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NETVASCO - 13/07/2008 - DOM - 01:54 - Roberto Dinamite fala sobre o Clássico dos Milhões
O jogo contra o Flamengo reacende no coração de Roberto Dinamite lembranças inesquecíveis. Maior ídolo da história do clube e hoje o seu presidente, ninguém conhece melhor do que ele a rivalidade do Clássico dos Milhões. Clássico que ele disputou 67 vezes como jogador e saiu de campo vencedor por 20 vezes. Não é à toa que é o maior artilheiro da história do confronto, com 27 gols. Gols que fizeram a diferença no duelo particular que sempre travou com o ídolo rubronegro Zico. Nesta entrevista, Dinamite relembrou algumas passagens marcantes de um duelo que ele espera, agora como dirigente, tornar menos ríspido dentro e fora de campo. Qual o seu sentimento em assistir ao primeiro clássico contra o Flamengo como presidente do Vasco? Este será mais um momento especial na minha vida, agora como presidente do Vasco. Nunca projetei isso quando encerrei a minha carreira no futebol, mas as coisas na minha vida acontecem naturalmente. Como era a sua relação com o Zico nos clássicos que vocês disputaram nos anos 70 e 80? Nós nos cumprimentávamos antes do jogo e conversávamos um pouco, já que éramos capitães dos times. Com os outros jogadores havia mais distância. Tudo era muito respeitoso, não tinha essa coisa de hoje de ficar conversando. Qual era a diferença entre a época de você e Zico para a atual? Nunca precisamos falar mal um do outro para levarmos 100 mil pessoas ao Maracanã. Tínhamos muita responsabilidade por sermos líderes das duas equipes. No fundo, sabíamos que poderíamos decidir o jogo em algum lance. Podíamos até discutir em um lance ou outro, mas sempre nos respeitamos. O Zico não só faz parte da história do futebol por seus gols, mas pela sua conduta. E torço muito pelo seu sucesso na sua carreira de treinador. Você se lembra de alguma passagem curiosa deste clássico? Eu joguei na Seleção com o Leandro e o Mozer. E na volta houve um clássico contra o Flamengo. Antes do jogo, teve até algumas brincadeiras e gozações entre a gente. Mas depois da terceira falta seguida do Mozer em mim, a última mais dura, morreu ali a cordialidade. (risos) Qual foi o seu Vasco x Flamengo inesquecível? Vários jogos foram emocionantes, mas nunca irei me esquecer da melhor de três no Carioca de 81. No segundo jogo, a torcida do Flamengo já comemorava o título quando marquei o gol da vitória, aos 44 do segundo tempo, debaixo de uma chuva torrencial. Não ganhamos o título, mas aquele jogo foi especial. Qual é o segredo para vencer o Flamengo? Você começa a ganhar o jogo na subida do túnel. Nessa hora o seu coração vai a mil. É um jogo que mexe muito com o emocional, por mais que o jogador já tenha enfrentado o Flamengo várias vezes. É muita adrenalina e o jogador tem de tentar administrar de forma positiva. Vence este jogo quem der um algo a mais. Em dez dias você ganhou a eleição e logo de cara já tem o Flamengo pela frente. Como tem lidado com isso? Foram dias atípicos e de muitas emoções. Não é fácil não. Ainda teve a derrota para o Figueirense. Mas depois, goleamos o Sport e com isso saltamos para a sétima posição no Brasileiro. Agora, além de ser contra o Flamengo, é o líder do campeonato. Às vezes dá para relaxar, mas tem horas que fico bem mais agitado. Estou vivendo com muita intensidade esta última semana. Quando jogava tinha algum ritual antes de um jogo contra o Flamengo? Sempre entrava com o pé direito e rezava pedindo proteção para todos, mas nunca pedi uma vitória. Sou devoto de São Jorge e sempre entrei em campo com muito espírito de luta. Este clássico tem favorito? Não há favoritos nesta partida. Mas a goleada sobre o Sport vai motivar ainda mais os jogadores do Vasco para o jogo e hoje. Temos totais condições de vencer. Fonte: Jornal do Brasil |
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