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NETVASCO - 02/04/2008 - QUA - 05:27 - Confira íntegra da entrevista de Carlos Germano à TV Lance

Confira a transcrição da entrevista do ex-goleiro Carlos Germano à TV Lance.

"Eu estava trabalhando no Joinville, em Santa Catarina, desde dezembro, em uma parceria da WL, do Wanderley [Luxemburgo, técnico do Palmeiras], com o time do Joinville, que joga na primeira divisão do Campeonato Catarinense. Voltei agora, praticamente na semana passada, na época da Páscoa, porque o Wanderley rescindiu essa parceria com o Joinville. É uma pena. Seria um projeto de dois anos. Não sei o que aconteceu. Ele falou 'Germano, volta para o Rio porque o negócio não vai à frente'. Mas deu para ficar quatro meses lá ainda. A gente trabalhou no Campeonato Catarinense. Foi até legal. Para mim, foi uma novidade, sair debaixo das traves e de repente ter que preparar um profissional na posição para jogar. Para mim, foi a primeira vez. Deu tudo certo, foi muito bom mesmo".

ANTÔNIO LOPES

"O Lopes sempre teve as portas abertas, até porque é um treinador que praticamente a vida toda viveu dentro do Vasco da Gama. Ele tem a confiança da diretoria. Acho que isso é importante, principalmente quando você vai começar um trabalho ou pelo menos pegar na metade desse trabalho e tentar reverter um quadro que, na minha opinião, pelo que venho acompanhando em alguns jogos do Vasco, não é dos melhores, principalmente em relação a dar conjunto ao elenco. É lógico que você tira alguns bons jogadores dentro do grupo do Vasco hoje, mas eles sozinhos não vão conseguir levar o Vasco a uma situação melhor dentro da competição. Acho que o time do Vasco hoje precisa um pouco mais de conjunto. Você vê uma distância muito grande entre um setor e outro, principalmente nesse último jogo contra o Volta Redonda, você via que a defesa estava totalmente exposta, não tinha proteção nenhuma, principalmente do seu meio-campo. E culminou na derrota para o Volta Redonda. Toda hora o Tiago sendo exigido ali atrás, então é uma coisa que não é normal. Quando o goleiro começa a ser muito exigido e ver alguns espaços dentro do seu miolo de zaga, é porque tem alguma coisa que não está funcionando. Acho que o que não está funcionando é o conjunto. Um time de futebol tem que ter conjunto, independente da qualidade ou não qualidade que tenha esse plantel".

TRABALHAR COM EDMUNDO E ROMÁRIO

"Não vejo dificuldade. Acho que quando você está em um grupo de mais de trinta jogadores e tem uma diretoria por trás, exigente, que cobra, tem que ter uma parceria não somente do treinador mas dos jogadores também. Acho que essa parceria tem que existir. Existem jogadores necessários? Existem. Romário, Edmundo, então esses jogadores, na minha opinião, têm que ser um pouco escutados também, conversar, ver qual é a melhor situação, porque são jogadores já experientes, que já viveram bastante. Não somente eles. Se tivesse um Mauro Galvão na zaga, um Evair jogando no time também, acho que teria que ser dessa forma. Acho que se partisse desse princípio... É lógico que a opinião final é sempre do treinador, mas desde o momento em que você conversa, acho que eles conseguiriam entrar em um bom senso e ter o bom senso de, de repente, colocar o time melhor em campo. Mas trabalhei com os dois e... Nunca tive problema com ninguém. É muito mais fácil você poder escutar também, e dialogar para uma melhor situação. Sempre pensei dessa forma. É lógico que são pessoas de uma personalidade forte, que de repente não aceitam certas situações dentro do grupo e clube, e de repente existem esses atritos com o treinador, até mesmo com a diretoria, e que venha surgir reflexo dentro do próprio grupo e campo".

EDMUNDO E BETO SEREM DISSIMULADOS, SEGUNDO ALFREDO SAMPAIO

"Não posso dizer do Beto, porque a amizade que tenho com o Beto é só de jogar contra e algumas vezes em que a gente esteve junto. Mas o Edmundo sempre foi um cara muito verdadeiro. Se ele é amigo da pessoa, vai até o final. Ele não permite nem que se fale mal dessa pessoa na frente dele, se essa pessoa não estiver presente. Essa é uma virtude do Edmundo. Ele sempre foi dessa forma. Não acredito que tenha surgido... Talvez possa ter surgido com o Alfredo agora no clube com o retorno do Edmundo. É meio complicado você... Já que o Alfredo comentou isso, conversou, acho que está um pouco acima do que as coisas vinham sendo ditas. Acho que teve um atrito dos dois há uns meses atrás, que talvez venha culminando nesse final ruim do Vasco da Gama".

TIAGO BATER PÊNALTI E FALTA

"Acho que depende muito do grupo que você tem. Se você tiver bons cobradores de pênalti e falta, não acho porque o goleiro ter que bater. A não ser que tenha muita confiança mesmo. Acho que se tiver confiança, tem que ir mesmo, bater pênalti. Hoje você vê o Rogério Ceni, que é recordista em gols de falta e pênalti. Não tem igual [nesse fundamento]. Tem que aproveitar o que você tem de melhor. Se o Tiago tem uma certa tranqüilidade e confiança para executar esse tipo de penalidade, acho que não tem porque não permitir que ele faça. Se ele tem essa confiança, é porque ele treina para isso. Acompanhei o Tiago na época da Portuguesa, não no Vasco. Ultimamente venho acompanhando muito pouco o Vasco, mas na Portuguesa ele se sobressaiu não somente cobrando falta e pênalti, mas em baixo das balizas, aonde ele fez um belo Campeonato Brasileiro na Série B".

