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Responsável pelo Gepe fala sobre policiamento para clássicos em SJ


Quinta-feira, 24/11/2011 - 07:12

Em entrevista à Rádio Globo, o tenente-coronel João Fiorentini Guimarães, responsável pelo Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) fala sobre os clássicos em São Januário e desavenças entre torcidas organizadas do mesmo time:

CLÁSSICOS EM SÃO JANUÁRIO

"A Polícia Militar já se manifestou de forma oficial sobre o assunto. A Polícia Militar realiza jogos em São Januário desde que seja limitado a 10% a capacidade da torcida adversária. Ou seja, nos moldes que sempre foram realizados os jogos aqui. A Polícia Militar já realizou aqui Vasco x Corinthians, Vasco x São Paulo, com grande torcida adversária. Já realizamos até jogos do Flamengo e do Fluminense aqui também. E realizaremos sempre, desde que exista essa limitação da torcida adversária, por questões de segurança."

DESAVENÇAS ENTRE TORCIDAS DO MESMO TIME

"Hoje, a torcida organizada é um grande comércio. A marca da torcida organizada, seja ela qual for, representa um valor agregado muito grande. A marca, hoje, na torcida organizada do Vasco, do Flamengo, do Corinthians, do São Paulo, representa um comércio paralelo de venda de camisas, de distribuição de material esportivo. As pessoas lutam por esse domínio da torcida organizada para ter esse poder na mão. Isso hoje é o principal fator de desavença entre as torcidas organizadas. Não é mais uma torcida organizada de um clube contra o outro. Hoje, a gente está chegando ao ponto de ter briga dentro da própria torcida organizada do mesmo clube."

CORDÃO DE ISOLAMENTO FORA DO ESTÁDIO

"Infelizmente, existe uma divisão entre a torcida organizada do Vasco da Gama, a Força Jovem. A Polícia Militar efetua um cordão de isolamento entre a mesma torcida organizada. Houve uma dissidência dentro da torcida. Eles não aceitam a presidência do atual líder da torcida. Esses fatores não importam à Polícia Militar, se o presidente eleito é de forma legal ou não. A torcida, hoje, tem um presidente, e ele representa a torcida perante os órgãos públicos. Existe uma parte da torcida que não aceita essa liderança. Eles tentam, todo jogo, resolver essa questão de forma arbitrária. Eu já falei para ele que a Polícia Militar não permitirá essa ação, razão pela qual nós estamos aqui."

Fonte: NETVASCO (transcrição)