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| NETVASCO - 17/02/2008 - DOM - 00:58 - Embora quisesse estar em campo, Romário não sabe para quem vai torcer Romário já esteve nas duas metades do campo do Maracanã. Vestiu-se de Flamengo da cabeça aos pés e, também, de Vasco. Hoje, suas últimas gotas de suor e o que sobrou das gastas travas das chuteiras são objeto de desejo dos dois clubes que disputam também uma vaga na final da Taça Guanabara. Por enquanto, nem um nem outro. Quando a bola rolar, Romário, com sorte, terá encontrado companhia para umas partidas de futevôlei na praia. Ou, talvez, esteja dando umas voltas por aí com as filhas Ivy e Bela. Ele só tem uma certeza: não vai assistir ao clássico. Em entrevista exclusiva ao ‘Ataque’, Romário reclama da angústia por não poder entrar em campo hoje à tarde. Confessa já estar cansado do desemprego — o tédio da rotina em casa tem aberto seu coração às propostas que o Flamengo já lhe faz para o futuro. Mas há uma pergunta que mesmo ele, um dos mais sinceros mortais, não ousa responder: vai torcer por Vasco ou Flamengo? “Ah, pula essa pergunta...” Se o Vasco eliminar o Flamengo, você joga a final da Taça Guanabara? Não existe isso. Do Vasco, eu já saí. Posso até voltar, mas já saí. Eu até ia a São Januário na sexta-feira para conversar, mas estava cheio de coisas para resolver e acabei faltando ao encontro... O Paulo Angioni (gerente de futebol do Vasco) ainda está confiante na sua volta. E você? Não estou muito otimista, não... Profissionalmente, será a decisão mais difícil da minha vida a ser tomada. O que o Vasco precisa oferecer para sensibilizar você novamente? Tenho dito que quero jogar só mais uma, duas ou três partidas. Mas não é só isso. Desde que saí do Vasco, estou em casa sem fazer nada. Não consigo. Tenho que fazer uma porcaria qualquer!!! É isso que está me preocupando. Quero alguma coisa para o futuro, para mais dois ou três anos. O Flamengo me oferece essa possibilidade. Mas o Vasco não me oferece nada. E não quero nada de boca. Quero algo documentado. Não aceito conversa fiada. Mas, olha bem, não estou dizendo que o Eurico é um conversa-fiada, hein... Não é isso... Vai torcer para o Flamengo ou para o Vasco nessa semifinal? Ah, essa pergunta... E se a gente levar em consideração que eu tenho contrato com o Vasco, apesar de já ter saído de lá? Se bem que esse negócio de torcer é relativo, pois não sou Flamengo nem Vasco. Sou América. Mas, nos últimos anos, minha história foi no Vasco. Ah, isso é f... Ah, pula essa pergunta, vai... De onde você vai ver o jogo deste domingo? Não vou ver o jogo. Por que não vai? Porque vou ficar com vontade de estar lá no campo. E eu podia estar lá. O que vai fazer na hora? Se meus amigos estiverem jogando futevôlei, é o que vai rolar. Se bem que todo mundo deve ir pro Maracanã. Vou acabar dando umas voltas com minhas filhas Ivy e Belinha. Está deprimido? Não tenho o direito de ficar deprimido. Tenho saúde, sou realizado financeiramente e só tenho filhos bonitos. Eu apenas não estou tão feliz como poderia estar. Achou esquisito o Edmundo ter entrado em forma assim que você saiu de São Januário? Não posso falar mais nada sobre o Vasco. Não tenho mais nada a ver com isso. Não quer falar do Edmundo? Não é isso. Também não vou responder se você me perguntar sobre o Beto, o Alan Kardec ou o Morais. Quando você vai conversar com o Eurico? Marquei de ir lá na sexta-feira, mas não pude comparecer. Agora, talvez espere passar a final da Taça Guanabara. Mas não tenho nenhum problema pessoal com o Eurico, não. Tem conversado com o Kléber Leite, vice de futebol do Flamengo? Ele e o Plínio (Serpa Pinto, colaborador do futebol) me telefonaram depois da minha absolvição naquele caso do doping, para me parabenizar. Foi só isso. E a estátua? Se você for mesmo para o Flamengo, ela deve permanecer em São Januário? Na minha casa, mando eu. E, no Vasco, manda o Eurico. Para mim, é uma honra, um orgulho muito grande, ter aquela estátua lá. Mas é ele quem sabe. Afinal, você está mais para o Flamengo ou para o Vasco? Hoje, não estou para lugar nenhum. Só espero que entendam que minha decisão será no sentido de ser feliz. E, para terminar, estou muito feliz porque, na quinta-feira, minha absolvição foi uma das maiores conquistas que tive na carreira. Eu não ia finalizar minha história 100 por cento bem se tivesse de cumprir uma punição por doping. Fonte: O Dia Online |
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