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| NETVASCO - 02/04/2008 - QUA - 14:12 - Confira a entrevista de Alfredo Sampaio a O Dia "O grande portão da minha vida no futebol". Assim o ex-técnico do Vasco, Alfredo Sampaio, definiu o que esperava de sua passagem pelo clube cruzmaltino. Depois de pouco mais de três meses o portão se fechou, mas o treinador não coloca isso como uma barreira. Destemido, ele usa a frase "voltar para o fim da fila" para expressar o que pretende daqui para frente. Mal saiu do Vasco, já foi sondado por três clubes, sendo um da Série A do Brasileiro. Alfredo diz que não se arrependeu de ter ido para o Vasco, mas admite que tem medo de ficar rotulado como treinador de time pequeno. Em entrevista exclusiva ao O Dia Online, o técnico deixou de lado as polêmicas com Edmundo e fez uma análise da sua primeira experiência em um time grande. Como você avalia essa sua passagem pelo Vasco? Foi a primeira grande chance da minha carreira, que não foi aproveitada como deveria devido às circunstâncias. Acho que esse passagem pelo Vasco não deveria servir como avaliação, como parâmetro para saber se eu tenho ou não condição de dirigir um time grande. Espero que uma outra oportunidade surja novamente. Você tem medo de ficar rotulado como um treinador de time pequeno? Esse é o meu maior medo. Esperava que o Vasco fosse o meu grande portão no futebol. Não foi, ou melhor, se foi, foi parcial. Mas também não posso fazer disso uma barreira. Da mesma forma que não me deslumbrei quando fui, não posso me iludir agora que saí. Inicialmente não fui contratado para ser o treinador, para comandar o time. Cheguei para ser auxiliar-técnico do Romário e deu a confusão toda que vocês já sabem. Se eu tivesse tido tempo para trabalhar, implantar minha filosofia de trabalho, tenho certeza que teria sido diferente. Não quero sair como incompetente. Se em algum momento não fui competente, foi como administrador e não como treinador. Só que eu não fui contratado para administrar... Se você for contratado por um clube de menor porte e fizer um bom trabalho, como no Madureira por exemplo, não acha que as pessoas vão dizer: Viu, em time pequeno ele trabalha bem..." Sinceramente, espero que não. Não é possível que as pessoas não tenham discernimento para separar as coisas. Não queria ser julgado por esse período no Vasco. Mas se tiver que ser assim, então que eu seja o melhor treinador de times pequenos. Você se arrepende de ter assumido o comando do time? Não me arrependo de nada. Quando o projeto foi montado não sabíamos, por exemplo, que o Romário ia sair ou que o Edmundo ia chegar. Talvez, se eu soubesse que o Edmundo voltaria, eu não teria aceitado. Não por ele, mas por ser um jogador de mais idade, que não rende e tem regalias. Não quero entrar nesse mérito, até porque esse assunto já se esgotou. Mas de qualquer forma, essas situações não eram previstas. Você considera positiva a sua passagem pelo clube? Se a gente pensar em números, com certeza. Se não me engano foram 12 jogos, com oito vitórias, um empate e três derrotas. Além disso, saí deixando o time classificado para as semifinais do Carioca e passei da primeira fase da Copa do Brasil. Nesse ponto, foi bom. Mas o que vale é conjunto da obra, né? Qual foi o seu maior aprendizado nesse período? O grande benefício foi a relação com um grande clube, o dia a dia. A diferença de um grande clube, com uma grande torcida. O convívio diário com a imprensa... Foi legal também ver que a relação com os jogadores, tirando os problemáticos, é como no Madureira, no São Cristóvão, no Bangu. Não há uma barreira, como eu pensei. O que você faria diferente? Me arrependo de ter sido flexível. Preferia ter durado dois dias trabalhando do meu jeito do que três meses tentando ser flexível e tentando administrar problemas. Deveria ter sido mais rigoroso, como sempre fui. Relevava quando os jogadores chegavam atrasados, por exemplo. Mas isso também é uma forma de aprendizado. E como vai ser daqui para frente? Já foi sondado por algum clube? Agora é voltar para o fim da fila e esperar minha chance de novo. No dia em que saí do vasco um clube me procurou e ontem fui sondado por mais dois. Ainda não tem nada de concreto, mas só de ter o interesse mostra que meu trabalho foi visto. São times considerados grandes? Pode dizer os nomes? Não dá pra falar ainda, porque não tem nada certo. Mas foram dois clubes da Série B e um da Série A. Você voltaria ao Vasco? Claro que voltaria. Desde que não tivesse alguns jogadores lá e o projeto fosse normal. Se o presidente chegasse e me apresentasse: "gente, esse aqui é o treinador". Fonte: O Dia Online |
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