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NETVASCO - 15/07/2008 - TER - 06:42 - Eurico Miranda rebate e questiona a atual administração

O ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, rebate algumas declarações da gestão de Roberto Dinamite e questiona outras situações da atual administração.

DINAMITE ASSISTIR A FLAMENGO X VASCO COM MÁRCIO BRAGA

"Durante esse período todo, tivemos esse embate em relação ao Flamengo. Quando eu disse que esperava morrer antes de ver o que vi, aquela cena na Tribuna do Maracanã... Nunca pensei que isso pudesse ocorrer. O seu Márcio Braga, que depois mandou uma carta se desculpando, chamou a diretoria do Vasco de quadrilha. Ele depois se retratou. Tentou, de todas as formas, dominar aquilo que, enquanto estive à frente, ele não conseguiu. Dominar o Clube dos 13, a Federação do Rio. A primeira coisa que vejo é esse tipo de aliança. Ouvi, não sei quem falou a respeito, mas só pode ser classificado mesmo como o tipo da aliança caracu. Eles não querem o bem do Vasco. Essa é a grande verdade. Eles botam, quando muito, a pele de cordeiro, se associam... Mas isso que estou vendo agora, não é de agora. Quem não se recorda, quando quiseram investir na Federação, que o [Francisco] Horta foi candidato. Aonde eles se reuniam? Na Associação Comercial. Para tomar conta da Federação. Tentaram tomar da mesma maneira. Através do golpe. Perderam feio", disse no programa "Casaca no Rádio", veiculado na Rádio Bandeirantes.

DISCURSO SOBRE REERGUER O VASCO

"Quando se fala, e essa é a coisa que mais dói, em reerguer o Vasco... Reerguer o Vasco de onde? O Vasco está na ponta. Eu já disse que o Vasco está... Se não tem um clube no Brasil, que na receita mais importante receba um centavo a mais do que o Vasco, aonde o Vasco está? Não está na ponta? Não está entre os primeiros?".

CAIXA ZERADO

"Dizem que encontraram o caixa zerado. É verdade. O caixa estava zerado. Como permaneceria zerado o tempo todo em que eu lá estivesse, porque aquilo que arrecadávamos e buscávamos era para pagar os nossos compromissos, que eram os compromissos do dia-a-dia. Trabalhei no Vasco, nesse tempo todo, com todas essas dificuldades, com uma coisa chamada recebíveis. Eu trabalhava em função... Operava para descontar meus recebimentos futuros, para honrar os compromissos do dia-a-dia. Por isso eu tinha os meus salários em dia. Se saí no dia 30, deixando os compromissos pagos, no dia 1º eu já ia buscar para pagar os compromissos do dia 1º, 2, 3, 4 e 5. É assim que a gente funcionava, sempre procurando honrar os compromissos".

ELOGIOS A SÃO JANUÁRIO

"Eu já disse que esperava morrer antes de ver isso. Apesar de uma série de coisas que foram colocadas quando falei de São Januário. Um dos maiores desafetos do Vasco, chamado Fernando Calazans, teve que reconhecer que o estádio estava muito bonito, cheiroso, bem tratado. E outros elogios que ele os fez. Mas isso, fruto de muito sacrifício. A gente tem o orgulho de ver o Estádio de São Januário como a sétima maravilha do mundo. Perdão, o sétimo estádio mais bonito do mundo".

MANDAR OS CLÁSSICOS CONTRA BOTAFOGO E FLUMINENSE NO MARACANÃ

"Quando a gente teve essa luta toda em relação a São Januário, que culminou em termos uma decisão de uma Libertadores em São Januário, e ver que a primeira coisa que se faz é tirar os jogos de São Januário...".

BORDERÔ DE FLAMENGO 3X1 VASCO, PELA 11ª RODADA DO CAMPEONATO BRASILEIRO

"A propósito, tivemos o jogo Vasco x Flamengo no Maracanã. O custo dos ingressos foi de R$ 115 mil. No outro jogo Vasco x Flamengo, na nossa administração, foi de R$ 45 mil. Por quê? Porque nunca aceitamos essa história do ingresso online, história com essa BWA. Exigimos o ingresso físico, de um custo muito menor. Aceitávamos sim jogar no Maracanã, desde que fosse dessa forma. Estão aí os borderôs, para serem comparados. No último Vasco x Flamengo, o mesmo público, número de ingressos. Foi uma carga de 76 mil ingressos. Com o mesmo público, R$ 45 mil em um jogo e no outro jogo R$ 115 mil".

"Se eles querem saber aonde a gente conseguia administrar, era assim, poupando, buscando aí. Só posso concluir isso tudo mostrando novamente como chegamos e aonde chegamos. É terminar dizendo o seguinte. Que Deus os perdoe".

