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NETVASCO - 01/08/2008 - SEX - 19:49 - Mauro Galvão fala sobre o atual momento do Vasco
O nome Mauro Galvão é sinônimo de tempos vitoriosos na Colina. O atleta que teve a honra de ser o primeiro a levantar a taça mais importante da história do Vasco a Libertadores de 1998 se mostra preocupado com os rumos tomados pela nau cruzmaltina nos últimos anos. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o ex-zagueiro comentou a atual situação do clube e o momento conturbado vivido pelo time após os protestos da torcida. Entre os temas do bate-papo, a qualidade da equipe, a atitude de Morais ao se recusar a entrar em campo e, claro, Edmundo. Confira a entrevista exclusiva de Mauro Galvão ao GLOBOESPORTE.COM: Você é um dos grandes ídolos da história recente do Vasco e conhece São Januário como ninguém. Como você avalia o atual momento do clube e a pressão que alguns torcedores vêm exercendo sobre os atletas? Vejo um momento conturbado. Eu entendo o lado do verdadeiro torcedor, pois há uma certa apreensão para quem torce. O time não vinha de bons resultados, e a torcida sofre. O Vasco está em um momento de transição, a diretoria é outra, e esse período de turbulência é passageiro. Vai levar um tempinho para tudo se acertar. Os jogadores devem manter a calma, e a torcida precisa ter paciência. O Vasco já teve momentos melhores, mas continua sendo um clube vitorioso. A gente torce para que as coisas se acertem. Nem a goleada por 6 a 1 sobre o Atlético-MG foi capaz de acalmar os ânimos em São Januário. No fim do jogo, o Edmundo deu declarações polêmicas e disse que alguns jogadores não quiseram entrar em campo. Você foi companheiro dele no Vasco e o conhece bem. O que você tem a falar sobre o Edmundo? O Edmundo é assim, ele é muito impulsivo. Ele fala o que pensa e isso pode machucar algumas pessoas. Na época em que eu joguei com ele no Vasco (1997, 1999 e 2000), foi tudo tranqüilo. Claro que às vezes acontecia um probleminha ou outro, isso é normal em um grupo de futebol. Mas nesse caso, eu acho que os jogadores deveriam se abrir e conversar para resolver a situação. O meia Morais foi abordado por alguns torcedores, se sentiu ameaçado e resolveu não entrar em campo contra o Atlético-MG. No lugar dele, como você agiria nessa situação? Eu não acompanhei o caso de perto. Eu soube que o Morais não jogaria e agora você está me dizendo que foi por causa de torcida. Bem, é complicado. O Morais é um bom jogador e, talvez, esses torcedores tenham cometido uma injustiça. Ele entendeu que precisava de proteção e resolveu não jogar. Ele não é um bandido. Além disso, ele não é o primeiro jogador a errar com o Vasco. Vários jogadores erraram no Vasco. Quais? Eu prefiro não comentar. A gente lê, ouve as coisas. Mas é preciso entender as situações. Espero que a atual diretoria consiga tomar as decisões corretas. Todos queremos que o Vasco reaja. A zaga vascaína tem sido muito criticada. Como você, que foi um dos maiores jogadores da posição no futebol brasileiro, avalia o atual sistema de defesa do Vasco? Precisa de um jogador mais rodado, mais experiente. Um jogador que possa assumir a responsabilidade de orientar. Os zagueiros atuais do Vasco podem render muito mais do que estão rendendo. Mas eles precisam de alguém que passe segurança. Eu conheço o Lopes (técnico) muito bem e ele deve estar analisando possíveis nomes que possam reforçar a defesa. Além disso, eu acho que o Vasco também carece de um bom jogador no meio-de-campo. No meu tempo, tínhamos Juninho Pernambucano, Ramon, Pedrinho. O Vasco também precisa de um jogador desses, que organize as jogadas do time. O atual time vascaíno é bom? (veja o vídeo abaixo, com Mauro Galvão em um dos jogos recentes do Vasco) É um time em formação. Faltam algumas peças. São vários fatores que, juntos, são complicados. A diretoria é nova, o Vasco precisa de dinheiro para contratar. Mas a gente lê que toda a verba desse ano já foi gasta. Aí é difícil. Para o Vasco se acertar precisa de, no mínimo, três grandes jogadores. Caras que entrem e resolvam o problema. Depois que você parou de jogar, trabalhou em alguns clubes como treinador, disputou partidas de showbol... Como está sua vida atualmente? Eu tenho alguns contatos. De repente, no segundo semestre eu possa aparecer como treinador de alguma equipe. No momento, eu estou me dedicando a um projeto de formação de jogadores chamado "Encantado" (nome da cidade gaúcha onde ocorre o projeto). Nós temos lá um clube que até participa de alguns campeonatos, mas nossa meta é revelar jogadores. Apesar de ser gaúcho, eu não fico lá o tempo todo. Isso não necessita exclusivamente da minha presença. Fonte: GloboEsporte.com |
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