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NETVASCO - 25/08/2007 - 03:33 - Filho de Dinamite começará a treinar no Fluminense em 2008

Seu sonho era jogar no Vasco. Mas o sobrenome explosivo baniu Rodrigo Dinamite de São Januário. Filho de Roberto, o maior artilheiro da história vascaína, o garoto faz 15 anos hoje e, assim como o pai, não pode pisar nas dependências do clube. Para não ver o seu talento no futebol ir pelos ares, Rodrigo começou a carreira no CFZ, time do rival rubro-negro Zico. Saiu há algumas semanas para se dedicar aos estudos. No ano que vem, tentará de novo. Só que desta vez em Xerém, nas categorias de base do Fluminense.

— No Vasco, nem dá para entrar, por causa daquele negócio com o Eurico — disse Rodrigo.

O negócio ao qual se refere é o banimento de Roberto Dinamite das tribunas de honra de São Januário pelo presidente interino, Eurico Miranda. Dinamite é o candidato de oposição que enfrentou Eurico nas últimas eleições do Vasco, anulada pela Justiça devido à fraude.

Politicagem à parte, Rodrigo só quer saber de futebol. Até no aniversário, comemorado hoje em Pendotiba, em Niterói, a pelada com os amigos é o maior presente.

— Ele completa 15 anos, que é o limite para um menino ingressar num clube e começar a realizar trabalho sério na base. Por enquanto, está jogando o campeonato de futsal da Barra e fazendo trabalho físico específico — afirmou Roberto.

O ídolo ressaltou que deixou Rodrigo à vontade para escolher o seu destino no futebol:

— Ele não vê nenhuma chance de treinar no Vasco. Ele mesmo já falou que não tem nada a ver. O caso em si (expulsão), do jeito que a atitude foi tomada, incomodou o garoto.

Roberto entende que o Fluminense é o lugar ideal para Rodrigo desenvolver o seu futebol:

— Em Xerém, é feito um trabalho sério. Conversei com o pessoal e eles colocaram o clube à disposição. A partir de 2008, vamos conciliar os estudos dele com o treinamento.

Rodrigo terá que dividir o tempo entre a escola na Barra e o Vale das Laranjeiras, a 40 km de distância. O sacrifício já foi assimilado graças aos conselhos não só de seu pai, mas de outro grande ídolo.

— O Zico uma vez chegou para mim e disse: "Se quiser ser jogador, tem que treinar muito, porque não é fácil". Foi quando eu jogava no CFZ. Guardei aquilo — afirmou.

A posição de Rodrigo, 1,75m, é a mesma do pai, centroavante. Com 1,84m, Roberto procura evitar as comparações por achar que não fazem bem ao filho, mas descreveu as suas características:

— Ele é um centroavante, mas não costuma jogar enfiado. Ele vem atrás buscar a bola. Se eu fosse comparar, seria um tipo de jogo igual ao da minha segunda fase, na década de 80, quando saía mais para buscar o jogo.

O rosto de Rodrigo fica ruborizado com os elogios. Ele só não gosta das cobranças.

— Todo mundo fala que tenho que jogar que nem ele. É difícil — declarou Rodrigo, observando a camisa usada pelo pai na Copa de 1978, na Argentina. Roberto marcou três gols naquele Mundial. — O material é diferente e é bem apertada.

O veto aos Dinamite em São Januário contrasta com as regalias de Romário e Romarinho. O primeiro recebeu estátua em homenagem ao gol mil, bem em frente à sala do presidente interino. O segundo estuda no clube, atua nas divisões de base e foi registrado na federação.

— Com Eurico, Romário e o Vasco por trás, é mole — brinca Rodrigo, que é amigo de Romarinho. — Chamei ele para a minha festa de oito anos e jogamos uma partida juntos aqui no condomínio.

Uma futura dupla de ataque formada por Romarinho e Dinamite seria o sonho de qualquer vascaíno. A realidade é outra. Ontem, o técnico Celso Roth definiu que Abuda jogará ao lado de Leandro Amaral amanhã, contra o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife. Será a primeira partida do atacante como titular do time. Ele substitui Enílton, que se machucou durante a partida com o América-RN, no último domingo.

Quem iniciou a recuperação foi Romário. Ele recebeu alta ontem pela manhã do Hospital Samaritano, após realizar uma artroscopia. O artilheiro está em casa e começa a fazer fisioterapia na quarta-feira.

Com a saúde em dia na tabela do Campeonato Brasileiro, o Vasco, terceiro colocado, precisa da vitória para se aproximar do líder São Paulo. A família Dinamite irá torcer pela televisão, em casa, onde não são proibidos de explodir em alegria pela boa campanha do time.



Fonte: O Globo (texto), Supervasco (foto)


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