"É um momento em que a gente tem que estar unido e buscando, junto com o grupo e todos, o caminho para que a gente possa realmente sair desse momento. É um momento delicado? É, bastante delicado. A gente sabe disso. Agora, temos que buscar isso com equilíbrio e competência, para que as coisas possam acontecer de uma forma mais clara. Vou estar ali, próximo, muito mais próximo ao [Carlos Alberto] Lancetta [gerente de futebol], ao Tita e aos jogadores. É uma relação que eu acho que acontece dentro de qualquer clube. Isso para mim não vai ser problema algum. Vamos estar trabalhando sempre em conjunto, buscando com os outros setores do clube que cada um faça a sua função, para que a gente possa realmente dar a tranqüilidade que se faz necessária, para que o Vasco consiga os resultados que são importantes daqui para a frente", disse ao repórter Wilson Pimentel, no programa "Momento Esportivo", da Rádio Brasil.

O dirigente descarta criar uma comissão composta por ex-dirigentes do Gigante da Colina, para ajudar a nova gestão a administrar o futebol.

"Não existe isso, essa situação de ex-dirigente. Temos uma diretoria. A nossa diretoria de hoje é responsável pelo clube. Estamos aqui há dois meses e meio. Não tem esse negócio. Cada representante passa no seu período, cumpre a sua etapa. Não queremos, em momento algum, misturar uma coisa da outra. Acho que a responsabilidade é nossa. Temos a condição e função hoje, dentro do clube, de exercer isso e buscar dar solução às coisas que temos que dar no dia-a-dia".

Dinamite afirma desconhecer que o ex-presidente e presidente de honra Antônio Soares Calçada possa suceder Manuel Fontes, o Neca, na vice-presidência de futebol.

"Você está falando isso. O Seu Calçada, a minha relação com ele é uma relação muito boa, de muito respeito. Sempre foi e vai ser. Mas não temos nos falado. Ele estava viajando. Eu soube que ele foi para Portugal logo depois, após a eleição e tal, essa coisa toda. Mas uma coisa é você ter uma relação e ouvir as pessoas, de ter esse diálogo. Vamos ter sempre diálogo com quem teve diálogo com a gente, buscou e teve esse tipo de relacionamento, de respeito. O Seu Calçada é uma das exceções e também é uma pessoa por quem eu, em particular, tenho o maior respeito. Vou ter, em razão de ser presidente do Vasco, mas sim em razão do período em que ele esteve aqui. Mas sinceramente, não conversamos nada com relação a isso. Não existe nenhuma aproximação nesse sentido, de ele ter sido diretor de futebol, presidente. Ele hoje é reconhecido pelo trabalho que fez, mas não conversamos nada com relação a isso".

O dirigente comenta declarações do atacante Edmundo, de que há muitas festas - homenagem aos campeões da Taça Libertadores da América de 1998 e apresentação do apoiador Pedrinho - e está se fazendo pouco durante e após as partidas.

"Não tomei conhecimento. Acho que o Edmundo pode falar o que ele pensa e acha com relação a algumas coisas. Mas qualquer posição, definição com relação a isso cabe à diretoria. Tanto o Edmundo, que hoje, sem sombra de dúvida, é um jogador importante para o Vasco... Aí estou até te respondendo em respeito, porque não quero criar polêmica nenhuma. Acho que o momento do Vasco não é para criar polêmica. Hoje estamos deixando que qualquer coisa que possa ser falada ou criada. Daqui para a frente, vamos estar focados naquilo que nos interessa, que é dar tranqüilidade não só ao Edmundo, à comissão e aos jogadores, principalmente, para que a gente consiga os resultados".