Luis Maffei, um dos autores de 'Contos da Colina', fala sobre o livro

Sábado, 07/04/2012 - 12:36

Está na praça, nas melhores lojas do ramo, mais um livro sobre o clube de São Januário. E não é uma obra qualquer, pois reúne 15 craques, de dentro e fora do campo. "Contos da Colina - 11 ídolos do Vasco e sua imensa torcida bem feliz" conta a história de um time cruzmaltino inteiro, narrada em prosa e verso por três mestres da literatura - Luis Maffei, Mauricio Murad e Nei Lopes. Como se não bastasse, há ainda o prefácio de Sérgio Cabral, testemunha ocular, como dizia o extinto "Repórter Esso", do "Expresso da Vitória", a equipe que dá base ao livro.

Maffei e Murad são professores universitários. O primeiro, que há três anos publicou "38 Círculos", centrado na campanha da Série B, em 2009, escreveu agora sobre Barbosa, Danilo Alvim, Juninho Pernambucano e sobre a torcida. Murad, um dos mais destacados pesquisadores na área de sociologia do esporte, ocupou-se em "Contos da Colina" de Ademir, Bellini, Edmundo e Roberto Dinamite. E Nei Lopes, compositor e estudioso da cultura afro-brasileira, dissertou sobre Alfredo, Eli do Amparo, Ipojucan e Sabará.

O "Expresso da Vitória" teve vida útil entre 1944 e 1952. Ganhou um título sul-americano, em 1948, cinco cariocas, 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, e três municipais - 1944, 1945 e 1946. No livro, cede Barbosa, Bellini, Danilo Alvim, Eli do Amparo, Sabará e Ipojucan. Bellini e Sabará foram campeões em 1952. Roberto Dinamite é o óbvio em qualquer obra sobre o Vasco. E Juninho Pernambucano e Edmundo são ídolos das novas gerações. Muitos outros nomes poderiam figurar em "Contos da Colina". Mas o grande ausente é talvez o mais polêmico de todos: Romário.



Os três injustiçados

"Contos da Colina", da Editora Oficina Raquel, começa rendendo homenagem ao artilheiro Ademir Marques de Meneses, que para muitos foi maior que o próprio Roberto Dinamite. E tem como grande virtude relacionar, entre os 11 craques escolhidos, três grandes injustiçados do futebol brasileiro. Alfredo jogou 18 anos no Vasco, de 1939 a 1956, e a exemplo de Sabará, que vestiu a camisa cruz-maltina de 1952 a 1964, nem sempre ambos são citados como heróis do clube. Já Barbosa, o goleiro com 15 anos de serviços prestados em São Januário, sofreu por 50 anos, apontado como o maior culpado da derrota do Brasil para o Uruguai na Copa de 1950.

Curiosidades

No livro "Os 10 mais do Vasco", de Cláudio Nogueira e Rodrigo Taves, lançado há um ano pela Editora Maquinária, estão relacionados Orlando Peçanha, Vavá e Romário, que em "Contos da Colina" foram substituídos por Eli do Amparo, Ipojucan e Sabará.

Vale lembrar que ficaram fora vários craques das primeiras conquistas, como Jaguaré, Domingos da Guia, Fausto, Russinho, Leônidas da Silva e Feitiço, além de outros mais recentes, como Andrada, Mauro Galvão, Felipe, Geovani, Juninho Paulista e Bebeto, entre outros.

Fonte: Coluna O Baú do Assaf - Lance (texto), TV Lance (vídeo)