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| NETVASCO - 17/02/2008 - DOM - 07:00 - Henrique e Bujica, coadjuvantes que fizeram história no clássico Henrique saiu do ostracismo ao marcar gol da vitória em 1988 Dia das mães, 8 de maio de 1988. Motivada pela volta de Roberto Dinamite ao time, e empolgada com a ótima fase do garoto Romário, a torcida do Vasco comparece em peso ao clássico contra o Flamengo, enquanto os rubro-negros, ressabiados pelas ausências de Zico e Renato Gaúcho, estão reticentes. Iniciada na arquibancada, a vitória cruzmaltina (1 a 0) naquela tarde consagrou um herói nada habituado aos holofotes: Henrique, volante que arrancou aos 33 minutos do primeiro tempo, passou por dois e tocou por baixo das pernas do goleiro Zé Carlos. Novamente, o Clássico dos Milhões fazia um anônimo se transformar em ídolo repentino. — Não esqueço nunca mais aquele dia — diz Henrique, diretamente de Campinas-SP, sua cidade natal, para onde voltou após encerrar a carreira de jogador no Japão. — O Vasco precisava vencer para continuar disputando o título da Taça Rio. Depois dali, embalamos. Foi meu primeiro e único gol no Maracanã. Henrique havia chegado a São Januário em 1986, emprestado pelo Comercial de Ribeirão Preto. No fim daquele ano, pelas mãos do hoje técnico do Flamengo, Joel Santana, o ex-volante passou de esquecido em coletivo para titular. No ano seguinte, quando Dunga, atual técnico da seleção brasileira, foi vendido para a Itália, Henrique assumiu de vez a posição no meio. E foi peça importante na conquista do bi-carioca (87/88). — Só não joguei o primeiro turno de 1988 porque eu estava sem contrato — lembra. O gol em cima de Zé Carlos deu a Henrique uma notoriedade que ele ainda não conhecia. Na semana seguinte, foi a programas esportivos, virou matéria de revista esportiva e passou a ser olhado de maneira diferente nas ruas. Aquela vitória também teve significado especial para o Vasco, porque foi a primeira vitória de cinco seguidas no clássico (quatro no Estadual e uma no Brasileiro): — Na minha época, o tabu era muito mais favorável ao Vasco do que ao Flamengo. Até hoje, Henrique, que está com 45 anos, acompanha o Vasco. Mas de longe. Em São Januário, foi pela última vez há três anos, quando aproveitou uma viagem ao Rio para visitar o compadre Roberto Dinamite. No Maracanã, então, não vai desde 1988. — Quem sabe não apareço por lá se o Vasco for à final do Estadual? O Flamengo leva certo favoritismo na semifinal, mas clássico é pressão para os dois lados. Estarei torcendo muito pelo meu Vascão pela TV. Bujica virou Caçador de Marajás na estréia de Bebeto em 1989 De pele negra e sangue rubro, é fácil perceber sua paixão com uma mera espiada em seu perfil no site de relacionamentos Orkut. Lá, não é Vasco, é “Vasquinho”. Não é Flamengo, é “Mengoooo!!!”. Resumindo, ali, onde a vida pessoal está exposta, vive até hoje entorpecido por uma lembrança quase diária: dois gols na estréia de Bebeto no arqui-rival da Colina, que acabara de tirá-lo da Gávea. Em 5 de novembro de 1989, Bujica foi o herói de um Flamengo x Vasco badalado e virou o Caçador de Marajás. Criado por rubro-negros em Cachoeiro de Itapemirim (MG), o atacante que, desde o infantil na base do clube, sonhava com Zico, marcou um dos gols naquela tarde de 5 de novembro de 1989, com passe do ídolo. Perguntar a ele sobre histórias curiosas do jogo ou coisas do gênero é inútil. O “mantra” é Galinho e torcida. — Eu joguei com meu ídolo, ganhei um passe dele e fiz o gol no Vasco, vou querer mais o quê? — disse o ex-jogador, recordando o que ouviu de Zico, já com problemas no joelho, na preleção. — Eu já não agüento mais correr como antes, mas vou tentar deixar você na cara do gol. Não deixe a bola sair limpa da defesa — narrou. Hoje, Bujica mora em Rio Branco, no Acre. Visitou o Flamengo em fevereiro do ano passado, acabou de passar no vestibular para a faculdade de educação física e já arriscou na carreira de treinador. Bem, por apenas um jogo e porque não tinha nada para fazer. — O São Francisco fica aqui perto. Um amigo estava enrolado, sem ninguém para treinar o time num jogo lá e, como estava à toa no dia, aceitei. Mas ser técnico é complicado. Tenho de aprender — diz Bujica, que, indagado sobre treinar o Flamengo, “baba”: — Que isso, nem fala, dá arrepio... Criado na Gávea, Bujica ficou apenas um ano no profissional. O clube precisava “fazer caixa” e Emil Pinheiro o queria no Botafogo. Vendido, ficou cinco meses sem atuar e três anos em General Severiano até o presidente trocar o Alvinegro pelo América. E foi com ele para o Diabo. O cartola, e contraventor, acabou preso. Bujica ficou sem ter quem cuidar de sua carreira e por um ano correu atrás do próprio passe, para então começar um rodízio por clubes como Inter de Limeira-SP e Operário-MT. Ainda acompanhando todos os jogos do Flamengo, o prognóstico para a semifinal é previsível: — O Flamengo é favorito. E que ganhe com gol do Obina — diz Bujica, com 47 jogos e 11 gols pelo Rubro-Negro. Fonte: Extra (Edição de 17/02/2007) |
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