Presidente do Vila Nova nega que já esteja negociando Rondinelly com Vasco

Terça-feira, 17/04/2012 - 23:15

O futuro do meia Rondinelly, de 21 anos, continua rendendo no Vila Nova. O garoto é um dos grandes destaques no Tigrão na temporada, e especulações sobre sua saída da equipe são frequentes, principalmente após Rondinelly ter acertado com o empresário Márcio Mello. O agente sempre demonstrou o interesse em negociar a promessa após o fim do Campeonato Goiano, o que também nunca foi negado pela diretoria colorada.

O presidente Eduardo Barbosa já admitiu que segurar Rondinelly no clube para a Série C do Campeonato Brasileiro é muito difícil. No entanto, uma reunião em um hotel de Goiânia na noite da última segunda-feira gerou mal estar junto ao Conselho Deliberativo. Márcio Mello esteve em Goiânia, onde também gerencia as carreiras de vários jogadores do Atlético-GO.

A reunião no hotel ocorreu entre o empresário, Rondinelly e o presidente do Vila Nova, Eduardo Barbosa. Desconfiados de que o encontro seria para selar a venda da joia colorada, quatro membros do Conselho Deliberativo, entre eles o presidente da casa, Paulo Diniz, foram ao hotel onde acontecia a reunião e pressionaram o presidente Eduardo Barbosa. O dirigente máximo do Vila Nova não negou a existência da reunião e deu sua versão para o encontro.

- Foi uma reunião normal e não tinha nada relacionado à venda do Rondinelly. Foi uma informação errada que passaram para os conselheiros. Algumas pessoas são maldosas. Fiquei chateado com certas coisas, mas vida que segue. Não existe a menor chance de negociarmos nosso jogador agora, já que estamos em faz de decisão do Campeonato Goiano. Vamos negociar o jogador só após o fim do Estadual – disse Eduardo Barbosa.

O presidente colorado só pode vender jogadores do Vila Nova caso tenha autorização do Conselho Deliberativo. Mais precisamente, Eduardo Barbosa precisa da aprovação de uma comissão formada por Paulo Diniz, presidente do Conselho, além de Marcos Martinez, vice, e Joelmir de Oliveira, 1º secretário da casa. Eduardo Barbosa negou a possível intenção negociar Rondinelly sem aprovação do Conselho Deliberativo.

- Eu já tinha falado com todos, que a negociação só seria concluída após o Campeonato Goiano. Eu não posso fazer nenhuma transferência sem aprovação do Conselho, então não nos reunimos para vender Rondinelly. Acho que deveríamos pensar apenas no clássico contra o Goiás – afirmou o presidente do Vila Nova.

O Tigrão jogará contra o maior rival nas semifinais do Campeonato Goiano. O confronto só vai ocorrer porque a equipe colorada perdeu para o Crac, em casa, com atuação apática da maioria dos jogadores, inclusive de Rondinelly. O meie negou nesta terça que as recentes especulações sobre seu futuro tenha interferido em sua atuação contra o Leão do Sul.

Pressão

O presidente do Conselho, Paulo Diniz, acredita que o imbróglio já é prejudicial ao Villa Nova. Segundo o dirigente, Rondinelly e o próprio clube podem sentir as consequências de tanta especulação. Paulo Diniz confirmou que esteve presente na reunião e que pediu ao empresário Márcio Mello que não tratasse da transferência do meia antes do término do Estadual.

- Nós realmente fomos à reunião. Tínhamos a informação de que Rondinelly estaria sendo negociado. Isso fugiria do controle. Pedimos a Márcio Mello que evitasse este assunto enquanto estivermos disputando as semifinais. Esse tipo de negócio desestabiliza o jogador e o time como um todo, justo no momento em que estamos em uma fase decisiva. Qualquer proposta oficial deverá será apresenta à diretoria, com cópia para o Conselho, após o Campeonato Goiano, já que quem ‘bate o martelo’ somos nós.

Segundo Paulo Diniz, o empresário Márcio Mello reagiu bem ao pedido. Rondinelly tem contrato com o Vila Nova até 2015, mas segundo não só o presidente executivo, Eduardo Barbosa, como o presidente do Conselho Deliberativo, a permanência do meia após o Goianão é difícil.

- A gente entende que não será fácil manter o jogador no clube, porque o Vila Nova está sem dinheiro em caixa. No entanto, não vamos aceitar qualquer valor. Evidentemente que o clube que depositar a multa rescisória poderá contar com o atleta. Hoje a multa é de R$ 3 milhões para times brasileiros e R$ 7 milhões para equipes do exterior. Só vamos aceitar negociar Rondinelly caso a proposta fique próxima do valor da multa – finalizou Paulo Diniz.

Fonte: GloboEsporte.com