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NETVASCO - 06/06/2008 - SEX - 13:22 - Autor do livro 'A Cruz do Bacalhau' disponibiliza capítulo em blog
Aldir Blanc, autor do livro "A Cruz do Bacalhau", último da Coleção Camisa 13 da geração Ediouro (que homenageia os 13 clubes de maior torcida do Brasil), disponibilizou em seu blog pessoal, "Palmeira do Mangue", um capítulo do trabalho. Confira: Sexta-feira, 2 de Maio de 2008 Palas, jabás e colarinhos Taí uma palinha do que será meu livro sobre o Vasco, “A CRUZ DO BACALHAU”, que sairá em breve, na Coleção Camisa 13, pela Geração / Ediouro. TCHAU, ROMÁRIO. VAI COM DEUS E AS PULGAS... Bom, ele não é propriamente um exemplo. Seu carisma, em cavalares doses suburbanas, mistura-se com algumas atitudes mercenárias, golpes não muito limpos para conseguir aos 1.000 gols (jogou até contra canguru e golfinho de beques); lesões irresponsáveis - e até suspeitas antes de alguns jogos decisivos - quando era tranqüilamente visto, até na véspera dos embates, em animadas partidas de futivolei nas praias e festas diversas, com direito à bebida, cachorras e porrada. Dizem até que negociou pessoalmente com bandidos, onde era bem-chegado, no rapto de seu pai. Não, ele não é santo, muito menos do pau oco. Fez coisas maldosas, como colocar o rosto dos desafetos na entrada dos banheiros de seu bar, bateu boca com meio mundo, e acertou alguns tirambaços lá onde a coruja dorme, como por exemplo a debochada declaração: - O Pelé, calado, é um Poeta... Teve a ousadia de não ver sucessor pra seu poder de fogo, ao passo que Pelé apontou, anos atrás Owen, uma espécie de Sávio em inglês, como herdeiro de sua coroa. Talvez perseguido pelas palavras do Rei, Owen jamais rendeu o esperado e hoje tem atuações medíocres num time mediano. O fato é que Romário foi um dos mais perigosos atacantes do futebol mundial, justamente apelidado de “dono da Área”, capaz de “levar” zagueiros, numa jinga característica que o consagraria no mundo todo, apelidada pelos espanhóis, por seu movimento, de “Rabo-de-vaca”, e que geralmente terminava em gol. O Romário que lembro é o do Vasco, o da Seleção Brasileira (foi o responsável pelo Tetra, APESAR DE PARREIRA E ZAGALO), o do PSV, o do Barcelona. Ignoro o Romário de outros times, inclusive o do Valência. Se o grande Otelo Caçador tinha o direito de conferir sempre, no placar moral das partidas, as vitórias ao seu time, ainda que perdesse de goleada, edito minhas memórias de Romário como bem quiser. Se não fosse a forra mesquinha de Zagalo – que custou o ouro aos brasileiros – não o levando às Olimpíadas, já teríamos esse título, o único que falta à Seleção canarinho. Para mim, Romário parou cedo. Bastava colocá-lo num canto da área, confortavelmente instalado numa cadeira de praia, isopor bem fornido de bebidas ao lado e um monte de cachorras seminuas, deitadas de bruços em cangas, ao redor dele. Atrás do gol, as Ferraris. Aparvalhados, os defensores adversários abririam os tais espaços para penetração de outros atacantes e bola no filó. Romário parou porque Edimal, o Animundo voltou? Duvido. Foi desentendimento com o Eurico? Parece que não. Jornalistas que conheço, e que entendem das finanças do clube, me garantem que se o Baixinho cobrar o que o Vasco lhe deve, lhe entregam de papel passado todo o patrimônio cruzmaltino. Falando sério, mesmo de mau-humor, é preciso tirar o chapéu para um avante que foi artilheiro pelo Vasco (87/ 88), três vezes consecutivas artilheiro holandês pelo PSV e duas vezes artilheiro na Copa da Holanda, cinco títulos acumulados, entre 81 e 91, estrela da constelação do Barcelona, em 94, não lembro bem o que aconteceu depois, e novamente artilheiro pelo Vasco em 2000, no campeonato estadual, e por aí afora. Apesar dos cabelos grisalhos e da tonsura de padreco, foi artilheiro, pelo Vasco, do Brasileirão em 2001 e 2005, embora seja preciso dizer, em nome da justiça, que Romário não é, como muitos pensam, o maior goleador do campeonato Brasileiro. Esse galardão pertence a Roberto Dinamite, também do Vasco, com nada menos que 190 gols. Há torcedores – como eu – que não perdoam Romário por um fato pouco citado: ele mandou a torcida do Vasco calar a boca, vestindo a camisa de outro time. Quando voltou ao Vasco, numa acachapante vitória de 5 x 1, dirigiu-se à ex-torcida, ameaçou o gesto de “Chiuuu!” e amarelou. Cada um que faça seu julgamento. A bronca é livre. Pra mim, isso não tem perdão. Nos dias de hoje, quando o Vasco repete atuações medíocres, o torcedor delira com um novo baixinho que seja capaz de fazer, com toques sutis, os gols da virada. Em todo caso, para não parecer mesquinho, um ramalhete de sempre-vivas para celebrar a eternidade de Romário, mesmo porque ele não é flor que se cheire. Fonte: Blog Palmeira do Mangue |
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