![]() |
. | ![]() |
|
| NETVASCO - 14/11/2007 - 02:06 - Dinamite: 'Se isso se arrastar até 2009, acho que não competirei de novo' Principal ídolo da história cruzmaltina, Roberto Dinamite dá sinais de desgaste. Um ano depois de ter vencido Eurico Miranda nas urnas válidas e perdido de goleada nas irregulares - que, por sinal, mantém a diretoria interina no comando -, o ex-camisa 10 se diz estimulado, mas não encararia uma nova eleição caso a Justiça não se manifeste em relação à do ano passado. - Nos 20 anos em que joguei pelo Vasco, sempre foi uma sensação nova para mim entrar nos estádios para defender o clube. É dessa forma que me vejo hoje. Claro que tudo isso incomoda. Não dá para entender tamanha demora, se o processo eleitoral foi irregular, como a própria justiça confirmou. O candidato da chapa Por Amor Ao Vasco crê que, depois da promessa do presidente do Tribunal de Justiça, José Carlos Murta Ribeiro, o andamento do processo prosseguirá, já que desde o dia 31 de agosto encontra-se emperrado. Roberto ameaça até não mais concorrer ao cargo no futuro. - Se isso se arrastar até 2009, acho que não competirei de novo. Minha família se preocupa muito comigo e o desgaste que tive foi imenso. Para entrar e sair de São Januário foi um sufoco, faltou luz, poderíamos até ter sofrido agressões graves. Segundo o vereador Roberto Monteiro, tanto o sim como o não são aceitáveis. O que não dá para aturar é morosidade no processo. - Por mais lenta que seja, ainda acreditamos na Justiça. Ainda ontem, Eurico Miranda, foi eleito vice-presidente do Clube dos 13. Fábio Koff permanecerá na presidência pelo próximo triênio. Só não participaram da votação representantes de São Paulo, Botafogo, Atlético-MG e Flamengo, que discordaram da forma com que o processo eleitoral se encaminhou. Em 13 de novembro de 2006, São Januário viveu um dia nebuloso. Na ocasião, o pleito eleitoral foi eivado por flagrantes desrespeitos e indícios de fraudes. Um arquiteto que não pagava a taxa de manutenção havia mais de um ano, ao quitar uma única mensalidade, pôs seu voto na urna. Um jornalista inadimplente havia doze anos também votou. Por essas e outras irregularidades, o Movimento Unido Vascaíno (MUV) realizou ontem à tarde, no aniversário da polêmica eleição, um protesto em frente ao Tribunal de Justiça. Cobrou mais agilidade e uma solução final para a batalha jurídica. Os integrantes da oposição se reuniram ainda com o desembargador José Carlos Murta Ribeiro, presidente do Tribunal de Justiça. A ele foi entregue um dossiê e uma carta a rogar maior rapidez nos tramites. - Nas ruas me cobram o tempo inteiro a que pé está esse processo - reclama Roberto Dinamite, antigo ídolo e candidato à presidência pela oposição. - A Justiça precisa fazer justiça ao que está nos autos. Segundo Luiz Américo Chaves, diretor jurídico do MUV, a reunião com Murta Ribeiro foi proveitosa. - Ele nos assegurou que a casa, no caso, o Tribunal de Justiça do Rio, é isenta. E disse que não é normal que um processo tão importante fique tanto tempo parado. Como apenas relatamos os fatos ocorridos, confiamos na Justiça e na Corregedoria. O presidente do TJ ficou de ligar para quem de direito, para que o processo volte a correr. O protesto organizado aconteceu devido à demora do julgamento de um mandado de segurança que há dois meses não é votado pelo relator designado, o desembargador Salim Chalub. Procurado, sua assessoria de imprensa anotou o telefone da redação e disse que "se ele quiser se pronunciar, retornará". Tal ligação não aconteceu até o fechamento desta edição. Além da seriedade do objetivo pretendido pelo MUV em conjunto com a chapa Por Amor ao Vasco, houve ontem, no Centro, uma animada manifestação popular. Que contou com uma estátua viva, de olhos vendados, representando a justiça, além de um clone de Eurico Miranda e cédulas falsas para quem quisesse votar na situação. Cerca de 350 assinaturas foram levantadas contra a permanência do atual presidente interino no poder. - O Vasco tem que ser mais democrático - reclamava o estudante Daniel Silva, de 18 anos. - A política do clube está muito centrada no Eurico. Isso tem que mudar. O presidente do MUV, José Henrique Coelho, chegou a citar o elenco atual para elucidar a crise, o caos em que se encontra o Vasco. - Aos vascaínos contrários a Abudas e Eníltons, não seguirei a escalação, porque nos últimos sete anos foi dureza torcer. Ex-jogador de vôlei, o oposicionista Fernandão achou válido despertar a atenção do povo. - O clube está acabando graças a um pilantra que há anos não deixa a presidência - vociferou. - Não existe mais esporte olímpico e o futebol do Vasco é uma bagunça. Muitas músicas foram cantadas durante a manifestação. Uma dizia "Vou torcer pro Eurico ir pra prisão; roubou o Vasco; muito ladrão. Contra o Dinamite, roubou geral; mas que vergonha; cara de pau". Presidente do sindicato dos advogados e conselheiro da OAB, Sérgio Batalha foi firme e direto. - É um absurdo que o poder judiciário compactue com qualquer tipo de manobra. Isso arranha a imagem da instituição. O trabalho do MUV é evitar que o imbróglio se arraste até 2009, data de um novo pleito. Decidido o mandado de segurança, o efeito suspensivo da sentença que adiou a realização da nova eleição, que ocorreria em 16 de maio, será enfim julgado na 8ª Câmara Cível. Sem pressa alguma, o vice-presidente jurídico do Vasco, Paulo Reis, declarou, ainda que de forma concisa, que espera o tramite. - Não falo sobre esse assunto - respondeu o advogado. - Aguardo apenas a Justiça marcar a pauta. Fonte: Jornal do Brasil No dia em que a eleição do Conselho Deliberativo completou um ano, ontem, representantes do Movimento Unido Vascaíno (MUV) organizaram um protesto e recolheram, em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, 360 assinaturas de torcedores. Elas foram entregues por Roberto Dinamite, que também assinou, ao presidente do Tribunal, José Murta Monteiro. O objetivo do encontro foi de pedir agilidade no processo que exige uma nova eleição no clube, já que a anterior foi considerada ilegal pela Justiça. Após o encontro, o maior ídolo da história do clube se mostrou satisfeito. - A conversa foi boa. O desembargador ouviu as nossas preocupações e garantiu que fará tudo que estiver dentro da legalidade para que o processo ande. A Justiça, às vezes, é lenta, mas o caso estava parado. Por isso viemos nos encontrar com ele. Nós só queremos uma decisão, se vai haver ou não uma nova eleição - explicou Roberto. Quem também considerou o encontro proveitoso foi o diretor jurídico do MUV, Luiz Américo: - Não queríamos polêmica com ninguém. Respeito todos do Tribunal. Gostei da receptividade do Murta. Acredito que até o fim deste ano teremos uma decisão. Os torcedores que compareceram e fizeram fila para assinar a lista demonstraram muita insatisfação com a atual diretoria do clube. Gritos de "Fora Eurico" eram ouvidos a todo momento, assim como uma música de protesto. Fonte: Lance |
|
NetVasco
| Clube
| Notícias
| Futebol
| Esporte
Amador | História
| Torcidas
Mídia | Interativo | Multimídia | Download | Miscelânea | Especial | Boutique |