NETVASCO - 12/10/2007 - 02:04 - Celso Roth espera um grande jogo no 'Clássico do Desespero'

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NETVASCO - 12/10/2007 - 02:04 - Celso Roth espera um grande jogo no 'Clássico do Desespero'

Treinador do Vasco, Celso Roth desmentiu o boato de que teria entregue o cargo assim que o time perdeu no México, anteontem. Segundo ele, a direção do Vasco está atenta ao trabalho que vem sendo feito.

- Se fosse em outro clube grande, a dificuldade seria maior de permanecer. Não sei o que vai acontecer amanhã, mas o presidente esteve conosco no México, acompanha o nosso trabalho, sabe das dificuldades e, caso queira que eu fique, ficarei. Até porque sabemos que essas fases, dentro de um trabalho longo, acontecem mesmo. Principalmente num Campeonato Brasileiro tão difícil.

Roth só não sabe ao certo se escalará Romário domingo.

- O Romário é sempre importante, independentemente do momento do clube. Se era semana passada, não deixou de ser agora. Obviamente que num momento de resultados ruins, ele fica ainda mais importante.

O "Clássico do Desespero", contra o Botafogo, pode ser um divisor de águas no Vasco.

- Jogaremos contra um time que também vem de dificuldades, caiu muito de produção, como a gente. As situações são parecidas, as pontuações também. Acho que tem tudo para ser um grande jogo.

O cabeça-de-área Perdigão nem quer pensar em Sul-Americana.

- Vamos focar no Brasileiro. Se voltarmos a vencer, a rapaziada voltará a ter a confiança necessária.

No desembarque após a derrota de 2 a 0 para o América, no México, a delegação cruzmaltina trazia na bagagem dor de cabeça e poucos sorrisos, ontem, no Rio. Afinal, a situação do clube na Sul-Americana ficou desconfortável e ainda pode piorar, caso o time não vença o Botafogo, domingo, no Maracanã.

- Mais do que pensar em Libertadores, é hora de nos preocuparmos com o rebaixamento - admitiu, seco, o volante Perdigão. - Pelo menos uma coisa se liga a outra. A gente vai fazer tudo para sair dessa zona incômoda e, automaticamente, se conseguirmos, poderemos até brigar por vaga na Libertadores, sim. Só temos de manter os pés no chão, estar ciente das dificuldades.

Segundo o camisa 10 do clube, ninguém do elenco está satisfeito com a maré ruim.

- Temos que abrir o olho, senão as coisas podem ficar até mais complicadas. Nosso primeiro turno foi bom, mas tudo de ruim aconteceu no returno. Mas todo mundo está tentando, e com força e determinação mudaremos este panorama. O torcedor não gosta, ninguém gosta, muito menos a gente, que nem pode mais sair de casa com a família.

O técnico Celso Roth ainda deixava transparecer uma atmosfera de otimismo.

- Estamos hoje mais próximos da zona de rebaixamento do que da de classificação para a Libertadores - lembrou o treinador. - Mas temos ainda nove jogos e, com oito vitórias, estaremos na Libertadores. É difícil, mas ainda depende só da gente chegar onde queremos.

Roth admite apenas estar preocupado com o nível de ansiedade dos atletas.

- Tenho certa preocupação porque há a pressão pública sobre os jogadores. O time ainda está em fase de ajuste e equilíbrio, como a maioria das equipes, mas quem joga em clube grande tem que aprender a conviver com isso, até para crescer profissionalmente.

Fonte: Jornal do Brasil