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Completar um centenário de vida é motivo de honra e alegria para qualquer clube. Mas o que deveria só trazer festa, tem sido uma verdadeira catástrofe para os grandes do Brasil. Mais novo a entrar para o “time dos 100 anos”, o Santos tentará quebrar a “maldição” em 2012.

Ao menos baseado no vitorioso 2011 que passou, com títulos do Paulistão e da Libertadores, o Peixe tem boas chances de mudar a tradição ruim e repetir o sucesso do solitário Vasco de 98, quando ganhou sua única Libertadores justamente na data comemorativa.

Para passar longe das decepções protagonizadas por Corinthians, Flamengo, Grêmio, Botafogo, Atlético-MG e Coritiba, dono do maior vexame, com rebaixamento (veja os piores abaixo), entre outros, o Alvinegro aposta na manutenção da base do elenco da última temporada.

A intenção clara do presidente Luis Alvaro Ribeiro é repetir a filosofia do Barcelona, algoz na final do Mundial, de cultivar o jogo coletivo e com posse de bola desde as categorias de base do clube.

Seguindo esta linha de raciocínio, o Peixe só acertou a vinda do lateral-direito Jonas, do Coritiba, para repor a saída de Danilo, negociado com o Porto (POR). E convive com a possível baixa do volante Adriano.

Em compensação, contará com os astros Neymar e Ganso durante todo o ano de 2012 para novamente triunfar e mudar a tradição negativa dos clubes centenários.

A Joia promete ficar na Vila até o fim da Copa do Mundo de 2014, enquanto o presidente já garantiu ao LANCENET! que o camisa 10 não sai do Santos nesta temporada.

Tentando o tri no Paulistão, o enea no Brasileirão (contando os títulos unificados pela CBF) e o tetra das Américas, para quem sabe reencontrar o Barcelona no Mundial, novamente no Japão, em dezembro, o Santos tentará quebrar a “maldição” do centenário. Imita o Vasco ou dá novo vexame?

Fiascos aos 100 anos

Corinthians
Tudo deu errado no centenário do Timão. No início de 2010, a equipe sequer se classificou para a segunda fase do Paulistão. Depois, amargou mais uma eliminação precoce para a sua história na Libertadores, contra o Flamengo, nas oitavas de final.

Após disputar o título do Brasileirão, não figurou entre os classificados à fase de grupos da Libertadores, gerando a histórica derrota para o Tolima (COL), em que foi o primeiro clube brasileiro a ser eliminado na pré-fase do torneio. Sequência de fracassos deu origem ao bordão “centenada”.

Coritiba
Ostenta a nada agradável marca de maior vexame entre os clubes grandes em seus centenários, com o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2009. Confirmação da queda para a divisão inferior gerou revolta e briga generalizada da torcida do Coxa com a Polícia Militar local, no Couto Pereira lotado por 35 mil fanáticos.

A consequência da batalha campal foi uma punição inicial de 30 jogos sem atuar no estádio que, posteriormente, foi reduzida para dez (e cumprida no estadual e no Brasileirão), e a multa caiu de R$ 610 mil para R$ 100 mil.

Flamengo
O famosíssimo “melhor ataque do mundo” não evitou um ano de 95 sem títulos para o Rubro-Negro (o da Taça Guanabara, primeiro turno do Carioca, não se confirmou em conquista estadual, no qual o time foi vice diante do Fluminense, ano marcado pela famosa “barrigada” de Renato Gaúcho).

Sávio, Edmundo e Romário não foram suficientes para dar um ano de alegrias ao Flamengo, que conviveu com a eliminação na semifinal da Copa do Brasil, o 21º lugar no Campeonato Brasileiro e a derrota na Supercopa dos Campeões da Libertadores.

Botafogo
Quase teve o mesmo destino do Coritiba, o que seria ainda pior, já que em 2004 a equipe havia acabado de voltar para a Série A do Campeonato Brasileiro. A vitória salvadora, na última rodada da competição, foi contra o Atlético-PR, por 1 a 0, com gol de Ricardinho, na Arena da Baixada, em Curitiba. Triunfo manteve o Botafogo na primeira divisão.

Foi 5º colocado no Campeonato Carioca, caiu na segunda fase da Copa do Brasil e só conseguiu a modestíssima 20ª posição na tabela do Brasilierão da temporada. O sofrimento durou durante todo o centenário, sem títulos.

Grêmio
Completou seu centenário antes do arquirrival Internacional e decepcionou, em 2003. Primeiro, viu o Colorado levar o título Estadual. Depois, caiu nas quartas de final da Libertadores. Como se não bastasse a seca total de títulos em um dos anos mais importantes da história do clube, ainda lutou até a última rodada contra o rebaixamento no Brasileirão, em que foi 20º lugar.

Apesar da luta para não cair no ano do centenário, o Tricolor gaúcho acabou rebaixado para a Série B do Brasileirão no ano seguinte. Outro fiasco na conta da “maldição” do centenário.

Fonte: Lancenet