NETVASCO - 03/06/2008 - TER - 14:39 - Política: Manoel Moutinho fala sobre novas eleições do Vasco

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NETVASCO - 03/06/2008 - TER - 14:39 - Política: Manoel Moutinho fala sobre novas eleições do Vasco

Manoel Moutinho, conselheiro do Vasco, comenta a rejeição, pelos desembargadores da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no dia 15 de abril, dos embargos de declaração apresentados pela atual diretoria do Vasco, questionando algum tipo de omissão ou dúvida no acórdão relativo à anulação das eleições para o Conselho Deliberativo de 2006, e a conseqüente marcação de um novo pleito, a ser comandado por seu pai, Alberto Soares Moutinho, vice-presidente da Assembléia Geral do Vasco, no prazo de trinta dias ao dia seguinte da publicação, ocorrida nesta segunda-feira (02/06, do acórdão no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro.

"Não vou me furtar a dar as informações que possuo. Mais uma vez, tenho que dizer aos vascaínos o seguinte. Essa resolução da Justiça nos tomou de certa forma... Não surpreende, mas é um problema, porque o meu pai foi designado para presidir a Assembléia Geral, não por, na minha opinião, incapacidade do José Pinto Cabral, que é um grande amigo nosso e uma pessoa de maior respeitabilidade. O Juiz então decidiu que o José Pinto Cabral, por ser candidato, não deveria dirigir essas próximas eleições. Temos as melhores relações possíveis. Para ter uma idéia de como isso é um imbróglio, porque vejo dessa maneira. O meu pai tem as melhores relações possíveis com o Eurico Miranda. Não são relações modernas, são antigas, até de família, de um carinho. Na última vez que o meu pai foi votar, estava até um pouco adoentado e o Eurico fez um carinho, uma cortesia. Temos que sentar agora e esperar. Como vejo que o meu pai, no caso, vai ser o Vasco, presidir a Assembléia Geral do Vasco, vamos aguardar que o Vasco ligue para o meu e o comunique 'Olha, Dr. Moutinho. Infelizmente, as nossas eleições o juiz entendeu que foi anulado e Sr. vai presidir as novas eleições, que dá uma nova Assembléia Geral'. O meu pai está aguardando que o Eurico ou a pessoa a quem de direito - no caso, realmente é o presidente do Vasco - ligue para ele, para eles combinarem, e o meu pai então poder, junto com o Eurico e as partes, os representantes das duas chapas - as chapas da Situação e da Oposição devem ter um representante formal no Vasco inscrito. O meu pai, junto com o Eurico e esses dois representantes, acordarem e fazerem cumprir a lei. O meu pai, na idade que ele está, não pode deixar, primeiro, de cumprir a sua obrigação como vascaíno. São 90 anos de idade e mais de 66 de sócio do Vasco. Segundo, o Eurico também. Tenho certeza que ele vai... Decisão de Justiça é para ser cumprida. Ele vai cumprir, os vascaínos vão de novo às urnas e decidir o que é melhor para o Vasco ou não. O meu pai aguarda ser comunicado pelo Vasco da Gama", disse ao jornalista Wellington Campos, no programa "Bandeirantes Rio no Futebol", da Rádio Bandeirantes.

Apesar de ter se demitido em maio de 2004 - outros quatro profissionais deixaram o Vasco em sua solidariedade -, quando ocupava a vice-presidência médica, por discordar do trabalho de fisioterapia realizado à parte com alguns jogadores, Moutinho afirma manter um bom relacionamento com o presidente Eurico Miranda.

"Eu nem entrei muito nesses detalhes [recursos] porque, pessoalmente, quando saí do Vasco, saí meio estremecido. Em uma daquelas entrevistas, me perguntaram 'E se você?'. Eu digo 'Se eu tivesse que votar de novo hoje, votaria no Eurico'. Tenho, com o Eurico, as melhores e mais carinhosas relações. Tenho restrições à diretoria final. Todo mundo sabe, publicamente, o que e o por que aconteceu. Segundo também - porque nós todos somos vascaínos e fico tomando conhecimento -, cabe recurso sim, mas não tem efeito suspensivo. É exatamente o que ocorre. O Roberto não fez um recurso contra a Situação que ganhou a eleição porque achou que não foi correta? Não tinha efeito suspensivo e o Eurico está lá como presidente até ser julgado o mérito. O que pode ocorrer é justamente ao contrário agora. Pode ter uma eleição, de repente a Oposição ganha, a Situação está na Justiça até julgar o mérito. As pedras podem se inverter de posição. Também pode até vir surpresa na própria eleição do Conselho Deliberativo".

"O Vasco é democrático em tudo. Uma das coisas que me deixam um pouco ansioso é que demos nova demonstração ao público esportista que o Vasco é democrática. O que o Eurico, meu pai, Carlos Roberto [Dinamite]... Todo mundo quer o melhor para o Vasco. Não tenho a menor dúvida. As sessões de briga. É briga intestina, interna, um detalhe daqui e dali. O que mais me dói, lamentavelmente, é ver o Vasco não estar brigando pela disputa de um campeonato maior. Não porque o Eurico não queira. Por ele, o Vasco ia ser campeão de tudo, e por mim também. É que às vezes não dá. Está muito difícil montar um time. Uma coisa que não tenho dúvida. Se tivéssemos condições hoje, o Eurico já tinha colocado a Seleção Brasileira. Não tenho dúvida disso. É que é difícil. O dinheiro está difícil, não tem patrocinador, as pessoas estão se encolhendo, há uma crise. Não é fácil para ninguém. É muito difícil mesmo. Acho que o cara tem quer muita coragem hoje para presidir um clube".

"Vascaíno, o Vasco quer o melhor. E você, vascaíno, se pronuncie. Se for marcada uma eleição, compareça, vá lá e vote, escolhe quem você quiser. O Vasco é seu, grande, tem que voltar a ocupar de novo o seu lugar de destaque, e não ficar na mídia com essas coisas - marca, tira eleição. O Vasco tem que ficar assim... Vai disputar amanhã o campeonato Mundial, da Libertadores. É isso que todos nós queremos. Todos, sem exceção. Situação, Oposição, e até os que estão no muro e não se definem. Todos queremos o melhor para o Vasco. Não tenha dúvida de que o meu pai vai cumprir o que o for determinado. E o Vasco cumprir. O Vasco, Eurico, meu pai, todos estamos aqui para acabar com esse problema todo. Enquanto isso ficar se arrastando, só quem perde é o Vasco".

Fonte: VascoExpresso