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| NETVASCO - 24/03/2008 - SEG - 13:04 - Dinamite fala sobre o 15º aniversário de sua despedida dos gramados O maior ídolo do Vasco, Roberto Dinamite, fala sobre a sua despedida como jogador profissional, que completa 15 anos nesta segunda-feira. No dia 24 de março de 1993, o artilheiro deixava os gramados em um amistoso contra o La Coruña, no Maracanã. "Até fui pego de surpresa, porque não lembrava, não tinha gravado isso, mas é uma data realmente significativa, importante que vivi ao longo de 20 anos como atleta profissional. Isso é muito legal e fico feliz pela lembrança com relação a essa data tão significativa e ao mesmo tempo triste, porque foi o encerramento de uma carreira. Mas, por outro lado, acho que foi uma carreira vitoriosa em que me dediquei não só ao Vasco, mas ao futebol brasileiro, à Seleção. Fico muito feliz", disse ao programa "Bandeirantes Rio no Futebol", da Rádio Bandeirantes. COPAS DE 1978 E 1982 "Entrei no terceiro jogo e fiquei como titular até o final. Em 82 fiquei lá chupando dedo, não tive oportunidade. Quando você fica chupando dedo, se esquece de fazer outras coisas. Infelizmente, eu não tinha outra coisa para fazer. Realmente, 82 foi a maior decepção para mim como jogador dentro de uma Seleção e até como atleta profissional, não ter tido pelo menos a oportunidade de jogar um tempo ou uma partida naquela Seleção que eu achava que era uma quase completa. Faltava me darem uma oportunidade para eu poder jogar". SERGINHO CHULAPA "Era um grande goleador, tinha sido artilheiro. Não discuto isso. Acho que Seleção Brasileira, você tem jogadores titulares e que dificilmente vão dar oportunidade, mas você tem titular que sabe que tem um reserva que pode a qualquer momento entrar. Me incluo nessa lista de um reserva que poderia entrar a qualquer momento, esperando a oportunidade para jogar, que infelizmente não aconteceu na Copa de 82". DERROTA POR 3 A 2 PARA A ITÁLIA EM 1982 "Formou-se uma grande Seleção. Acho que perdemos a Copa do Mundo naquela oportunidade em razão até dessa situação de todo mundo, nós, a imprensa brasileira, o mundo inteiro apontava a Seleção Brasileira como a grande Seleção. Acho que nos deixamos levar um pouco por essa situação, porque o Brasil com o empate estava classificado. Empatamos e saímos para tentar fazer o terceiro gol. Aí perdemos naquele Paolo Rossi, que estava no dia dele". FILHO RODRIGO, DE 15 ANOS, QUE TREINA NO FLUMINENSE "Eu estava voltando com ele agora de Xerém. Tive que levá-lo porque ele treinou de manhã cedo. Posso ter muitas qualidades, mas tinha um defeito, que era o negócio de horário, treinamento. O meu filho está me fazendo acordar 3 e pouco da manhã para chegar no horário para poder treinar. Esse negócio todo faz parte de um pai dar a oportunidade para que isso aconteça. Ele está treinando, em um caminho, mas não chegou a lugar nenhum. Ele vai ter que pular etapas. Vai depender dele. Estou levando, mas fico lá de longe olhando e vendo, para que ele possa ter esse direito, pelo menos isso de, quem sabe, vir a ser jogador ou não. É nesse sentido que agradeço desde já o pessoal do Fluminense, o próprio Branco, o Bruno que está lá fazendo esse trabalho nas divisões de base para que, não só o meu filho, outras pessoas também possam ter esse direito de um dia, quem sabe, sonhar. Tem muitos garotos que sonham com isso. É uma competição muito grande, forte. Espero que ele possa chegar a algum lugar". INÍCIO DA CARREIRA "Tem que ter estrela. Eu estava fazendo uma entrevista agora há pouco com relação a isso para São Paulo, contando um pouco da minha vida, trajetória. Quem me viu criança, garoto, depois no Vasco com 15 para 16 anos, e mais tarde no profissional, fala que foi um milagre eu chegar a ser jogador. Eu era uma criança muito doente. Mas aí entra esse lado, que é fundamental. Você pode ter um garoto que conviveu e viu crescendo em vários clubes, o que o cara fala 'Esse é craque' com 11, 12, 13, 14. Quando chegou com 17, 18, o cara sumiu. Aí tem um garoto que era reserva, não jogava, e de repente chega ao profissional. Você tem vários exemplos. No Vasco tem Mazaropi, Edmundo era terceiro reserva, entrou em um jogo do Nelsinho [Rosa, técnico em 1992]. O Mazaropi foi mandado embora. O goleiro titular que fomos campeões juvenil, o cara entrou, agarrou, foi campeão, o Mazaropi ficou ali. Daqui a pouco o cara foi embora e o Mazaropi veio a ser titular do Vasco. No meu caso, quando fui para o Vasco, fomos levados eu e um meia. O meia era um garoto muito habilidoso, jogador com talento, fora de série. Jogávamos juntos no São Bento. Eu fazia muitos gols porque o cara metia toda hora para mim na cara do gol, era só empurrar. Fomos juntos para o Vasco. De repente, tive a oportunidade na minha posição de centroavante. Ele era meia e botaram na ponta. Essas coisas acontecem na vida do garoto. Subi, fui embora, e o garoto parou, não jogou futebol. Tem esse lado também, essa dose não só de sorte, mas das oportunidades que acontecem, para que você possa chegar a algum lugar. A gente tem aí vários filhos, meu filho e o de grandes jogadores, que não chegaram... Meu filho está treinando hoje, mas muitos não chegaram a lugar nenhum ou de repente deram pouca oportunidade. Uns entram muito com essa coisa de comparação do filho com o pai. É complicado isso para caramba. Peço e torço para que ele possa ter essa oportunidade de mostrar o seu talento, se tem condições, talento também, para poder chegar a algum lugar. É dedicação, treinamento, você se privar até de algumas coisas. Falei até com ele essa semana 'Você quer sair à noite? Meu irmão, tu vai treinar no outro dia. De manhã cedo não dá para tu. Dá uma segurada porque é o momento que você tem para tentar se projetar, senão daqui a pouco passa e acabou'. Tudo isso faz parte de um pai tentar orientar e mostrar. É o que peço, não só para o meu filho, mas para todos os garotos que sonham e desejam ser jogador de futebol. Não é fácil, nem todo mundo que está treinando e se dedicando vai chegar. Você tem que fazer o mínimo, que nesse sentido é trabalho, dedicação, treinar, se alimentar, estudar e descansar. Acho que são as coisas básicas para, quem sabe, no futuro, alguém botar o dedinho e falar 'Esse puxa para cá, lá, e de repente venha a ser um jogador de futebol'. Isso depende muito disso". Fonte: VascoExpresso |
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