.

Faq Entre em Contato Página Principal
Home | Notícias

NETVASCO - 27/01/2008 - DOM - 02:34 - Romário já mostra estilo peculiar como treinador de futebol

Com a bola nos pés, Romário sempre foi irreverente. Um vencedor que, além de mais de mil gols, tem uma invejável coleção de títulos. Como treinador, porém, começa ainda a dar os primeiros passos numa profissão de alto risco. Mas qual o estilo do Baixinho fora das quatro linhas? Desde que assumiu definitivamente o comando do Vasco, em duas partidas - nas outras três não pôde dirigir a equipe, devido à suspensão por doping - já deu para notar algumas peculiaridades. O novo professor pode ser tudo, menos comum.

Se como jogador Romário sempre fugiu a todos os padrões, como treinador não é diferente. Não dá entrevistas com freqüência, algo que faz parte da rotina de todo técnico de grande clube, e é capaz de abandonar um treinamento para conversar rapidamente com algum dirigente à beira do campo. Em seguida, volta como se nada tivesse acontecido.

A impaciência com os erros dos jogadores também é uma marca. Por isso, não demora a sacar os atletas, mesmo que tenha de improvisar alguém. Insatisfeito com o rendimento de Calisto, não demorou a tirar o jogador para escalar o destro Marcos Vinícius na lateral esquerda. Ontem, nova troca, desta vez para colocar Carlinhos.

Situação parecida passou o jovem Vílson. Como o zagueiro deixou a desejar contra o Madureira e Luizão não tinha condições de jogo, Romário não pensou duas vezes para colocar o volante Xavier na posição.

Romário era frio em campo no embate com os zagueiros. Fora dele, é vibrante. Grita, xinga e não se omite. Por ter ótima visão de jogo, mata com rapidez a charada tática das partidas e cobra o tempo todo um melhor posicionamento dos atletas. E ai de quem não cumprir.

- O Romário tem a malandragem - diz o meia Beto, que acha curioso ter um companheiro que também é treinador. - Ele vê bem o jogo e passa isso para a gente. Além disso, troca muitas informações com o Alfredo (Sampaio, auxiliar técnico), que tem mais experiência como treinador. No final, quem sai ganhando é o time.

Outro coisa que o Baixinho não abre mão é de ter uma equipe que vai para cima do adversário. Como sempre foi artilheiro, ofensividade é seu lema.

- Romário gosta de colocar o time para frente - elogia o meia Morais, que tinha apenas 10 anos quando viu Romário jogar pela primeira vez e costuma chama-lo de patrão. - Ele pede para que os laterais se adiantem e com isso tenho mais liberdade para criar.

Mesmo sendo o treinador do time, Romário não perde a fome de bola. Num treino recente, protagonizou uma cena engraçada. Sem se dar conta de que os dois times reservas já estavam formados, o Baixinho se escalou e já vestia o colete quando foi informado de que teria de sacar algum atleta para jogar. Meio sem graça, deu meia volta, mas não desistiu de entrar em campo. Esperou cerca de 15 minutos e tirou um jogador para poder bater uma bolinha.

Resta saber agora se o genial Romário vai conseguir no banco o mesmo sucesso que teve nas quatro linhas. Craques como Falcão e Júnior naufragaram na função e até mesmo o grande Zico só agora começar a ter reconhecimento. Em linhas gerais, os grandes treinadores de hoje foram jogadores medianos. Casos de Luxemburgo, Felipão, Muricy Ramalho.

Apesar de sempre ter dito que jamais seria treinador, Romário surpreendeu e aceitou o desafio de treinar o Vasco. Depois de ter driblado o destino como poucos, não será surpresa alguma se vingar na espinhosa função de treinador.

Fonte: Jornal do Brasil


NetVasco | Clube | Notícias | Futebol | Esporte Amador | História | Torcidas
Mídia | Interativo | Multimídia | Download | Miscelânea | Especial | Boutique