"Sem dúvida nenhuma. Ele tem uma identificação enorme com o Vasco, realmente tem uma paixão pelo Vasco, coisas que ele passa mesmo para algumas pessoas. Escutei essa notícia da possibilidade de ele voltar para o Brasil, mas acho que a prioridade em ele voltando, tenho certeza que é do Vasco. Acho que ele não tem perfil de jogar em outro clube aqui no Brasil, a não ser no Vasco", disse ao repórter Rodrigo Campos, no programa "Manchete Esportiva 1ª Edição", da Rádio Manchete.

Antes do dirigente se pronunciar, o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, confirmou o interesse no jogador e afirmou que o Tricolor Paulista tem mais condições de contratar o atleta. Moreira rebate.

"Acho que não. O São Paulo é um grande clube, sem dúvida nenhuma, mas ele não pode achar que é melhor do que A ou B, até porque em questões do Juninho optar, tenho a certeza absoluta que ele optaria por aqui, até porque é onde é a casa dele, ele gosta de jogar. Então não é por aí. Se ele é melhor tecnicamente, só dentro do campo que pode se ver. Ficar desprezando qualquer tipo de clube... Não é melhor tecnicamente do que os outros. Ele pode ser um grande clube, como é, mas também somos grandes. Se ele falou isso, infelizmente acho que ele teve um pequeno erro em dizer que tecnicamente é melhor do que todo mundo. Não é por aí. Pode ser melhor em outras coisas, mas tecnicamente não pode".

"Acho que se houver a possibilidade de ele vir, a gente faz um projeto para ele. Quem sabe? O presidente [Eurico Miranda] inclusive algumas vezes me liga. Na última vez que me ligou, eu estava perto do presidente e ele falou com ele. Ele sabe qual é a nossa idéia referente à vinda dele. Se ele quiser vir, sem dúvida nenhuma, a gente faz qualquer sacrifício para que ele venha. Isso é fácil, não é difícil não (se referindo ao elo, não à contratação). Acho que sonhar não custa nada", completou.

O dirigente do São Paulo comenta o interesse por Juninho.

"Seria maravilhoso ter o Juninho Pernambucano no São Paulo. Ele já conquistou tudo na França, hexacampeão, talvez agora hepta esse ano. A gente está com bons olhos vendo essa hipótese, mas ela é muito difícil porque há uma concorrência internacional. Acho que outros clubes europeus também querem o Juninho Pernambucano e seguramente ele tem pretensões no seu próprio clube de amanhã se transformar em um dirigente, treinador, então precisa conciliar todos os interesses. Não é fácil você ter um jogador desse nível no futebol brasileiro. Não tem nenhum pontapé inicial. A gente tem relacionamentos, e no relacionamento que temos com pessoas próximas você sempre está perguntando, cogitando, interessado em saber o que vai acontecer com o jogador ao final do seu contrato, mas nunca uma negociação. É apenas você ter informações, dados para poder, quem sabe, iniciar alguma coisa".

Cunha não teme que a contratação do Reizinho se torne mais difícil pelo fato do jogador ter grande ligação com o Gigante da Colina.

"Não temo e também não faço nenhuma comparação do São Paulo ao Vasco. Ele já jogou no Vasco, tem suas ligações afetivas lá, mas talvez hoje a gente possa oferecer algo mais em relação às propostas e possibilidades de conquista futura. Não vejo, nesse momento, o Vasco como uma equipe de ponta. Vejo como um clube de ponta, mas não uma equipe. Nos últimos anos o São Paulo tem conquistado títulos e isso pode ser favorável. Claro que as paixões e relações boas que ele possa ter com o Vasco infelizmente possam seduzí-lo a jogar no Vasco. De momento, acho que o São Paulo está em condições melhores do que o Vasco da Gama".