TIAGO GOLEIRO

"Ele é um bom goleiro. Ele veio jogar no Vasco da Gama, é um time grande. Acho que ele está um pouco travado ainda, preso, porque pelo que vi ele atuar na Portuguesa no ano passado, ele tem muito a dar para o Vasco ainda, em relação à qualidade técnica dentro do gol. O pênalti e a falta é uma conseqüência do treinamento que ele faz no dia-a-dia. Se tiver uma possibilidade e não tiver ninguém para bater com confiança, ele vai lá e tenta executar. Mas é um grande goleiro. Acho que o Vasco fez uma bela contratação. É só ter um pouquinho de paciência para ele desenvolver o que vinha fazendo na Portuguesa no ano passado".

TIAGO SEGUIR OS PASSOS DOS GRANDES GOLEIROS DO VASCO

"Depende do time que o Vasco montar. Acho que o goleiro também depende muito do time. Eu estive trabalhando no Joinville agora e o time não estava muito bem. O que eu passava para os goleiros? 'Vamos fazer o nosso, trabalhar porque daqui a pouco estoura aqui atrás'. É o que realmente acontece. Se o time não estiver bem, com um certo conjunto e tiver um bom time, geralmente vai estourar em cima da zaga ou do goleiro, então o goleiro tem que estar bem. Sempre acreditei que seria sempre assim. Acho que tem que ser dessa forma sempre. Tem que estar bem trabalhado para poder evitar o pior. É lógico que você não poder evitar várias derrotas, mas o pior. E salvar de repente a pele dele também, porque se o time não está bem, o goleiro afunda junto com o time".

GOLEIROS DA SELEÇÃO

"Falando no geral, até nos que jogam lá fora, a minha convocação seria o Júlio [César] e Helton. Com certeza os dois teriam que estar na lista. Não sei porque essa ausência do Helton por tanto tempo. Na minha opinião, ele e o Júlio batem igual. Acho que a seleção necessita de uma qualidade dessa dentro do gol. O Júlio hoje vem, sem sombra de dúvida, como um dos melhores goleiros atualmente, ou o melhor, na minha opinião, para estar servindo à Seleção Brasileira. Com certeza o Helton disputaria do lado dele. Você teria um leque de opções para uma terceira vaga. Tem o Bruno, do Flamengo. Não sei, em relação à comissão técnica, ao pessoal que já jogou, como o Dida ou o próprio Rogério. Tem um leque, você tem várias opções para escolher uma terceira opção".

FALTA DE TÍTULOS DO VASCO

"Pela tradição do clube, do Vasco - joguei lá durante 15 anos -, acho que a única coisa que a torcida vascaína exige... A torcida nem exige um grande grupo em relação à qualidade técnica, mas um time competitivo. Acho que, em toda competição, se você tiver um time competitivo, seja no Estadual ou Brasileiro, você com certeza vai ter uma grande colocação nessas competições".

FUTURO

"Tenho algumas possibilidades. Estou de vez em quando em contato com o pessoal da WL, não o Wanderley, mas o pessoal que trabalha com ele, esperando uma nova possibilidade de repente. Tenho um outro clube trabalhando como treinador de goleiros. Existe a possibilidade de ir para o Palmeiras e ficar pelo menos um ou dois meses, um tipo de estagiário, junto com o [Carlos] Pracideli, que é o treinador de goleiros do Marcos, para pegar mais experiência. De todas essas situações, a que me agrada mais, é de repente, se no mês de maio... Teve essas confusões do Vasco todas, envolvendo Romário, Edmundo, a saída de um e de outro, e negócio de treinador. Mas estou com uma esperança muito grande de no mês de maio para junho de repente estar retornando ao Vasco da Gama justamente nessa função. É lógico que tenho grandes amigos ali dentro, mas sempre foi o meu pensamento, justamente para bater que depois do Helton foi muito difícil o Vasco arrumar outro goleiro. O Helton hoje estaria jogando no Vasco naturalmente. Como joguei dez anos, o Helton jogaria dez anos. E seria um objetivo meu, descobrir alguns talentos nas divisões de base, para que o Vasco nunca mais tenha problema. Dois ou três talentos que possam servir o Vasco durante dez anos. 'No gol, o Vasco não tem mais problema'. É uma intenção minha, um projeto de muitos anos. Essa é a minha vontade. De repente, fazer um joguinho no Vasco, de uns dez minutos só, para encerrar a carreira dentro do clube e voltar como treinador de goleiros".

DEFESA NA CABEÇADA DE OSÉAS, NA FINAL DO BRASILEIRO DE 1997

"O pessoal sempre comenta sobre essa defesa. É porque foi no finalzinho, estava ali 48 do segundo tempo. É impressionante. Foi crucial ali para o tricampeonato".

Fonte: VascoExpresso


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