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NETVASCO - 08/11/2007 - 21:20 - Feminino: Técnico do Benfica-MG acusa o Vasco

O Benfica, de Minas Gerais, ficou trancado por uma hora no vestiário do visitante em São Januário antes do jogo com o Vasco, na tarde desta quinta-feira, pela Copa do Brasil de futebol feminino. Por essa razão, não fez aquecimento no gramado. Para completar, não pôde entrar em campo com seus mascotes - crianças vestidas com o uniforme do clube. Tais informações foram relatadas ao Estado/JT pelo técnico da equipe mineira, Édson Galdino, certo de que houve retaliação.

O motivo: o Benfica ganhou a disputa com o Vasco para formar parceria com o Clube dos Empregados da Petrobrás (CEPE), de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), atual tricampeão carioca invicto. Apesar de ser o primeiro no ranking da Liga Nacional de Futebol (Linaf), o CEPE não foi convidado para disputar a Copa do Brasil.

“O Vasco tentou aliciar nossas jogadoras sem falar com a direção. Faltou ética. Então, não fechamos a parceria”, declarou Galdino, que se orgulha de ter montado “o melhor time do País.” “Eles mexeram com a gente sem razão. Despertaram um gigante adormecido e levaram uma goleada.”

O Benfica venceu por 5 a 1 e passou para a segunda fase da competição. Na verdade, o Vasco precisava de vitória por um gol de diferença para não ser eliminado, pois perdeu o jogo de ida por 3 a 2, em Juiz de Fora.

Por incrível que pareça, a torcida do Benfica era maior do que a Vasco, graças ao incentivo dos fãs do CEPE, que protagonizaram uma bela festa, com direito à batucada durante os 90 minutos. “Faço qualquer coisa para ver o CEPE jogar. É um timaço”, disse o militar Alberto de Oliveira, de 55 anos. “Pena que esse campeonato não está sendo bem divulgado.” Em campo, a arte foi preservada. Com o placar elástico a seu favor, a lateral-direita Dani fez pelo menos cinco embaixadinhas em direção ao gol e nenhuma atleta do Vasco a agrediu ou a intimidou.

O futebol feminino conserva um amadorismo em extinção na modalidade masculina. Para se ter uma noção, enquanto a bola rolava, a lateral-esquerda Maurine passou pelo portão que dá acesso ao campo e foi até as arquibancadas cumprimentar os familiares e amigos. Voltou correndo para o gramado ao escutar o apito final do juiz. “Vale a festa para comemorar essa vitória”, comentou Maurine, substituída no segundo tempo.

Além disso, chamou a atenção o comportamento das reservas do CEPE durante o intervalo. Elas demoraram para descer para o vestiário, pois ficaram tirando fotos. Ao longe, o camarote da presidência do Vasco estava com as janelas fechadas. Supostamente, nenhum dirigente do clube carioca quis ver seu time de improviso ser eliminado da Copa de forma vergonhosa.

Fonte: Estadão


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