A segurança para o clássico de amanhã entre Vasco e Fluminense está garantida e o policiamento será o de costume, mesmo com a greve de parte das corporações da Polícia e dos Bombeiros. É o que afirma o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe).
- O Gepe permanecerá trabalhando de forma normal. Vamos manter o mesmo esquema como em todos os clássicos - afirmou o tenente coronel Fiorentini ao L!.
Havia a preocupação de que a greve decretada na quinta-feira passada por policiais e bombeiros afetasse a rodada deste fim de semana do Carioca, que terá oito jogos, incluindo aí o clássico no Engenhão. Eles reivindicam piso unificado para as forças de segurança de R$ 3.500, vale-transporte de R$ 350, vale-refeição de R$ 350, jornada semanal de 40 horas e pagamento de horas-extras, além da libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, preso quarta-feira.
- Se acontecer algo no jogo, não vai ser por conta do Gepe ou da greve. Como Vasco e Flu têm certa rivalidade, vamos tomar mais cuidado na escolta de torcida, no entorno do Engenhão, entre outros pontos.
Greve pode acabar logo
Em entrevista coletiva ontem, o sargento bombeiro Wallace Rodrigues, um dos líderes do movimento, afirmou que os grevistas estão abertos ao diálogo com o governo estadual e que esperam resolver a questão até o início do Carnaval.
Em nota divulgada ainda ontem, o comando da Polícia Militar, força da qual o Gepe faz parte, negou que haja paralisação dos serviços.
Poucos incidentes foram registrados
A sexta-feira foi relativamente tranquila na cidade do Rio, com registros isolados de problemas. Algumas delegacias funcionaram parcialmente e alguns quartéis dos bombeiros atenderam apenas emergências. Segundo o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, a situação na capital do estado é melhor do que no interior, onde a adesão ao movimento é maior.
Iniciada após assembleia na Cinelândia, no Centro do Rio, com presença de cerca de duas mil pessoas, a greve de parte das forças de segurança é por tempo indeterminado. Eles afirmam que 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil estão à disposição para casos de emergência.
Ainda ontem, 17 policiais foram presos e mais de 100 foram indiciados por crime militar ou transgressão disciplinar de natureza grave. Dentre esses, nove são considerados líderes do movimento grevista, que tiveram o mandado de prisão expedido pela Justiça Militar. No fim do dia, o governador do Rio, Sérgio Cabral, sancionou a lei que amplia os benefícios a policias civis e militares, bombeiros e inspetores penitenciários.
Com a palavra
Ten. Cel. Fiorentini
COMANDANTE DO GRUPAMENTO ESPECIAL DE POLICIAMENTO EM ESTÁDIOS (GEPE)
O Gepe trabalhará da mesma maneira
Quem decreta ou não greve da PM é o comandante geral e nesse caso não foi ele. Foi um grupo isolado. Na minha opinião, não existe greve, eu não reconheço o movimento.
O efetivo será alocado para o Engenhão como de costume. A PM vai continuar trabalhando como faz há mais de 200 anos de história. Para esse fim de semana, o Gepe terá 120 oficiais distribuídos pelos jogos dos quatro grandes do Rio, incluindo aí o clássico de domingo.
Também não há plano especial por conta da greve. A situação do Gepe é normal e a greve não terá influência no efetivo. Os jogos serão realizados conforme programados.
Fonte: Lance