Pela segunda vez consecutiva, ela representará o Brasil na prova olímpica do skiff.

“Com certeza, a Fabiana de Pequim será diferente da de Atenas. Estou mais experiente e com outra cabeça. Eu fui muito precoce e agora tenho objetivo de superar o meu resultado de 2004 (14º lugar). O objetivo é alcançar pelo menos uma final B e terminar entre as 12 melhores em Pequim.”

A emoção, no entanto, será a mesma.

“Eu acho que sentirei a mesma emoção de Atenas. Olimpíada é uma festa maravilhosa e essa de Pequim promete ser a melhor de todos os tempos. Ainda não sei a minha programação e serei informada pelos técnicos na reapresentação. Mas acho que devo ir a umas duas etapas da Copa do Mundo e realizar um período de aclimatação. Numa Olimpíada, é preciso chegar com um bom ritmo de competição.”

Fabiana deu uma volta por cima em apenas dois meses. Depois da frustração da perda da medalha com o Four Skiff no Pan, ela deu show no Pré-Olímpico e se classificou para Pequim.

“Eu treinei para o Pré-Olímpico pensando no Pan. Fiquei muito chateada com o resultado. A vaga em Pequim comprovou que o meu negócio é o skiff. Eu ganhei das três meninas que foram medalhistas no Pan. É o barco que sempre corri e que me sinto à vontade.”

Menina de personalidade, Fabiana não se arrepende.

“Eu tenho consciência de que eu e minhas companheiras fizemos o melhor para o Pan. Foi legal essa experiência de participar de um barco coletivo. Não me arrependo. Mas prefiro depender de mim e o skiff sempre me proporcionou grandes alegrias.”

Vascaína de coração

Fiel a quem sempre apoiou e confiou no seu trabalho, a estrela Fabiana Beltrame permanecerá mais um ano no Vasco. Tudo para retribuir no ano olímpico o apoio do clube, que a contratou após a Olimpíada de Atenas.

“Eu posso até mudar de clube. Mas só em 2009. Eu sei que devo muito ao Vasco, apesar dos problemas de salários. Que são normais. Por isso, vou continuar mais um ano. Sempre que precisei, os dirigentes ficaram do meu lado e o Eurico Miranda me parabenizou pessoalmente pela conquista da vaga”, afirmou Fabiana.

Ela também acredita que a estrutura do esporte tem tudo para permitir um treinamento de alto nível.

“O meu trabalho para Atenas já foi excelente e acho que se repetirá para Pequim. São poucos os remadores classificados e será possível direcionar os investimentos. Nesse ponto, o esporte brasileiro avançou de uma Olimpíada para outra”, comentou Fabiana.