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NETVASCO - 10/10/2007 - 01:47 - Basquete: MP pode anular Estadual

Em reportagem publicada ontem, o LANCE! mostrou que há irregularidades no Estadual de Basquete do Rio de Janeiro. Por conseqüência de parcerias fechadas por Vasco, Fluminense e Iguaçu com clubes de outros estados, os jogadores que defendem estas equipes não estão registrados na Federação de Basquete do Estado do Rio (FBERJ). Tal postura contraria o regulamento da competição.

O promotor Rodrigo Terra, do Ministério Público Estadual, já iniciou uma investigação e deixou claro que, em breve, notificará os clubes envolvidos no processo para que estes se expliquem. Segundo Terra, que já teve acesso ao regulamento da competição, a situação parece ser irregular e há até o risco de o Estadual ser anulado.

- Tenho de analisar primeiro a situação, mas, pela minha análise do regulamento, parece mesmo que é irregular o fato de atletas disputarem o Estadual sem registro na Federação. Diante disso, ou os clubes aceitam passar por ajustamento de conduta, disputando as partidas novamente sem os jogadores que não estão registrados. Ou há até a chance de o campeonato ser anulado - explicou o promotor.

Antes da competição, houve uma reunião entre os representantes de todos os clubes participantes. Nela, foi criada uma ata arbitrai que autorizou o fechamento de duas parcerias somente: a do Vasco com o Saldanha da Gama/ES e a do Campos com o Cetaf/ES.

- Se as outras parcerias não foram debatidas no Arbitrai, elas não poderiam ter sido incluídas no processo. Só o Conselho Arbitrai tem autonomia para determinar algo que vá de encontro ao regulamento da competição. Há algo errado - completou Terra.

Vasco e Flu negam irregularidade

O superintendente de esportes olímpicos do Fluminense, Renê Machado, fez questão de afirmar que a situação do clube no Estadual de Basquete não é irregular. Segundo ele, a diretoria tricolor está com a consciência tranqüila com relação ao assunto.

- Na ata arbitrai foram autorizadas duas parcerias, mas o Fluminense também se viu no direito de fechar com o Minas Tênis Clube. Tal procedimento foi aprovado posteriormente pela Federação. Me julgo no direito de fazer acordo com um clube já que outros também fizeram - explicou.

Renê preferiu não falar sobre o que pode vir a acontecer, mas garantiu que não está agindo de encontro ao regulamento.

A diretoria do Vasco também já garantiu que tem o direito de utilizar jogadores do Universo/DF. O clube havia fechado acordo com o Saldanha da Gama/ES, mas este foi por água abaixo. O resultado: o Vasco passou a contar com o grupo de Brasília, atual campeão brasileiro.

Fonte: Lance

Uma paixão fulminante, capaz de explodir em apenas quatro dias de convívio. Em sua terceira partida desde que foi formada, com jogadores vindos de Brasília, a equipe do Vasco/Universo já caiu nas graças da torcida. Depois de duas vitórias no fim de semana — a primeira sobre o Iguaçu, no sábado, e a segunda sobre o Volta Redonda, no domingo —, o time de José Carlos Vidal passou ontem por um teste de fogo: vencer o clássico contra o Fluminense, pelo Estadual de Basquete. Embalado pela torcida, o Vasco fechou a partida com vitória por 89 a 77, ontem, no Tijuca.

A torcida vascaína invadiu a quadra para abraçar os novos ídolos, aproveitando-se do pouco policiamento destacado, mesmo num clássico.

— É um orgulho ser recebido assim. Defendo o Vasco com a mesma determinação que defendi os outros times — disse o ex-rubro-negro Ratto.

Para o pivô Luiz Fernando, os jogadores precisam ter consciência de que o apoio de hoje pode se transformar na cobrança de amanhã.

— Foi nosso primeiro clássico. Toda equipe está empolgada por ver essa rivalidade. É uma paixão diferente, que vem do futebol. Mas se pode ir rapidamente do céu ao inferno. A cobrança é enorme.

Melhor nos rebotes, o Vasco terminou o primeiro quarto com 19 a 15. No segundo, a 6m30s do fim, o Vasco abriu nove pontos, numa enterrada de Brasília. Mas o Fluminense — com Wanderson, André e Sucatzky nas bolas de três — chegou a estar na frente, com 36 a 33, a três minutos do fim. Foi quando o pivô Luiz Fernando começou a brilhar no garrafão, garantindo a virada vascaína: 42 a 38.

O Vasco foi superior no terceiro quarto, marcando bem e contagiando a torcida. Fechou o quarto com 69 a 52, com uma bola de três de Ratto, com o cronômetro zerando. No quarto decisivo, o Fluminense sempre esteve atrás, chegando a ficar 15 pontos, o tricolor reagiu, diminuindo para 77 a 70, a 3m do fim. Mas o Vasco garantiu a festa.

Fluminense: Mauro, Sucatzky (8), Soró (5), Romário (8) e Wanderson (19).

Entraram: Luís Felipe (25), André (12) e Márcio. Vasco: Valtinho (17), Ratto (13), Arthur (7), Luiz Fernando (27) e Brasília (2). Entraram: Rossi (11), Estevam (12), Leonardo e Rafael.

Fora das quadras, o Estadual corre riscos de parar na Justiça. O diretor de basquete do Flamengo, Arnaldo Szpiro, confirmou que o clube vai recorrer ao Tribunal de Justiça Desportiva da Federação (Fberj) para pedir os pontos que Vasco e Iguaçu obtiveram na competição, com as equipes formadas a partir de parcerias com o Universo/Brasília e o Praia de Uberlândia.

Segundo Szpiro, Vasco e Iguaçu anunciaram suas parcerias depois do Conselho Arbitral do dia 11 de setembro, com o campeonato já iniciado e a tabela já divulgada.

— Teremos de entrar com uma ação a cada jogo (de que Vasco e Iguaçu participarem) e ver se é possível impedi-los de jogar.

Para o dirigente rubro-negro, a formação de parcerias para o Estadual foi uma concessão feita pelo Flamengo, que deu o sim à iniciativa, com o objetivo de elevar o nível do campeonato. O Vasco havia anunciado inicialmente uma parceria com o Saldanha da Gama (ES), mas a desfez para fazer um acordo com o Universo/Brasília, atual campeão nacional.

— Ano que vem, não daremos unanimidade para as parcerias. Se o Vasco não tem competência para fazer frente ao Flamengo, que fique de fora. Eles (vascaínos) são nosso fregueses no futebol. Somos superiores ao Vasco em tudo. Eles que peguem o boné e vão embora — disse Szpiro.

Paulo Reis, vice jurídico do Vasco, argumentou que, quando seu clube pensou na parceria como Saldanha da Gama, teoricamente mais fraco, o Flamengo não se incomodou.

— O prazo para contratações vai até o começo do segundo turno. A queixa do Flamengo não tem respaldo jurídico — declarou Reis.

O presidente da Fberj, Álvaro Lionides, disse que o Arbitral não proibiu parcerias posteriores.

— Mas o que a Justiça decidir, vou acatar. O Estadual está sendo um êxito como espetáculo. Das 12 equipes que jogaram o Brasileiro, seis estão no Estadual. Voltaram a falar de basquete no Rio — disse Lionides.

Fonte: O Globo


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