REMO

"O Vasco foi campeão 16 anos seguidos no remo. Aí o Flamengo foi 15. Quando o Flamengo ia completar o 16º e se igualar ao Vasco, foi nesse ano que entramos com tudo. Depois desse período que parou [o Vasco ficou dez anos sem competir na época de Agathyrno da Silva Gomes], entramos com tudo e o Vasco foi campeão. Essa rivalidade existe desde 1898, não é de agora. Essa rivalidade começou na água. O Vasco foi fundado por esses empregados do comércio, que queriam demonstrar que eles tinham capacidade de enfrentar a elite dominante da época. O Vasco logo de início demonstrou a sua capacidade, ganhou e vem ganhando até hoje. Essa rivalidade existe há mais de um século".

RIVALIDADE ENTRE VASCO E FLAMENGO

"Sempre procurei estimular. Não como eles querem colocar, que eu estimulava a rivalidade para a violência. Nunca estimulei rivalidade para a violência, até porque não sou um homem violento. Podem me considerar violento nas palavras. Não sou violento na ação. Aliás, nunca foi o meu forte a força física. Talvez possam dizer que sou violento nas palavras. Mas sou violento nas palavras, principalmente na retorção, defesa da minha instituição e daquilo que acredito. Talvez o maior defeito que eu tenha seja não saber dosar essa retorção. Às vezes as pessoas me dão uma estilingada e mando um obus de volta. Mas nunca estimulei violência. Não estimulo violência".

CRÍTICAS DE MEMBROS DA SITUAÇÃO AO TIME DO VASCO

"Agora, temo muito pelo que vai acontecer, porque cansaram de ouvir declarações minhas. O time que a gente monta, gostem ou não, é o melhor time, o time impossível. Você só estimula dando, passando a eles essa confiança. Não é você passar uma situação de que com esse time a gente não vai a lugar nenhum, precisa de reforço, colocar. Se o time já tem esta ou aquela deficiência, pior ficará. O meu tempo nesse meio e no futebol me dá a condição de afirmar isto. Essa não é a forma de conduzir e vir a público. Vocês nunca ouviram de mim, nesses anos todos, eu fazer qualquer comentário depreciativo em relação a um jogador que fosse nosso, a não ser que ele atingisse a instituição, cometesse uma indisciplina, o que me obrigava a colocar, como sempre coloquei, a instituição acima disso. Mas um time de futebol não pode e não deve ser tratado dessa forma".

WILSINHO SER O AUXILIAR-TÉCNICO DE ANTÔNIO LOPES, ETC

"Acho absolutamente normal as pessoas quererem trabalhar com aquelas pessoas que eles têm confiança. Isso eu acho normal. O que não acho normal é você ter uma postura de que tinha 'n' investidores, dispunha de 'n' recursos, e faz o anti-marketing. Você coloca que o clube está falido, quebrado, os credores estão na porta. Nunca tive um credor na porta. Se lá eu estivesse, os credores não estariam na porta. Tem algumas ações do passado, que as contesto, defendo e vou contestá-las... iria contestá-las permanentemente, até um ponto em que, se fosse absolutamente irreversível, procurava a composição com o credor. Fiz muitas e tenho muitas composições, que as vinha honrando sempre".

"Agora, acho que estão procedendo de uma forma diferente do discurso que tinham. Quanto ao fato de trocar este ou aquele, acho que isso é um problema que uma administração tem. Só que acho o seguinte. Fala-se muito em administração, a chamada administração profissional. Não tinha administração mais profissional do que a do Vasco. A prova está lá. Com poucos recursos, a gente conseguia administrar e tratar o Vasco da forma que o Vasco hoje se apresenta. E se apresente fisicamente. É só olhar como o Vasco se apresenta. Honramos todas as dívidas do passado, compusemos todas as dívidas do passado. Vínhamos buscando as alternativas, sempre se mantendo o Vasco em uma posição cimeira. As pessoas acham que você implanta uma administração, por exemplo, de uma multinacional, sem fazer investimento. Pensar que a gente pode substituir as pessoas que tem, sem pagar a elas o direito mínimo que têm, pura e simplesmente porque não gostou do fulano, demiti-lo, acho que esse não é caminho".

PÉS DE GEOVANI NA CALÇADA DA FAMA DO MARACANÃ

"Vi muitas coisas. Vi por exemplo que prestaram a homenagem ao Geovani. Isso resolve o problema dele [polineuropatia]? Ou resolvia o problema dele a gente homenagear, como homenageou, e ajudá-lo financeiramente, como a gente o fazia? Esse é o caminho? O caminho é esse? Botar na mídia que botou assim, o pé, isso, aquilo. Isso resolve o problema dele? E de muitos outros que a gente sempre fez e nem divulgava? O que a gente fazia, como a gente tem lá até hoje uma série de jogadores do passado, era a forma que o Vasco tinha de ajudar aqueles que prestaram serviço ao Vasco e se encontram em uma situação difícil. A forma que a gente tinha de ajudar era essa, de dar a eles uma ocupação, remuneração. Será que agora você resolve mandando essas pessoas embora e substituindo por outras que são mais agradáveis? Acho que esse não é o caminho".

