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| NETVASCO - 05/04/2008 - SÁB - 20:14 - Eurico diz que meia-entrada não causa prejuízo ao Vasco O que deveria ser um direito excepcional virou regra no futebol do Rio, e o Ministério Público está disposto a intervir. A farra da meia-entrada para estudantes cresce a cada ano: já representa 85% das vendas, segundo dados dos clubes. A média era de 30% até 2001, quando a emissão de carteiras ficava sob o controle da União Nacional de Estudantes (Une) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes). Como boa parte desses ingressos vai parar nas mãos dos cambistas, o MP já cobrou explicações da Suderj, da Ferj, e está disposto a sentar com os clubes para encontrar soluções. “Acho que eles deveriam ser os maiores interessados em acabar com isso, já que o prejuízo vai para o bolso deles. Quero entender o mecanismo da venda, como as coisas funcionam. Assim, podemos pensar em mudanças no sistema”, afirmou o promotor Carlos Andresano. Segundo a Medida Provisória 2.208/2001, qualquer documento de identificação expedido pelas instituições de ensino no País é válido para garantir o desconto em estabelecimentos de diversão e eventos culturais, esportivos e de lazer. Teoricamente, só pode ser vendido um bilhete por carteira, e sua apresentação na compra é inprescindível. Vários clubes, no entanto, decidiram ignorar a determinação e passaram a vender bilhetes pela metade do preço sem exigência da carteira. Na rodada do último fim de semana, três jogos (Macaé x Friburguense, Boavista x Americano e Cardoso Moreira x Cabofriense) tiveram públicos formados exclusivamente por estudantes, segundo borderô divulgado no site da Ferj. Mesmo nas partidas em que há venda informatizada e a carteirinha é exigida, diversas falhas na fiscalização permitem a farra dos cambistas. Em visita a bilheterias dos estádios e pontos de venda, a reportagem do ‘Ataque’ comprou mais de um ingresso com a mesma carteira de estudante, com documentos de terceiros e até sem nenhuma identificação, como pode ser visto no quadro ao lado. Como não há nenhuma verificação nas roletas, qualquer um pode comprar meia-entrada dos cambistas e ingressar normalmente no estádio. As artimanhas não param por aí, e os próprios clubes demonstram conhecê-las. “Já ficou famosa a fila de crianças na bilheteria na hora da saída do CIEP em frente à Gávea. Os garotos compram os ingressos e os repassam a cambistas, que, em troca, dão R$ 2 a cada criança”, revelou Flávio Pereira, coordenador de arrecadação do Flamengo. O Fluminense sofre do mesmo mal, segundo seu superintendente geral, Carlos Henrique Corrêa. Ele nem estranha mais a quantidade de alunos da Escola Anne Frank, em Laranjeiras, na fila para comprar ingressos no clube. “Se uma arquibancada custa R$ 30, o cambista dá R$ 2 ao estudante, para que compre meia-entrada. Ou seja: o ingresso para ele sai por R$ 17, e é vendido por R$ 20 ou R$ 25. Mais barato, portanto, do que a entrada vendida nas bilheterias”, destacou o dirigente do Fluminense. Todos contra a lei Mais do que uma ordem, a convocação do Ministério Público para uma reunião será um verdadeiro prazer. Os clubes não vêem a hora de buscar uma solução para a farra da meia-entrada, que, segundo o presidente do Vasco, Eurico Miranda, “faz quarentões e sessentões saírem por aí, dizendo-se estudantes”. O presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, condena o benefício: “Sou contra, pois não há como pôr em prática. Há muitas carteiras falsas. O jeito é estabelecer o preço de R$ 40, para poder cobrar R$ 20. Em teatros e cinemas, a fluência de público é menor. Estamos falando de uma entrada e uma bilheteria. Mas, num estádio, como controlar 20 mil pessoas chegando?” O presidente do Fluminense, Roberto Horcades, lembra que tem a mesma dificuldade de seus colegas: “Não posso ser contra uma lei, e tenho de me esforçar para ela ser cumprida, mas deveria haver uma fiscalização maior. O clube vem sendo lesado com isso”. Nesse ponto, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, não concorda com os demais dirigentes. Segundo ele, os clubes não têm prejuízo. “O Vasco praticamente só vende meia-entrada e, ainda assim, os ingressos não se esgotam. Se botamos 15 mil à disposição e vendemos 2 mil, como vamos exigir mais?”, destacou. Fonte: O Dia Online |
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