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NETVASCO - 16/09/2008 - TER - 07:21 - Para matemático, chance de rebaixamento do Vasco é de 50%

Na metereologia, as frentes frias que se formam no Sul sugerem que o Rio terá mau tempo nos dias seguintes.

Na matemática do Campeonato Brasileiro é o contrário. Depois que a segunda-feira amanheceu sombria para os cariocas, as tormentas chegaram a Porto Alegre. Sobre a mesa do professor Tristão Garcia, as previsões são assustadoras. Disputados dois terços da competição, a chance de haver um carioca rebaixado é de 58%. Somado ao risco de Vasco e Fluminense caírem juntos, que é de 26%, chega a 84% a possibilidade de um e/ou outro disputarem a Série B em 2009. Com a inclusão dos Atléticos, Paranaense e Mineiro, e do Santos, a probabilidade de um campeão brasileiro cair é de 98%.

Após um domingo em que todos dos times do Rio foram derrotados, o código 021 pisca repetidas vezes no visor do celular de Tristão, como um pedido de socorro. Com o estado de espírito do carioca no nome, o matemático volta às origens para interpretar a tragédia anunciada.

— Em grego, meu nome significa coragem e voluntariedade. É disso que os times cariocas precisam. O pior já passou — disse, ao acompanhar o retrospecto recente de Vasco e Fluminense na competição.

— Mas o passado condena os dois.

Botafogo e Fla não são favoritos à vaga

No lugar do drama, a frieza dos números aponta caminhos. Com um ponto e uma posição na tabela a separá-los, Vasco (17o com 26 pontos) e o Fluminense (16o 25) precisam ganhar a metade dos pontos em disputa. Segundo Tristão, o time que chegar a 46 estará livre na última das 13 rodadas que restam: — Com aproveitamento de 1,5 ponto por jogo, os dois escapam.

Nos últimos seis jogos, o Fluminense já se estabilizou nesse patamar, enquanto o Vasco registrou média de 1,17. A curva de ambos, no entanto, é ascendente, em comparação com os seis jogos anteriores.

Na chamada média móvel, o tricolor teve 125% de crescimento contra 75% do Vasco. O problema é que os dois são concorrentes. O sucesso de um pode ser o fracasso do outro.

Na parte de cima, Botafogo e Flamengo também brigam pelo mesmo objetivo. Em 4olugar com 42 pontos, o alvinegro caiu 31% na comparação dos últimos seis jogos com o mesmo número de partidas anteriores. Da impressionante média de 2,67 pontos por jogo, passou para 1,83.

— Mas a queda não é desesperadora — tranqüilizou o matemático.

— Com essa média, o Botafogo chega à Libertadores.

Os 65 pontos são considerados um porto seguro para quem está no meio da travessia, que se anuncia mais difícil do que no ano passado nas contas de Tristão: — Chegar à Libertadores será uma proeza. Os torcedores têm direito de acreditar, mas Flamengo e Botafogo não são favoritos.

Em 7º com 40 pontos, os rubronegros saíram de 0,83 ponto por jogo para 1,50 na média móvel e tem a obrigação de continuar crescendo.

Para voltar à Libertadores, o Flamengo precisa fazer dois terços dos pontos que restam. Essa média, ao longo da competição, é capaz de consagrar um campeão. Caso o Grêmio e o Palmeiras se mantenham perto dela, o título viria com 76 pontos. Num cenário de menor nível técnico, estão as chances de Botafogo (5%) e Flamengo (3%) chegarem em primeiro. Para isso precisam vencer pelo menos 11 dos 13 jogos restantes. Apesar do início de semana preocupante, o professor usa a paixão pelos números para dissipar o pessimismo.

— Na média dos anos anteriores, o futebol do Rio cresceu — disse.

Para quem se acostumou com os domingos de sol e bom futebol, é impossível ver a luz numa segundafeira sombria. Quando o carioca começa a fazer contas no dia 15 do mês, não há matemática que dê conta do sofrimento. Apesar da origem grega do nome, o professor transmite ao Rio uma tristeza tão grande quantos os percentuais que ameaçam Vasco e Fluminense.




Fonte: O Globo


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