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| NETVASCO - 11/12/2007 - 11:52 - Oito dos 29 indiciados por briga de torcidas são libertados Dos 25 integrantes de torcidas organizadas detidos quinta-feira — entre eles 12 menores —, oito estarão em liberdade a partir de hoje. O juiz da 2ª Vara Criminal não prorrogou a prisão temporária do bando, pedida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Eles foram indiciados por formação de quadrilha e corrupção de menores. A alegação do juiz é de que a permanência dessa parte do grupo na prisão não é imprescindível para as investigações. Os menores continuam apreendidos, à disposição da 2ª Vara da Infância e Juventude. Os oito que serão libertados hoje estão no grupo de 29 torcedores — 14 menores — de classe média investigados pela especializada na Operação Cartão Vermelho. Eles são acusados de participar da briga entre torcedores que terminou com a morte de Germano Soares da Silvade, da torcida Jovem Fla, no dia 16 de novembro. Quatro acusados ainda estão foragidos, dois deles são menores. Imagens publicadas ontem por O DIA e mostradas com exclusividade pelo ‘DIA Online’ mostraram torcedores do Flamengo sendo atacados, no dia 16, por integrantes da Fúria Jovem do Botafogo e da Força Jovem do Vasco, armados com paus, pedras, morteiros, faca e até uma cadeira. Sete torcedores já foram indiciados pela morte de Germano e hoje o delegado titular da DPCA, Deoclécio Francisco de Assis, vai pedir a prisão de mais três pelo mesmo crime. A prisão preventiva do grupo também será pedida, já que foi concedida apenas a temporária por um mês. Flagrado nas imagens do confronto carregando uma cadeira e uma faca, o lutador de muay thai Leandro Scorza, o Russo, também terá a prisão pedida. Ele estaria em uma cidade da Região dos Lagos. Os advogados do lutador prometem apresentá-lo amanhã. Estão foragidos Bruno Garcia de Mello e Rafael da Silva Rodrigues, o Foguinho. A polícia recebeu informações de que Foguinho, morador de São Cristóvão, estaria escondido no Morro da Mangueira, sob a proteção de traficantes. A hipótese reforça a tese da polícia de que bandidos estão infiltrados nas torcidas organizadas. Muitas vezes, segundo investigadores, criminosos promovem festas rave para vender drogas aos torcedores. Foguinho aparece nas imagens com a camisa de São Jorge com a qual Germano estava vestido. Ele também pisoteia uma blusa do Flamengo. Todos os presos negam a agressão. Mas três deles, cujos depoimentos apresentaram contradições, foram levados ontem à DPCA para acareação: Robson Moreira da Cruz, reconhecido como um dos que espancaram Germano; Sávio Agra Sassi, que também é professor de luta com Leandro Scorza, na academia do irmão dele; e Marcelo Lisboa. Segundo policiais, a Fúria Alvinegra se junta com freqüência aos cruzmaltinos em ‘batalhas’ contra o Flamengo. Pai diz que se sente culpado Pai de D., 15 anos, A., 40, sente-se culpado por ter estimulado no filho tanto amor pelo Vasco. Sempre levou o adolescente e os outros dois filhos a estádios e, quando o jovem ia sozinho, fazia questão de esperá-lo na porta de casa. Ele garante que o filho não participou das agressões. “Foi ao jogo com minha permissão e eu o esperava acordado para ver em que condições ele ia chegar, como eu sempre faço. É nosso trato, minha exigência. Ele correu por causa da briga e parou quando a polícia chegou. Está sendo muito ruim para ele e pior para nós.” PARA AS FAMÍLIAS, DOR E DECEPÇÃO Além das angústias comuns às famílias que têm filhos adolescentes, a aposentada Ângela Maria Lima, 53 anos, passou pelo sofrimento de ver seus dois filhos serem presos, acusados de participar da briga de torcidas. J., 17, e D., 16, mudaram o destino e, em vez de seguir para a casa da irmã, em Niterói, foram com amigos para o jogo de basquete. Ângela diz que nunca teve problemas com eles e que ambos são dedicados aos estudos. D. é botafoguense e J., que teria sido reconhecido no depoimento de um flamenguista, esteve em apenas dois jogos este ano. Eles ligaram para a mãe, avisando da mudança de planos. “Eles encontraram amigos e decidiram ir ao estádio. Disseram que, ao ver a confusão, correram. Tinham na mochila escova de dente, roupas e toalhas. Falei que o que manda é a consciência: se eles não têm culpa, vai ficar tudo bem”, afirmou. Surpresa com a notícia de que policiais tinham ido em sua casa, na Ilha do Governador, Maria Helena de Azevedo, 40 anos, resolveu apresentar seu filho V., 15, à delegacia. “Não queria que ele saísse de casa algemado e também não ia omitir, caso ele tivesse errado. Ele apenas correu no tumulto, fomos nos explicar”, desabafou. Cristina Reis, mãe de L.C., 16, está arrependida de ter dado R$ 10 para que ele se associasse à Força Jovem do Vasco em setembro. O argumento de que pagaria menos para entrar nos estádios a convenceu. “Se soubesse que ele estava entrando para uma torcida de animais, eu não teria deixado. Tenho certeza de que ele não estava lá para brigar e acabou sendo preso por estar no grupo”, disse. Fonte: O Dia Online |
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