Mais de 400 funcionários ainda não receberam dezembro e o 13º

Domingo, 29/01/2012 - 08:20

Alguns tiveram motivos para esboçar um sorriso ontem, outros — a maioria — só abrem a boca para reclamar e lamentar a situação. Como prometido pelo diretor de futebol, Daniel Freitas, o Vasco pagou os direitos de imagens de alguns jogadores na tarde de ontem. Porém, os que recebem menos no elenco e os mais de 400 funcionários do clube continuam sem receber o mês de dezembro, o décimo-terceiro salário e, no caso dos jogadores credores, os direitos de imagem.

Se a ameaça de boicote à concentração não passou disso, os jogadores definiram uma concentração tardia. O treino que estava marcado para a manhã de hoje passou para a parte da tarde. A viagem para Macaé e a devida concentração só acontecerá, portanto, algumas horas depois.

O atacante Alecsandro chegou a falar em “revolução” para o caso de, futuramente, o elenco decidir não concentrar para algumas partidas. Disse que a intenção de não concentrar não era para pressionar.

— A torcida e a diretoria podem ficar tranquilas porque em momento algum nós vamos largar. Vamos treinar, viajar e continuar mostrando empenho — disse o atacante, mais um a lembrar que o time foi campeão da Copa do Brasil com salários atrasados.

O técnico Cristóvão afirmou que a maturidade dos jogadores vai afastar mais problemas do clube.

— Quando temos situações assim, ajuda ter um grupo de atletas experientes, maduros. A conversa é aberta, objetiva e num nível melhor — afirmou o teinador, que não contou com Rodolfo e Juninho no treinamento de ontem no Cefan.

Novo capítulo

Enquanto isso, o dinheiro do patrocínio da Eletrobrás continua retido na Justiça. O advogado do Sindicato dos Clubes do Rio (Sindeclubes), Henrique Fragoso disse que somente na segunda-feira o processo, em que o Vasco é réu, será analisado. O impasse vem desde a reabertura dos trabalhos no TRT, início de janeiro.

— Como o Vasco publicou um ato que formou fila de credores, o juiz queria que os funcionários aguardassem a vez de receber os salários. Mas se isso acontecer, eles vão morrer de fome — disse Henrique Fragoso, que contou do desespero dos funcionários ao procurar o Sindeclubes.

Fonte: Extra