NETVASCO - 25/01/2008 - SEX - 14:25 - Confira a entrevista de Alfredo Sampaio ao site <i>Justiça Desportiva</i>

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NETVASCO - 25/01/2008 - SEX - 14:25 - Confira a entrevista de Alfredo Sampaio ao site Justiça Desportiva

Alfredo Sampaio com certeza passa pela situação mais inusitada de sua vida. Ele é auxiliar técnico de Romário, mas ocupa o lugar do técnico-jogador, enquanto o Baixinho cumpre a sua pena imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Carioca, com 47 anos, Alfredo é formado em Educação Física e está concluindo a faculdade de treinador profissional.

Como jogador, foram quase 14 anos atuando na posição de zagueiro. Na carreira de treinador, começou no São Cristóvão, onde ficou até 1993. Neste período, conquistou o título do Campeonato Carioca da Segunda Divisão. Á frente do Madureira, quando ganhou destaque nessa função, conquistou a Taça Rio e foi vice-campeão carioca. Em 2007, levou o Tricolor suburbano à final da Taça Guanabara.

Em entrevista exclusiva para o site Justicadesportiva, Sampaio conta sobre sua relação com Romário, das suas expectativas no Vasco, a pressão que vem sofrendo da torcida vascaína e a responsabilidade de comandar o time carioca, enquanto Romário, está suspenso por 120 pelo STJD.

Como está a sua relação com o Romário? Vocês conversam sobre a situação dele de estar suspenso? Ele está impaciente, incomodado de não poder treinar/jogar?

Nossa relação é muito boa. Nos entendemos bem. Somos duas pessoas muito francas e isso facilita a comunicação. Não conversamos muito sobre a situação dele porque é uma coisa que já foi estipulada e não adianta ficar remoendo. É claro que ele gostaria de estar em campo, atuando, mas sabe que nesse momento a sua importância é em outra função, passando sua experiência para o grupo.

Você se sente com mais responsabilidade?

Sinto-me com mais responsabilidade por estar num clube como o Vasco, que tem uma imensa torcida que, como todas as de grandes equipes, cobra muito. Mas estou pronto e motivado para trabalhar e conquistar a confiança dos torcedores.

Apesar de não poder comandar o time do banco, juntamente com você, vocês se comunicam durante a partida?

Não, até porque ele também está proibido de fazer isso. Conversamos durante a semana antes do jogo, nos treinos e na hora da partida já temos toda a estratégia montada.

Ao treinar um clube tão tradicional como o Vasco, está se sentindo muito pressionado pela torcida, apesar de só terem jogado duas partidas contra times menores, obtendo uma derrota e uma vitória difícil, dentro de casa?

É como eu disse antes, comandar um clube grande não é fácil, mas quem quer vencer na vida tem que saber lidar com isso. Gosto muito do que faço, tenho vontade de crescer e isso me dá gás para administrar com sabedoria toda essa ânsia dos torcedores por vitórias e boas apresentações do time.

Quais as maiores dificuldades e as vantagens de comandar um time grande, do porte do Vasco?

Ao mesmo tempo que existe uma cobrança muito grande por parte da mídia, dos torcedores e da própria diretoria por bons resultados, trabalhar em um clube grande te dá toda a estrutura necessária para um bom trabalho. Além de dar mais visibilidade no cenário nacional e até do exterior.

Como vai ser quando o Romário voltar? Quais seus objetivos com ele?

Serão os mesmos de agora: ganhar. Somos duas pessoas vencedores na vida que querem que o time do Vasco seja assim também.

Fonte: Site Justiça Desportiva