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| NETVASCO - 13/05/2008 - TER - 20:15 - Edmundo diz que pior momento na carreira foi pênalti perdido em 2000 O atacante Edmundo, do Vasco, participou nesta terça-feira, do programa Tá na Área, do Sportv, e foi bastante sincero durante a entrevista, onde falou sobre alguns temas importantes e outros polêmicos, como a sua relação com Romário, o acidente automobilístico que se envolveu em 1995, a expectativa sobre a temporada e até o pior momento da carreira, que foi a perda do pênalti pelo Vasco no Mundial de Clubes, na final contra o Corinthians, no Maracanã. Relacionamento com o Romário "Eu adoro o Romário. O admiro, tenho como um dos meus ídolos no futebol. Um cara que adoro como atleta, mas, não sei porque ele extrapola um pouco e a gente se distanciou por causa de algumas brigas. Mas isso porque nunca discutimos pessoalmente, era sempre pela imprensa. Aí depois de um tempo eu parei de andar a mesma turma e, na boa, a minha vida melhorou muito. Até por causa do meu amadurecimento não bati de frente com ele nessa última passagem pelo Vasco. Na minha frente não deixo falar mal dele. Os problemas que nós tivemos foi entre nós dois, mais ninguém, e já resolvemos boa parte deles. Mas, na boa, tá ótimo assim. Ele lá e eu aqui. Ele tem uma história bonita, ganhou mais títulos do que eu no Vasco, fez mais gols que eu. Acho que o Vasco, no geral, tem que respeitar muito ele". Copa 98 "Fico triste de nunca ter disputado um coletivo como titular. Mas foi aquilo, ainda jovem, acabaram saindo umas coisas na imprensa e eu fui reivindicar uma posição no time, com a saída do Romário. O Zagallo acabou ficando chateado e eu não tive oportunidades na equipe. Mas não acho que seria a minha Copa. Eu gostaria muito de ter sido campeão, ter no meu currículo uma participação efetiva na Copa do Mundo". Pior momento da carreira "Eu sou perseverante, determinado. Digo isso porque eu me machuquei no último jogo do Brasileiro contra o Cruzeiro (no dia 8 de dezembro de 1999). (Nota da NETVASCO: Cruzeiro 4x2 Vasco, pelas quartas-de-final da Seletiva para a Libertadores e não pelo Brasileirão.) O médico disse que eu precisaria de 50 dias parado e eu disse que não ficaria fora do Mundial. Cheguei a ficar das 8h até às 22h em São Januário. O reveillon eu passei dentro do hotel, fazendo tratamento. Aí joguei o 1º jogo, fui poupado do 2º. participei do 3º e aí veio a final. Cansei e perdi o último pênalti. Aí que vem a tristeza. Tanto esforço para sair como o vilão da história. É uma tristeza comigo". (Nota da NETVASCO: Edmundo jogou 45 min da 1ª partida, 2x0 no South Melbourne-AUS - fazendo 1 gol -, 90 min do 2º jogo, 3x1 no Manchester United-ING - fazendo 1 gol -, 20 minutos do 3º jogo, 2x1 no Necaxa-MEX, e os 120 minutos da decisão contra o Corinthians.) Problema de Ronaldo "Fui um dos primeiros a ver. Ele estava trêmulo, com a boca roxa. Eu dividia o quarto com o Doriva e ele com o Roberto Carlos. Do nada eu bati o olho e vi a cena. O Roberto estava de walkman, eu mostrei a ele, vimos que era sério e eu saí correndo pelo corredor do hotel, gritando. Quando voltei já estava uma galera lá. Os médicos chegaram depois, não viram a coisa desde o início. Ai ele se recuperou, entrou no banho e voltou a dormir. (Ronaldo) disse que não lembra de nada. Aí no lanche o Leonardo foi falar com os médicos que ele não estava bem e que precisavam levar ele ao médico. Levaram e ele so encontrou o grupo no estádio, por isso meu nome saiu na escalação oficial". Amigos "Quando vou à praia da Barra estou sempre