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NETVASCO - 15/03/2008 - SÁB - 14:02 - Argentinos do Vasco introduziram a tabelinha no futebol brasileiro em 1939

O pessoal do Globo Esporte da TV Globo fez um levantamento para apurar o surgimento da tabelinha no futebol brasileiro. É difícil alguém situar com certeza a primeira vez que esse tipo de jogada foi usado. Mas os estudiosos dos anos 30 afirmavam que foi na Argentina que a tabelinha surgiu, no tempo em que se jogava futebol nos chamados potreros ou simplesmente em quintais que tinham paredes em pelo menos um lado e aí os participantes dos chamados rachas jogavam a bola contra a parede e assim driblavam o adversário, pois essa parede fazia parte do terreno de jogo e portanto quando batia ali a bola continuava em jogo.

Depois, com o futebol já civilizado, quem passou a servir de parede foi um companheiro de time, por isso, na Argentina, a tabelinha ganhou o nome de ‘pared’, como até hoje é chamada por lá. Dizem que ela chegou com mais ênfase ao Brasil em 1939, quando o Vasco da Gama importou uma ala esquerda argentina formada por Gandula e Emeal, grandes dribladores e que executavam com incrível precisão as tabelinhas. Esses dois jogadores faziam malabarismos mas não tinham objetividade, não faziam gols, tanto que apelidaram a ala que eles formavam de “ala lero-lero”.

Gandula, aliás, foi responsável pela denominação que se deu aos apanhadores de bola, porque ele ia para trás da baliza de São Januário, por ocasião dos treinamentos de chutes a gol, forma então usada para treinar simultaneamente atacantes e goleiros. O meia-esquerda Gandula ficava atrás do gol para devolver a bola, daí nasceu a denominação para os repositores das bolas que saem tanto pelo fundo como pelos lados do campo.

Mais tarde vi essa jogada consagrada no sul do país, no time do Internacional do início dos anos 40, com o centroavante Larry, revelado no Rio pelo Fluminense e o ponta de lança Bodinho, pernambucano que havia jogado pelo Flamengo. Eles faziam de cinco a seis tabelinhas por jogo e algumas eram mortais. A dupla que ganhou projeção mundial foi a formada no Santos por Pelé e Coutinho, a mais famosa tabelinha da história. Essa jogada parece em extinção no futebol da atualidade, mas de quando em quando ela reaparece como se fosse um relâmpago de saudade em um desses momentos fortuitos que compõem o jogo da bola dos dias de hoje.

Fonte: Jornal dos Sports - Coluna Luiz Mendes


Gandulla e Emeal no Boca Jrs. na década de 40

Fonte: Informe Xeneize



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