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NETVASCO - 16/09/2008 - TER - 07:07 - Clubes do Rio e entidades assinaram protocolo de intenções sobre estádios

Um dos raros momentos de descontração no encontro que a Federação de Futebol do Rio (Ferj) promoveu ontem num hotel na Barra da Tijuca aconteceu logo no começo. Roberto Horcades, presidente do Fluminense, ao dar de cara com seu xará presidente do Vasco, Roberto Dinamite, afirmou, referindo-se à presença dos dois times na zona de rebaixamento do Brasileiro: “Tá feia a coisa, hein Roberto?”. Meio sem graça, Dinamite rebateu: “É, mas vamos sair dessa...”. No restante do dia, o fórum de debates batizado pela Federação de “Força tarefa contra irregularidades nos estádios” bateu forte na questão de ingressos, torcidas organizadas e cambistas.

Comandado por Rubens Lopes, presidente da Ferj, o encontro deixou claro que a entidade abriu guerra declarada contra a BWA, empresa que comanda o grupo Ingresso Fácil.

Segundo Lopes, no Campeonato Estadual de 2009 os ingressos não podem mais ser fabricados, distribuídos e fiscalizados por uma mesma empresa. Ou seja: a BWA.

Na pauta, discutida numa mesa formada por 28 pessoas — dirigentes, autoridades do futebol, Ministério Público, Procon, Decon, PM, Polícia Civil —, foram feitas 23 propostas.

A principal: a mudança do atual sistema de ingressos por outro de tecnologia mais avançada (código de barras), o que vai permitir maior controle e inibir a ação dos cambistas.

A Ferj defende como medida inadiável a abertura de todos os 115 guichês para venda de ingressos (80 do Maracanã e 35 do Maracanãzinho). E sugere a substituição das catracas eletrônicas, com instalação de aparelhos mais modernos e confiáveis, que teriam fiscalização rigorosa e controle feitos por empresa diferente da que fabrica os ingressos. As novas catracas passariam a ser avaliadas pelo Inmetro.

Rubens Lopes, numa censura clara aos clubes que cedem ingressos às torcidas, propôs vendas pela internet.

Como Flamengo e Botafogo não foram representados por seus presidentes, o mea-culpa ficou restrito à franqueza do dirigentes tricolor.

— Torcida organizada virou coisa criminal. Não tenho como não dar ingressos. Quem diz que não dá mente. Não vou botar minha cabeça a prêmio. Tenho quatro filhos para criar — disse Horcades.

O presidente do Fluminense só não quis comentar a participação de seu clube na farra dos ingressos na final da Copa Libertadores, contra a LDU, quando o tricolor cedeu 36 mil ingressos a agências de turismo, botando apenas 2.100 à venda nas bilheterias do Maracanã.

Esse derrame de ingressos, feitos pela BWA, vem sendo investigado pela Delegacia do Consumidor. Mas Horcades se esquivou:

— Isso não. Ficou combinado com o Rubinho que não ia falar sobre isso...

As propostas mais polêmicas giravam em torno do inexistente limite de gratuidades e meio-ingresso. Clubes e Ministério Público vão procurar uma fórmula de contornar a lei que determina esse tipo de situação. O argumento definitivo veio com Sérgio Araújo, que representou o Botafogo:

— Se 40 mil idosos chegarem cedo ao Engenhão, num jogo de casa cheia, os 40 mil que compraram ingressos não poderão entrar. Não há limite máximo para gratuidades e meio-ingressos...

Segundo a Ferj, o ideal é instalar catracas exclusivas para meio-ingresso, gratuidades e cadeiras perpétuas. Representantes da PM e Polícia Civil defendem a criação de balizamentos nos guichês e roletas para organizar as filas. E também barreiras antes dos acessos às catracas, ingressos com cores diferentes para facilitar a seleção às entradas, além de sinalização obrigatória dentro e fora dos estádios. Os 28 participantes do fórum assinaram protocolo de intenções jurando que vão tocar esse projeto adiante. A próxima reunião será nesta sexta-feira, na sede da Federação.

Fonte: O Globo

Raio X

Em evento organizado pela Ferj ontem no Rio, o presidente Rubens Lopes apresentou propostas para melhorar a venda de ingressos, o acesso e a segurança nos estádios.

Estavam presentes dirigentes dos quatro “grandes” do RJ, da CBF e da Suderj, do Procon, do Ministério Público, da Procuradoria Geral de Justiça e da PM. Os debatedores assinaram um Protocolo de Intenções.

Imediato

Lopes afirmou que todas as propostas podem estar em vigor em 2009: “A implementação de catracas específicas para as gratuidades e as meias-entradas, além do uso integral do número de bilheterias disponíveis para a venda de ingressos, podem ser feitas imediatamente”, destacou.

Fonte: Coluna De Prima - Lance


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