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| NETVASCO - 22/09/2007 - 02:22 - Guerreiros do Almirante, apoio incondicional ao Vasco Quem tem menos de 30 anos talvez não imagine, mas houve uma época em que as torcidas organizadas iam aos estádios com um único propósito: torcer. Foi assim desde o surgimento das pioneiras, na primeira metade do século passado, até meados da década de 80, quando surgiram facções ou pelotões que viraram sinônimo de violência. Vinte anos depois, contudo, movimentos quase espontâneos e concomitantes, que começaram a tomar força no Orkut, resgatam nas arquibancadas a alegria e a inocência dos torcedores de outrora, que se reuniam para comprar papel picado e festejar o time de coração. É o caso do Movimento Popular Legião Tricolor, Loucos pelo Botafogo, Urubuzada e Guerreiros do Almirante. Além de apoiar de forma incondicional seus clubes e carregar a bandeira branca da paz, essas torcidas dividem o desejo de transformar o futebol novamente numa festa familiar. - Na Urubuzada, vários pais assistem aos jogos com seus filhos. Mulheres vão sozinhas e idosos também. Queremos resgatar o pessoal de volta aos estádios. Sem violência - disse Diogo Lemos, da Urubuzada. Para isso, embora possuam um bom nível de organização, para a qual sites e comunidades no Orkut contribuem de forma decisiva, os grupos rejeitam o rótulo de torcidas organizadas. - Essa expressão traz uma idéia negativa de violência. Nossa idéia não é exaltar o nosso nome, mas a bandeira do clube. Queremos passar a idéia de que somos torcedores comuns, para atrair as pessoas. Mas não temos nada contra as organizadas que, ao contrário do que dizem, têm muitas virtudes. Viemos para somar - explica Leonardo Bagno, da Legião Tricolor, no melhor estilo boleiro. Na Guerreiros do Almirante, a relação com a maior torcida organizada do Vasco é mais forte. - Somos 100% amigos. Unidos pelo Vasco. Eles nos apoiaram. Trocamos idéias para fazer um espetáculo melhor - contou Alexandre Mondragon, da Guerreiros do Almirante. O discurso cuidadoso em relação às organizadas é comum a todos os novos grupos, uma sábia política de boa convivência, já que a própria natureza destes movimentos mostra de forma inequívoca que eles são justamente a negação das "co-irmãs". A prova está nos estatutos dos movimentos, que rejeitam a violência, a atuação política no clube e, em alguns casos, não prevêem uniformes e desestimulam hostilidades aos rivais. - Nossa idéia é só apoiar o Botafogo. Para isso, não xingamos ninguém e nem exaltamos nosso movimento - afirmou Gabriel Mograbi, da Loucos pelo Botafogo. A proposta é clara nas músicas entoadas no estádio, a maioria criada a partir de melodias de canções tradicionais de torcedores argentinos, ingleses, portugueses e até gregos. Guerreiros das festas vascaínas Torcer para o Vasco ser campeão, no caldeirão de São Januário. Deste simples princípio, que está no inconsciente de todo vascaíno, surgiu um coro que virou moda no estádio e embala o time em campo. Graças à proposta dos Guerreiros do Almirante, que não param de cantar e apoiar o Vasco. Inspirado no estilo barra brava das torcidas sul-americanas, os Guerreiros do Almirante não estão preocupados em brigar, mas sim em fazer das arquibancadas um verdadeiro espetáculo e ajudar o Vasco a vencer. - Não hipótese de planejarmos um ato covarde. Nosso ideal é apoio incondicional ao Vasco. Por exemplo, compramos nossos ingressos para ajudar o clube - disse Yuri Kebian idealizador do movimento. A Guerreiros do Almirante, paradoxalmente, não foi criada por um motivo festivo. Abalados pela derrota para o Flamengo na final da Copa do Brasil, em 2006, Yure e Bernardo Reis usaram o Orkut para divulgar o surgimento de uma das mais festivas torcidas cariocas. O movimento é apolítico e vive de contribuições. A transparência das contas está no site da Guerreiros do Almirante. Fonte: Jornal do Brasil Na Argentina e em alguns países sul-americanos existe um tipo de torcida que nasceu da paixão incondicional pelo seu clube do coração, os “Barra Bravas”. Aqui no Brasil, cada vez mais, movimentos semelhantes a esse ganham espaço e visibilidade, que vem despertando curiosidade dos freqüentadores dos estádios espalhados no país. A diferença é que, ao contrário dos tradicionais bravas, o torcedor pentacampeão do mundo absorve o que há de melhor desse movimento, ignorando a característica violenta do grupo. No país do samba e do futebol, o primeiro clube que pôde contar com esse novo conceito de torcer veio do Rio Grande do Sul. A “Geral do Grêmio” nasceu no ano 2000 e Rodrigo Alemão, um dos idealizadores desse movimento, diz que a idéia surgiu para quebrar alguns conceitos do eixo Rio-São Paulo: - Estávamos de saco cheio de copiar torcidas do Rio e de São Paulo. Esse negócio de ficar vaiando o time durante as partidas, algo totalmente ultrapassado e fracassado. O jogador erra um passe e já vaiam o cara. Decidimos fazer algo diferente. Não somos uma cópia de torcidas sul-americanas. Levamos nosso fanatismo para dentro do campo. Mas não somos Barra Brava, como alguns pensam. Simplesmente torcemos para o Grêmio na paz. Assim como o Tricolor Gaúcho, no Rio de Janeiro o Fluminense também se orgulha em contar com o movimento popular, “Legião Tricolor”. Assim como os gremistas, Gustavo Ribeiro, representante ativo do grupo, rechaça o adjetivo de Barra Brava e valoriza a cultura nacional. - A idéia surgiu de a gente querer acordar a torcida do Fluminense, que estava dormindo há 15 anos. Queríamos mudar a torcida, fazer um movimento popular para que a gente fizesse a diferença no estádio. Não somos Barra Bravas. Nossa única semelhança é incentivar o time o tempo inteiro. Nunca vaiar. Mas eles cantam músicas em espanhol e nós apoiamos o clube com músicas brasileiras, que tem a ver com a nossa cultura. A nossa idéia não é de violência. Isso não agrega nada – destacou. Em São Paulo, essa nova tendência em apoiar seu clube, demonstrando essa paixão desenfreada, cada vez mais ganha espaço. No Palmeiras, o Núcleo 1914, é um exemplo. Marcelo Nemer, integrante do grupo desde o seu início, faz questão de diferenciar o movimento das torcidas organizadas. - A grande diferença do Núcleo para as organizadas é no apoio. Independentemente do resultado, a gente está sempre cantando. Depois dos noventa minutos pode pintar uma cobrança, mas só no fim. Mas nunca encontramos rejeição das chamadas organizadas. Eles sempre apoiaram. A diretoria nunca pagou nada para a gente. Nosso movimento é independente. Muitos desses movimentos surgem de ex-integrantes de Torcidas Organizadas. Mas essa mudança não é sinônimo de rivalidade. O Vasco conta hoje com a Guerreiros do Almirante, que faz grande sucesso e não é importunada pelas facções cruzmaltinas. - Todos nós participávamos ativamente da Força Jovem. Até hoje temos o maior carinho por eles, nos damos muito bem. Quando se canta para o Vasco, a gente canta junto. A guerreiros do almirante veste a camisa e cantamos o jogo inteiro. Ninguém precisa fazer cadastro. É só chegar com a gente e cantar – explicou Yuri Kebian, líderes da “Guerreiros”. Fonte: Lancenet |
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