Vascaínos fazem foguetório e Sport não dorme

A madrugada desta quarta-feira foi longa para os jogadores do Sport, que se preparam para a decisiva partida contra o Vasco, pela semifinal da Copa do Brasil. Assim como ocorrido no Recife, no jogo de ida, a torcida do time anfitrião preparou um foguetório próximo ao hotel do time visitante e perturbou o sono dos atletas.

Três queimas de fogos ensurdecedoras, uma por volta de 2h, outra 4h e mais uma às 6h, incomodaram os jogadores do Sport e os moradores de Copacabana que residem próximo ao hotel Windsor Plaza, localizado na avenida Princesa Isabel, em Copacabana.

- Teve a queima de fogos sim. Isso é muita irresponsabildiade até da própria polícia deixar o caso acontecer numa rua que fica entre um prédio e um apartamento, onde estaria sujeito a ter acidente. Lá em Recife isso também aconteceu, mas a polícia ainda tomou providência- contou o supervisor de futebol do Sport, Edmilson Santos.

A atitude dos cruzmaltinos atingiu também os moradores de Copacabana. O estudante Felipe Elídio, torcedor do Flamengo, conta como foi a noite para quem estava perto do hotel:

- Para que tem quem cachorro a noite foi um pesadelo. Foram duas queimas de fogos pesadas. Na primeira não entendemos nada e ficamos assustados, até porque o Chapéu Mangueira (comunidade próxima a Copacabana) está em conflito, aí pensamos o pior. Depois eu lembrei que alguns times já ficaram hospedados naquele hotel (Windsor Plaza) e pensei que fosse coisa de Libertadores, mas lembrei que o jogo do Fluminense é na Argentina. Aí achei que era coisa de corintiano, mas o jogo é em São Paulo. Foi ai que lembrei do jogo do Vasco com Sport.

Ainda segundo o morador, houve patrulhamento da polícia, mas o mesmo foi 'driblado' pelos torcedores do Vasco que estavam à paisana. O foguetório cessou por volta das 6h.

Fonte: Lancenet

Mais detalhes sobre a queima de fogos de artifício

Não teve jeito. Mesmo a diretoria tomando todos os cuidados, os jogadores do Sport não tiveram uma noite tranqüila de sono. Os torcedores do Vasco mandaram ver três seqüências de fogos de artifícios, como se fosse uma prévia do tradicional réveillon de Copacabana.

A brincadeira iria começar por volta da uma da madrugada. Porém, os vascaínos vacilaram e os policiais militares que estavam na proximidade tomaram cinco caixas de fogos de artifícios das mãos dos torcedores.

Seria um bom sinal de que a polícia iria mostrar serviço e trabalhar duro durante a madrugada. Mero engano. Os vascaínos entraram ação uma hora depois, enquanto a viatura da polícia não se moveu. Confesso que nem ouvi. Pelezinho, como é conhecido um dos seguranças do Sport, revelou que a seção de fogos foi, realmente, muito fraca.

Às 4h, os torcedores pegaram pesado. Foi uma seção de fogos que durou quase cinco minutos. O barulho acordou não apenas os jogadores do Sport como também todos os hóspedes e vizinhos do hotel.

Quando todos pensavam que a brincadeira tinha acabado, eis que veio outra seção. Um pouco mais fraca do que a anterior, mas quase infindável.

Poucos jogadores do Sport levataram pela manhã para tomar o café. Primeiro foi Durval, depois veio Leandro Machado. "Só levantei porque tenho o hábito de tomar café-da-manhã. Mas vou voltar a dormir agora", declarou o atacante. Logo depois chegaram Dutra e o goleiro Cléber. Os demais continuam dormindo.

Bom, os jogadores e dirigentes que estiveram no restaurante do hotel lamentaram a noite mal dormida. No entanto, todos garantiram que a seção de fogos em Porto Alegre foi mais barulhenta.