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NETVASCO - 21/08/2007 - 11:22 - Confira especial da Placar sobre o Brasileiro

As equipes que brigam pelo título Brasileiro e por uma vaga na Libertadores tentam se reforçar para o returno da competição. O Vasco, atualmente em terceiro lugar, foi o que mais contratou no último mês. O time cruzmaltino se reforçou com o atacante Enílton, o meia Leandro Bonfim e os volantes Andrade e Xavier, além do zagueiro Luizão.

O Botafogo, por sua vez, desembolsou bastante dinheiro para se reforçar. A equipe contratou para a seqüência do Brasileiro o lateral-esquerdo Athirson e o atacante Reinaldo. Em compensação, o Cruzeiro, segundo colocado, repatriou jogadores importantes, como o zagueiro Émerson e os atacantes Alecsandro e Diego, ainda no mês passado. Além do meia Wagner, que também voltou no decorrer do Brasileirão.

Já o São Paulo, que lidera o Brasileirão com 41 pontos, saiu no prejuízo. O Tricolor perdeu o volante Josué para o Wolfsburg, da Alemanha, e contratou apenas o jovem meio-campista Fernando, que já vinha treinando no clube. A equipe aposta nas categorias de base e observa alguns jogadores da Série B para se reforçar antes do final da janela de transferências.

Média de idade é um diferencial

Melhor apostar numa equipe jovem, com mais fôlego e fome de conquistas? Ou o ideal é investir em atletas mais experientes, habituados a jogos decisivos? Essas duas perguntas cabem a São Paulo, cruzeiro, Vasco e Botafogo, os quatro primeiros colocados do Brasileirão.

O Cruzeiro é a equipe que tem menor média de idade entre os líderes. A Raposa, que tem o melhor ataque da competição, com 44 gols marcados, aposta nos jovens para buscar o bicampeonato. A média de idade do time-base e dos jogadores mais utilizados pelo técnico Dorival Júnior é de 21,7 anos.

Já o São Paulo, líder da competição com 41 pontos, seis à frente da Raposa, espelha a juventude de seu elenco em outro setor: a defesa. Atuando com três zagueiros na maioria dos jogos, o Tricolor levou apenas sete gols até agora. A média da idade do time é de 25,1 anos.

Diferentemente de Cruzeiro e São Paulo, Vasco e Botafogo têm elenco com alta média de idade. A equipe cruzmaltina, invicta em São Januário, tem atletas com média de 25,9 anos. Já o Botafogo, que não teve um bom aproveitamento nas últimas partidas, tem média de 26,8 anos.

Campanha e confronto direto

O equilíbrio das quatro equipes que lideram o Brasileirão é muito grande. Na ponta da tabela aparece o São Paulo, com 41 pontos. São seis a mais que o Cruzeiro e sete a mais que o Vasco, que têm um jogo a menos. Em quarto lugar na tabela vem o Botafogo, que não teve um bom aproveitamento nas últimas rodadas e também está com 34 pontos.

Com a melhor defesa da competição, o São Paulo, que só levou sete gols, é, conseqüentemente, o time que menos perdeu até agora, com três derrotas. A equipe também tem o melhor desempenho como visitante, com seis vitórias na casa dos adversários.

Já o Cruzeiro e o Botafogo despontam como os times que mais balançam as redes adversárias. A Raposa já marcou 44 gols no Brasileiro, média de mais de dois gols por jogo. O Fogão anotou 39 vezes: André Lima, com 12 gols, e Dodô, com nove, são os artilheiros do time e estão entre os melhores do campeonato.

O Vasco, por sua vez, se destaca no Brasileiro por ser imbatível em casa. Até agora, foram oito vitórias e um empate. A equipe cruzmaltina ainda não sabe o que é perder jogando em São Januário. Porém, o Vasco não leva vantagem no confronto direto com os adversários. A equipe perdeu para São Paulo (2 x 0), Cruzeiro (3 x 1) e Botafogo (4 x 0) no primeiro turno, atuando em todas as partidas como visitante.

No quesito de confronto direto, o São Paulo larga na frente dos adversários na concorrência pelo título. Além da vitória sobre o Vasco, o Tricolor fez 2 x 0 no Botafogo, no Morumbi, e 2 x 1 no Cruzeiro, no Mineirão.

Já a Raposa vai enfrentar todos os adversários fora de casa no returno, enquanto o Alvinegro carioca tem o clássico contra o Vasco e encara o São Paulo no Rio de Janeiro.