MUV (MOVIMENTO UNIDO VASCAÍNO)

"Agora, a gente sabe por que muitos se filiaram a esse chamado movimento de oposição. Vieram em busca, talvez porque não tiveram uma oportunidade de... Essa rapaz, Fernandão, quem o levou para o Vasco fui eu. Ele saiu do Vasco na administração do presidente [Antônio Soares] Calçada. Ele queria justamente uma remuneração no time de vôlei, que o Calçada não concordou. Ele saiu do Vasco e passou a fazer essa oposição forte, ferrenha, com insinuações graves a respeito disso e daquilo. Também espero que ele possa arrumar lá a sua vida. Não tem qualquer tipo de problema. Não vejo problema nenhum".

Fernandão será o superintendente remunerado de esportes olímpicos e não-olímpicos do Vasco.

CLÁSSICO CONTRA O FLAMENGO SER UM CAMPEONATO À PARTE

"Isso já tinha sido proposto para mim antes. Você pode imaginar os dois times entrarem de mão dada? Jogador do Vasco meu sabia o que representava um jogo desse. Você pode imaginar um negócio daquele, dar flores? Pode passar na tua cabeça um negócio desse? Não pode. É claro que isso abala psicologicamente. Você tem, desde a categoria mirim, quando sabe dessa rivalidade, a importância desse jogo. Quando eu repito e digo algumas coisas, é aquilo que efetivamente cito. Para mim, um jogo com o Flamengo é um campeonato à parte, porque vai ser um campeonato à parte. Vi as pessoas terem vergonha de botar a camisa do Vasco, serem achincalhadas. Por essa razão é que não botavam a camisa do Vasco. Estudei em colégio da Zona Sul. Você tinha, em uma turma, 40 alunos. Se tivesse um vascaíno, tinha muito. Vi as pessoas guardarem a camisa, não botarem a camisa".

"O que me levou ao Vasco foi isso, eu ver o Vasco ser garfado, desmoralizado nas Federações. Ouvi uma coisa e nunca mais perdoei esse Francisco Horta. Ele dizer no tempo do Agathyrno que teve vitória de Pirro. Nunca mais perdoei isso. Vi a maneira como eles tratavam o Vasco. Tive que meter realmente o pé na porta. Meti o pé na porta. Tive que enfrentar esse pessoal todo e mostrar a eles o que era o Vasco. É por isso que, quando falam em reerguer o Vasco... O Vasco é absolutamente respeitado. Agora, porque não serve aos interesses... Muito pelo contrário. Vi um discurso dele [Dinamite], de conviver com os seus co-irmãos. Ninguém ajudou mais os co-irmãos do que eu. Pergunte ao Fluminense, Botafogo, Bahia, Grêmio e outros, o quanto os ajudei. Mas isso não quer dizer que eles não tenham que respeitar o Vasco, eu tenha que me sentar em uma Tribuna de Honra com todo mundo vestindo camisa do Flamengo, e assistir passivamente a um negócio daquele. Isso, garanto o seguinte. Comigo, não aconteceria em nenhuma hipótese. Essa proposta de entrar os dois times... Flamengo e Fluminense, Flamengo e Botafogo já entraram juntos. Eu vetei isso. Eu não admitia isso. Até pelo seguinte. Vou para uma partida de futebol dessa, é guerra. Quer saber? É guerra mesmo, guerra total. A guerra começa antes. Terminou, terminou. Acabou. Agora, guerra não quer dizer que vai dar tiro em um e no outro. É guerra no sentido de que ali o cara tem que dar a última gota do seu suor em uma partida daquela. Você desmotiva um time todo para dizer que isso é uma partida comum, vale só três pontos. Como é que você pode dar uma afirmação dessa? Porque a mídia acha isso bonito, interessante? Você botar 90% de torcida do Flamengo no Maracanã e 10% de torcida do Vasco, a mídia acha isso interessante, bonito. A mídia quer colocar, achar isso. O lobo mau, o cara que estimula esse lado negativo, é o Eurico. É muito fácil eles botarem a culpa no Eurico".

REERGUER O FUTEBOL DO RIO DE JANEIRO

"Eles falam em reerguer o futebol carioca. O futebol carioca é o que mais arrecada e nos últimos anos foi o melhor campeonato do Brasil, muito melhor do que o Campeonato Paulista. É o que mais arrecada e mais público tem. Em função de quê? Da rivalidade e do modelo, que não foi criado por ninguém, foi criado por mim. Agora, você cria um modelo e eles deturpam para dizer da seguinte maneira. Você influencia nas arbitragens, faz isso, quando isso é prática deles. Você se lembra das Papeletas Amarelas? Ele foi falar de um negócio, como se fosse um negócio interessante, o jogo do Ladrilheiro. Lembro de tudo porque sofri na carne. Sou um cara de arquibancada, acompanhar isso. Desde pequeno, menino, foi incutindo em mim essa paixão violentíssima pelo Vasco e pelo que vi o Vasco sofrer. Sou filho de um comerciante português, que morava na Zona Sul. Sei o que é discriminação. Sofri isso durante muito tempo. Sofri na carne. A coisa que eles querem é encobrir. Eu era filho de um galelo. Sofri bem isso. Enfrentei isso tudo. O meu recado final é que Deus os perdoe".

Fonte: VascoExpresso


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