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NETVASCO - 30/06/2008 - SEG - 11:24 - No sábado, Eurico se despediu de jogadores e funcionários

Os momentos seguintes à vitória do Vasco sobre o Ipatinga, por 4 a 2, eram o retrato perfeito de um clube em histórica transformação, que via uma página ser virada.

Enquanto torcedores gritavam o nome do novo presidente, Roberto Dinamite, figuras que, historicamente, nunca haviam visto seu poder ameaçado em São Januário, viviam uma experiência a que jamais imaginaram estar sujeitos: a despedida. Até o técnico Antônio Lopes, tradicionalmente ligado ao agora ex-presidente Eurico Miranda, adotava um discurso de exaltação à gestão que acaba hoje.

Se as palavras de Lopes tivessem sido ditas antes da eleição, fariam dele perfeito cabo eleitoral. É improvável que o técnico fique. Decidiu que não pretende entregar o cargo e, abertamente, diz que não o fará pelas implicações financeiras.

— Tenho dois contratos, um de pessoa física e outro de pessoa jurídica. O de pessoa física tem a questão dos 40% do Fundo de Garantia. O de pessoa jurídica também tem multa. Quero trabalhar. Não vou sair. Não quero pagar multa — disse, antes de defender Eurico, que sempre afirmara que as portas de São Januário estariam abertas para Lopes. — Lembro sim de 1989, quando Roberto Dinamite foi comigo para a Portuguesa. Mas o Vasco, hoje, está bem. É preciso destacar o que foi feito. O Vasco tem um patrimônio excepcional. Comprou todos estes imóveis em volta de São Januário, ganhou muitos títulos desde os anos 80.

Em seguida, Lopes, espontaneamente, passou a exaltar as conquistas da era Eurico desde os tempos em que o dirigente era vice de Antônio Soares Calçada.

— A gestão Calçada, tendo o Eurico como principal figura do futebol, fez muito pelo Vasco. Comecei aqui em 1974 e lembro o estado em que o clube estava. Entre 1958 e 1970, o Vasco não ganhou nada. Nos anos 80, começou a ganhar tudo.

Os refletores de São Januário já haviam sido apagados e as arquibancadas estavam vazias. Foi o momento em que Eurico Miranda, que minutos antes fora ofendido pela torcida, decidiu ir ao vestiário.

Atravessou o campo já deserto. No vestiário, fez um discurso de agradecimento a jogadores e funcionários. A eles, disse não ter nada a reclamar, já que todos haviam honrado a camisa do Vasco. Entre os presentes, estava até Leandro Amaral, com quem vivera enorme polêmica meses antes. Durante o jogo, ocupara pela última vez o gabinete de onde via os jogos.

Minutos antes, Amadeu Pinto da Rocha, candidato de Eurico na eleição e integrante da chapa que, há 30 anos, introduzira o dirigente na vida do Vasco, fizera a mesma travessia pelo campo vazio e pouco iluminado.

— É muita emoção. Estou me despedindo, mas vou continuar sendo Vasco.

Perdi, tenho que aceitar — disse Amadeu Pinto da Rocha.

Fonte: O Globo


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