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NETVASCO - 15/07/2008 - TER - 00:46 - Eurico Miranda responde ao ex-presidente Agathyrno da Silva Gomes

O ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, responde a uma entrevista concedida por Agathyrno da Silva Gomes, presidente no período de 1969 a 1979, no último sábado (12/07) à Rádio Globo, na qual Agathyrno, que confirmou o seu apoio ao presidente Roberto Dinamite, fez duras críticas à gestão de Eurico. (Nota da NETVASCO: Link aqui.)

"Quero começar respondendo a uma entrevista dada pelo ex-presidente Agathyrno da Silva Gomes, que demonstrou a sua satisfação em ter contribuído para esse golpe que foi dado no Vasco. Eu queria, primeiro, começando a me referir a colocações que ele falou, disse em uma entrevista ao jornal O Dia, e que foi reproduzida na Internet. Ele fala em certa negritude e período negro. Espero que ele tenha falado, na certa negritude e nesse período negro, na luta contra o preconceito e a discriminação, na luta pela independência e contra a subserviência. Espero que ele tenha usado esse adjetivo querendo se referir a isso. Acho que não. Ele me pareceu, dizendo ele que tinha 70 anos de Vasco, mas conhecendo pouco a história do Vasco. Em 1980, depois de dez anos de administração do Sr. Agathyrno da Silva Gomes, assumimos o Vasco. Assumiu o Vasco como presidente o Sr. Alberto Pires Ribeiro, e eu como assessor especial do presidente. O Sr. Alberto, com a saúde debilitada. Tive uma participação decisiva naquela administração. Recebemos o Vasco. Vou dar apenas alguns tópicos. Não falo nem em caixa zerado. Falo em luz para ser cortada, mais de cem títulos protestados. Nesses dez anos, nunca pagou um centavo de imposto. FGTS? Nem pensar. São Januário, com a estrutura das arquibancadas abalada. Patrimônio? Vendeu parte do terreno da Lagoa, onde está a nossa Sede Náutica, em troca de três apartamentos que posteriormente vendeu. Perdeu o terreno da Washington Luiz, em uma doação do presidente [Ernesto] Geisel, que tive que conseguir com o presidente Fernando Henrique [Cardoso] um decreto da cessão daquela área. Começamos todo um trabalho em relação a São Januário. Recuperação estrutural das arquibancadas, que estava ameaçada de ruir, impermeabilização de todas as marquises, um novo campo de futebol, com a drenagem mais moderna, aumento da capacidade de energia, todo o cabeamento de telefonia e energia elétrica, criação de CPD [Centro de Processamento de Dados], novos vestiários, novo restaurante, nova tribuna de honra, substituição das cadeiras - que todos devem estar bem lembrados como foi feito -, reforma na iluminação, novo departamento médico, reforma geral em todo o complexo, recuperação estrutural do parque aquático", disse no programa "Casaca no Rádio", veiculado na Rádio Bandeirantes.

O grande benemérito cita que as mudanças fizeram com que a primeira partida da final na vitoriosa campanha da Taça Libertadores da América de 1998, contra o Barcelona de Guayaquil, do Equador, pudesse ser realizada em São Januário.

"Tudo isso levou a que viéssemos a fazer a final da Libertadores em São Januário. Acrescemos o patrimônio, comprando mais de trinta imóveis. O Vasco não tinha acesso pela Rua São Januário. Compramos a rua inteira. Isso coisas que eu me lembre. Muitas outras coisas foram feitas. Realmente é um período negro e tem certa negritude, porque foi feito com muita luta. Repito. A luta contra o preconceito e a discriminação. Principalmente a luta contra a subserviência e, acima de tudo, pela independência, honrando os fundadores do Vasco. Acho que com isso eu respondo ao Sr. Agathyrno da Silva Gomes".

Eurico também citou Agathyrno ao comentar o retrospecto em clássicos contra o Flamengo.

"Eu esperava morrer sem ter que presenciar o que presenciei e estou presenciando, depois de tanta luta para chegarmos aonde chegamos. Especificamente em relação ao Flamengo, na administração do Sr. Agathyrno, ele jogou 58 jogos contra o Flamengo. Perdeu 27, ganhou 13 e empatou 18. Nesse meu período de Vasco, jogamos 120 jogos contra o Flamengo. O Vasco ganhou 46, o Flamengo 45 e empatamos 29".

"Vou contar um pouco da história, aonde chegamos e por que tivemos que tomar uma série de atitudes. Ingressei no Vasco diretamente na administração em 1980 como assessor especial da presidência. Começamos, aí sim, todo um processo de recuperação patrimonial e da imagem do Vasco. Isso me custou muito. Deus sabe o que isso me custou. Fiquei esse período na administração. Restabelecemos as finanças, recuperamos patrimonialmente, equacionamos toda a matéria de ordem fiscal. O Vasco não pagava imposto desde 1960. Recuperamos a credibilidade do Vasco".

O ex-presidente também lembrou que Agathyrno foi candidato a vereador pela Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido que reunia os políticos de direita, que apoiavam a ditadura.

Fonte: VascoExpresso



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