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NETVASCO - 14/12/2007 - 19:54 - Alfredo Sampaio foi um dos descobridores de Ronaldo no São Cristóvão

Alfredo Sampaio foi técnico de quase todos os clubes de menor expressão no Rio de Janeiro. Comandou Bangu, Portuguesa, América, Itaperuna, Entrerriense e Madureira. Mas um time, em especial, o marcou para o resto da vida: o São Cristóvão. Não que morresse de amores pelo Alvinegro da Leopoldina, mas foi no Estádio Figueira de Melo que conheceu de perto um garoto magricela e dentuço. O nome dele? Ronaldo Luiz Nazário de Lima, o Ronaldo Fenômeno. No dia em completa 15 anos do adeus do craque ao São Cristóvão, o GLOBOESPORTE.COM procurou o treinador que mudou o curso da vida do maior artilheiro em Copas do Mundo.

- No primeiro jogo que assisti do Ronaldo, ele marcou cinco gols. Fiquei impressionado como aquele garoto tinha facilidade de balançar a rede. Foi numa partida na Funabem. Já faz 17 anos, mas parece que foi ontem - diz o novo coordenador-técnico do Vasco.

Fominha de bola e... de lanche

Ronaldo e Calando exibem as taças de campeão carioca infantil e juvenil (91 e 92)Alfredo Sampaio revela que Ronaldo só pensava em jogar bola... e comer. Um dos sonhos do atacante na infância era o de conhecer as melhores lanchonetes do Rio. - Ele não vislumbrava a vida que tem hoje. Ia para a casa do preparador físico do time, pensando no que poderia ter de comida lá - conta o técnico que chegou a achar que Ronaldo era autista.

- Na verdade, ele se fazia de bobo. Encarava o Flamengo como se fosse a equipe da esquina. E não se preocupava em saber a posição dos seus companheiros e dos adversários em campo. Não sabia o que significava quarto zagueiro até os 16 anos, quando perguntou para o Júlio César Alencar (preparador físico do São Cristóvão) o que era isto - afirma Alfredo Sampaio, que não se esquece do dia em que questionou Ronaldo por que este não vibrava ao balançar as redes. E teve como resposta a declaração mais sincera que ouviu do atacante.

- Não comemoro porque faço gols toda hora. Isso é normal para mim - disse Ronaldo à época ao treinador que chama, carionhosamente, como 'Cabeção'.

Ilustres desconhecidos

Ronaldo, aos 16 anos, quando defendia as cores do São Cristóvão Com nostalgia, Alfredo Sampaio lembra da chegada de Ronaldo na categoria infantil do São Cristóvão, em 90. E, conforme as vitórias iam surgindo, técnico e atacante passaram a colher prestígio juntos.

- O Ronaldo fazia gols, e eu o carregava para a categoria de cima. Reconheço até que nós queimamos algumas etapas. Eu como treinador iniciante e ele, como jogador amador. Levei o para o juvenil, juniores e profissional. Sabia que aquele atacante um dia ia defender um clube grande. Mas não imaginava que seria um astro do futebol mundial. Só depois de alguns anos me toquei que havia enxergado o Fenômeno - admite Sampaio, para depois confirmar que Ronaldo não competiu profissionalmente com a camisa do São Cristóvão, apesar de ter treinado junto com o time principal.

Insintência que deu resultado

Por incrível que pareça, o craque do Milan não era o jogador mais badalado do time. Antes de ele se transferir para o Cruzeiro, quatro garotos já tinham sido comprados pelos empresários Reinaldo Pitta e Alexandre Martins. E, por sua vez, distribuídos em clubes de maior visibilidade. Alfredo Sampaio teve que insistir estes agentes para adquirirem o passe de Ronaldo.

- Sempre que encontrava o Reinaldo (Pitta) e o Alexandre (Martins), fazia questão de dizer: 'Vocês passaram a representar bons jogadores, mas o melhor ainda está no São Cristóvão. Compra o garoto. Além de ele ter faro de gols, vai nos ajudar a pagar a premiação prometida caso o time profissional suba para a Primeira Divisão - relembra.

Fonte: GloboEsporte.com


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