com o Djalma (Djalminha) e quando vou para Ipanema, sempre com Renato (Gaúcho, técnico do Fluminense). Aí com três pessoas o assunto já começa a ser futebol, quem foi melhor. Nada contra esses jogadores, até porque são em posições diferentes. Aí perguntamos, quem foi melhor? Zé Carlos (lateral-direito) ou Djalminha? Belletti ou Djalminha? Po, o Djalma não disputou uma Copa do Mundo. O Alex (do Fenerbahce) também não. É muito momento. O Zico, que pra mim foi um dos maiores que eu já vi jogar, não foi campeão do mundo. E isso tira um pouco da minha tristeza por não ter sido também". Maturidade "Eu vou ser muito melhor como homem do que como jogador. Só vou ser homem depois de deixar de ser jogador. Ainda misturo as coisas. Tive uma família maravilhosa, mas que também não soube me preparar para a fama. Subi para o profissional e com três meses estava na seleção. Tenho a consciência de que vacilei algumas vezes e, quando isso acontecia, achava que era mais forte do que os que me criticavam. Com isso acabei criando uma atmosfera negativa. Hoje não, estou mais tranqüilo. Mais ponderado. Dei muito murro em ponta de faca. Acabei brigando com muita gente sem precisar. Agora, no finalzinho eu estou conseguindo limpar um pouco, mas não vou conseguir acabar com toda aquela fama". Acidente "Foi meu pior momento como homem. Vivi uns 100 anos nesses últimos treze anos após o acidente. Foi aonde tive o meu maior amadurecimento. Pedi desculpas para as pessoas. Mas era difícil conciliar juventude com grana. Com 19 anos não tinha dinheiro para cmprar um tênis, com 23 eu podia comprar o que eu quisesse. Naquele dia tomei um chopp a mais e acontceu o acidente. Foi péssimo para mim. De positivo só que, a partir desse momento, vi que tinha de dar exemplo para a minha filha, que tinha seis meses". Brasileiro 1997 "Pós-acidente recebi muito carinho das pessoas do Fla, mas acharam melhor eu sair do Rio e me emprestaram. Fui para o Corinthians e lá eu tive a maior média de gols e jogos (36 jogos e 32 gols marcados), mas o time foi eliminado do Paulista e da Liberadores. Aí, me davam como acabado e o Eurico me ligou, foi conversar em São Paulo comigo e me trouxe de volta para o Vasco, falando que eu seria tratado como ídolo. E voltei, construímos aquele time de 97 com as chegadas do Evair e do Mauro Galvão. O time era unido, só eu brigava com tudo mundo (risos). Mas aí acabamos perdendo o Evair no meio da competição. Ele acabava ficando chateado com as seguidas substituições. Teve até um jogo que subiu a placa de número 9 e eu, que já tinha feito três gols, pedi para sair e fui conversar com o Lopes". (Nota da NETVASCO: Coritiba 1x3 Vasco, em 11/10/1997.) Relação com Lopes "Quando ele (Lopes) chegou, deu o primeiro treinamento e me chamou, perguntou qual era a minha maior dificuldade. Eu disse que era a recuperação. A arrancada da juventude. Contra o Corinthians-Al por duas vezes eu saí na frente e o zagueiro chegou. É difícil. Ao longo do tempo você vai perdendo isso. Hoje já estou mais acostumado com isso". Temporada 2008 "O Leandro Amaral é um excepcional jogador. Jogamos muito bem essa última partida. Ele ainda vai crescer muito, vai melhorar fisicamente. Agora estamos arrumando o time jogando com três zagueiros, dois alas, dois no meio, O Morais, que joga muito. Estou satisfeito. Ainda temos o Beto, o Jean. O Valmir que está vindo do Palmeiras e os meninos (Alex Teixeira, Alan Kardec, Pablo, Souza) que são ótimos, mas foram lançados prematuramente na equipe". Fonte: O Dia Online |
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