre recebi. Foi para demonstrar o quanto estou feliz no Qatar.

E o troféu recebido com trajes típicos agora é o novo xodó. Adriano trouxe o prêmio para o Brasil e cuida com carinho do objeto que representa sua consagração aos 30 anos de idade.

- É o reconhecimento do meu trabalho. O troféu é um símbolo, que ficará marcado para mim e para meu filho quando cresce. Muitos brasileiros já chegaram a esse reconhecimento, como o Araújo (atualmente no Náutico), e agora estou feliz que chegou a minha vez.

Fonte: GloboEsporte.com