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| NETVASCO - 06/11/2007 - 02:27 - Espinosa diz que Romário não tem mais condição de jogar os 90 minutos Entre tentativas de explicar o quinto jogo consecutivo sem vencer em casa, o técnico do Vasco, Valdir Espinosa, revelou que Romário - aquele que chegou a ser considerado o gênio da grande área - não mais tem condição de atuar por toda uma partida. Como o Baixinho já havia declarado, meses atrás, enquanto se recuperava de contusão, que jogaria "mais uns quatro ou cinco jogos e encerraria a carreira em dezembro", chega-se à conclusão de que o ídolo cruzmaltino terá um fim de carreira um tanto quanto indigno para um gigante da bola: ser reserva de um clube que tem como atacantes Alan Kardec, Enílton e Abuda. Apenas Leandro Amaral se salva nesse bolo. - De acordo com a conversa que tivemos com o Romário, ele sempre entrará no decorrer das partidas - garantiu Espinosa, na sala de coletivas de São Januário, após Vasco 1 x 2 Internacional, no domingo. - Ele não tem mais condição física de jogar os 90 minutos. Assim, chega a ser quase melancólico o término da trajetória do artilheiro dos, hoje em dia, 1002 gols na carreira. Romário se transformou em mito em 1994, mas quase perdeu o bonde da história, dois anos antes, por se negar a ficar no banco, num amistoso entre Brasil e Alemanha (só foi convocado na última rodada das Eliminatórias, em 1993, devido ao clamor popular e a possibilidade de o Brasil pela primeira vez ficar fora de um Mundial). Agora, o atacante terá de se despedir sendo, no máximo, uma arma para o segundo tempo, pois na etapa complementar os adversários estão mais esgotados fisicamente e a idade avançada (41 anos) do goleador pode então se equilibrar com a pujança física dos zagueiros que estarão a marcá-lo. Valdir Espinosa, porém, é fã de Romário. Admitir, dirigindo um clube de massa e tradição, que não pode contar com um jogador renomado internacionalmente deve ser duro. Tanto que o treinador rasgou elogios a Nilmar, atacante do Inter que, após oito meses de inatividade, voltou justamente contra o seu time. E a desfilar um futebol de refinada categoria. - Foi uma surpresa para mim ver o Nilmar começar o jogo, em função do campo pesado. Afinal, ele vinha de duas lesões gravíssimas. Hoje a gente não é mais surpreendido por escalação, já que, 15 minutos antes de entrar em campo, uma lista com os times completos nos chega às mãos. O que me surpreendeu foi a sua grande exibição. Mas ver um craque passar pelo que ele passou, e jogar da maneira que jogou, é sempre bom. Pena que teve de ser contra nós. Mas se Romário não pode mais ajudar tanto quanto antes, há quem esteja próximo de chegar à forma ideal. Segundo Valdir Espinosa, o meio-campo Morais, que desde o primeiro turno não dá o ar de sua graça à torcida, pode até ficar no banco na partida de domingo, em Florianópolis, contra o Figueirense. - O Morais já participou de seu primeiro recreativo no último sábado - revelou o treinador. - Acredito que será liberado para viajar conosco. Conversarei com o departamento médico para saber se ele já pode ao menos jogar 45 minutos. O Morais é importante. Tem qualidade e dá movimentação à equipe. Tenho esperança e desejo muito contar com ele. Até porque, na avaliação de Espinosa, o adversário da próxima rodada não será fácil de encarar. - Vi a superioridade do Figueirense dentro do estádio do Grêmio, o Olímpico - disse Espinosa. - Eles ganharam de 2 a 1 mas poderiam ter feito cinco. Deve seguir ofensivo contra a gente. Mas isso não me assusta. Quando levou o Grêmio a seus dois primeiros grandes títulos internacionais - a Libertadores e o Mundial de 1983 -, Valdir Espinosa soube motivar seu grupo a aspirar sempre ao máximo possível. Seis anos mais tarde, desenhou uma escada para os atletas do Botafogo, clube que não vencia um campeonato há 20 anos, e fez com que acreditassem que poderiam, ao fim do Carioca, estar no último degrau. Domingo, porém, não viu motivação alguma no seu time, diante de um Inter que queria se afastar da zona fatal. - Nunca em futebol eu vou aceitar que equipe minha seja surpreendida pela vontade do adversário - bradou Espinosa. - Por esquema tático ou técnica de jogadores, tudo bem. Mas um time estar mais motivado do que outro, isso não pode. O Vasco do primeiro tempo é um Vasco que nem eu, nem os torcedores, nem ninguém deseja ver novamente. A vontade do time no empate em 2 a 2 com o Palmeiras pareceu ter se esgotado na difícil vitória por 3 a 2 sobre o Goiás, fora de casa. Diante do colorado gaúcho, o primeiro tempo do Vasco levou seus torcedores à loucura, em São Januário. - Tivemos problemas maiores no setor defensivo - esclareceu Espinosa. - Tentamos com dois zagueiros e dois laterais, no primeiro tempo, e com três zagueiros no segundo, mas não obtivemos o resultado. Ao menos, pela primeira vez o técnico terá toda uma semana para treinar com seu grupo de atletas. Segundo Valdir Espinosa, para que todos saibam o que terão de fazer, é necessário treinamento exaustivo. - Há que se treinar muito para que os jogadores entendam o posicionamento que penso para cada um - disse. - Colocamos a certa altura três atacantes contra o Inter, para fazer com que eles recuassem, parassem de nos atacar. Porém, não marcamos os gols necessários para sairmos com a vitória. Abraçado por todo o banco do Inter - menos o técnico Abel Braga - antes do jogo, o volante Perdigão, campeão mundial no ano passado pelo time do Sul, agradece aos céus o primeiro turno que o Vasco fez. - Se dependêssemos do returno, estaríamos lutando contra o rebaixamento. O capitão Jorge Luiz, um dos piores em campo no domingo, acredita que a derrota contra o São Paulo abateu os jogadores. - A gente vencia bem os jogos em casa e a derrota contra o São Paulo abalou um pouco a nossa confiança - refletiu o zagueiro. Fonte: Jornal do Brasil |
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