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NETVASCO - 27/03/2008 - QUI - 01:25 - Presidente da FERJ rebate acusações de favorecimento ao Vasco

Por tempos, uma névoa escura cobriu a Federação de Futebol do Rio. Durante os 21 anos de gestão de Eduardo Viana, ouviu-se de tudo. De improbidade administrativa à corrupção, passando por manipulação de resultados. Esperava-se que a queda de Caixa d'Água trouxesse o sol de volta. Mas ainda não cessaram as acusações. No momento, Rubens Lopes, o atual manda-chuva do futebol carioca, recebe críticas pela aproximação com Eurico Miranda, presidente do Vasco que garantiu que seu time não mais perderá no Carioca, sagrando-se, ao fim deste, campeão estadual.

– Todo torcedor é passional. Já ouvi dizerem "rumo à Tóquio", coisa e tal. O Eurico deve ter dito para aumentar a estima do grupo – defende-se Lopes.

Antonio Augusto Dunshee de Abranches, ex-presidente do Flamengo, lê as entrelinhas do discurso de Eurico de forma diferente.

– O Eurico é arrogante e fala assim para atemorizar alguns, já que acha que domina a comissão de arbitragem. Já o Rubens Lopes é o Eduardo Viana com outro nome.

Ex-presidente do Fluminense, David Fishel é mais ameno.

– A Federação hoje organiza melhor as competições e o tratamento com os clubes ficou mais cordial. Só que certos vícios permanecem. Como o favorecimento para algumas agremiações com as quais há um relacionamento melhor.

Lopes nega que haja qualquer favorecimento. Mostrando comprovantes de sua estada fora do estado no feriado, disse que o técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, que declarou que Rubinho passou o fim de semana na casa de Eurico em Angra dos Reis, está cercado de maus informantes.

– Não fui a Angra por passar o fim de semana trabalhando em Alagoas, Bahia e São Paulo. Se tivesse tempo e fosse convidado, iria.

Negando que a saída de Carlos Elias Pimentel da Comissão de Arbitragem carioca tenha acontecido por desavença, ele lava as mãos para o fato de o árbitro Péricles Cortez Bassols jamais ter voltado a apitar desde a vitória do Botafogo sobre o Vasco, no turno. Jogo em que Eurico Miranda culpou a arbitragem.

– Esse assunto é com o Jorge Rabello, que comanda com autonomia os árbitros. Sua comissão é independente. Quanto ao Carlos Elias Pimentel, ele subiu de posto. Parou de fazer escalas para preparar os juízes. Trabalha conosco na escola de arbitragem da Federação.

De acordo com suas palavras, aceitar tantas críticas ou desconfianças, dentro de um limite, faz parte.

– É o ônus do cargo. Quando há conflitos de interesse, alguma parte sempre fica descontente. Agora, há a crítica e a ofensa. Quando passa para a leviandade, eu reajo.

Como reagirá em relação ao presidente do Flamengo, Márcio Braga, que o chamou ontem, numa emissora de televisão, de gângster.

– É uma agressão gratuita típica deste cidadão inteiramente desqualificado – disse, num dos poucos momentos em que saiu do sério.

Ao JB, Braga disse mais.

– Nada mudou com a troca de comando na Federação porque a estrutura ficou. Continua arcaica, reacionária, autoritária e corrupta.

Rubens Lopes não se abate com as palavras do algoz político.

– Não espero desse cidadão outro tipo de atitude. Ele, que já sofreu condenação por peculato, devia estar delirando ou com alucinações.

Na confortável sala de Rubens Lopes na Ferj, há espaço para belos quadros e alguns livros. Entre os quais, Jogo Duro, biografia de João Havelange. Qualquer semelhança não é mera coincidência. O dirigente foi chamado pela CBF para representá-la no 58º Congresso da Fifa, que acontecerá no mês demaio, em Sidney. Sinal de que realmente sabe bem se relacionar.

Fonte: Jornal do Brasil


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