Ataques contra defesa

O velho jargão do futebol "a melhor defesa é o ataque" não é uma realidade para o São Paulo neste Campeonato Brasileiro. Líder isolado na tabela, o Tricolor foge da escrita das quatro últimas edições da competição. Enquanto os concorrentes Cruzeiro, Vasco e Botafogo têm o ataque como grande arma, o time paulista tem marcado poucos gols, mas é o dono da segunda melhor defesa da história do Brasileirão.

Em 20 jogos, o Tricolor balançou as redes apenas 24 vezes, sendo 10 gols de bolas paradas e apenas 14 com a bola em movimento. O aproveitamento do ataque são-paulino é o mesmo do rival Corinthians, que ocupa apenas a 12ª colocação, mas que sofreu 26 gols. Artifício muito utilizado pelo São Paulo nos últimos anos, a bola parada tem sido pouco aproveitada pela equipe, que marcou apenas três gols em cobranças de pênaltis, três após cobranças de escanteio e quatro originados em cobranças de falta, diretas ou não.

Diferente do time paulista, Cruzeiro, Vasco e Botafogo, segundo, terceiro e quarto colocados, respectivamente, são os donos dos três melhores ataques do Brasileirão. Os mineiros estão no topo da lista, com 44 gols marcados: 11 em bolas paradas e 33 em movimento. Isso evidencia que o toque de bola tem sido fundamental para a Raposa, que marcou apenas um gol de falta e dois de pênalti. Os chutes de longa distância também têm sido bem aproveitados pelo Cruzeiro, que já balançou oito vezes as redes dos adversários dessa forma.

Apesar de ter despencado na tabela, o Botafogo, que liderou boa parte do primeiro turno e agora ocupa apenas a quarta colocação, ainda é dono do segundo melhor ataque, com 39 gols: 23 em movimento e 16 em bolas paradas. O fator de desequilíbrio do time carioca têm sido a pontaria de seus jogadores, que marcaram sete gols de falta (equipe que mais marcou) e acertaram 12 cruzamentos para gols. Os atacantes do Bota também estiveram com a cabeça no lugar para marcar oito gols com esse fundamento.

Invicto dentro de casa, o Vasco é dono do terceiro melhor ataque, com 35 gols marcados: 11 de bola parada e 24 em movimento. Assim como o Cruzeiro, o Gigante da Colina aposta no toque de bola, tanto que marcou 31 gols de dentro da área. A equipe anotou mais cinco em cobranças de pênalti e é a equipe que mais fez gols assim no Brasileirão. Além disso, fez três gols em escanteios, quatro em jogadas de linha de fundo e 11 em bolas aéreas.

Agora, quando o assunto é a defesa, ninguém é páreo para o São Paulo. Foram apenas sete gols sofridos em 20 partidas, 13 a menos que o Grêmio, dono da segunda melhor defesa. Em relação a Cruzeiro, Vasco e Botafogo, a diferença é múltipla de sete. Os mineiros sofreram 35 gols, cinco vezes o número de gols sofridos pelo Tricolor; o Vasco levou 28; o Botafogo, 21. Pelo alto, o Tricolor é praticamente imbatível: sofreu apenas um gol de cabeça e segue invicto nas cobranças de escanteio. Ao todo, sofreu um gol de pênalti, dois em cobrança de faltas, um em jogada de linha de fundo e três em bolas levantadas na área.

Briga pelo título está mais quente do que nunca

Terminado o primeiro turno, a briga pelo título do Campeonato Brasileiro 2007 esquentou de vez. Atual campeão do torneio, o São Paulo segue isolado na ponta, com 41 pontos, mas é seguido de perto por Cruzeiro (35), Vasco (34) e Botafogo (34), que prometem lutar até o final para impedir o bi do time paulista ou ao menos se manterem na zona de classificação para a Libertadores.

Aproveitando a disputa quentíssima pela primeira posição, fizemos um raio-x do desempenho desses quatro times para tentar entender quem tem mais chances de chegar ao título. Levamos em conta diversos fatores. Cabe a você, leitor, tirar as conclusões.

Um fator que chama a atenção na briga pela primeira posição é a disputa entre ataques e defesas. Apesar de possuir o setor defensivo mais eficiente da competição, o São Paulo tem um ataque quase inoperante. Ao contrário de Cruzeiro, Vasco e Botafogo, implacáveis na hora de marcar gols.

Quando o assunto é jogar dentro ou fora de casa, melhor para o Vasco, que está invicto em São Januário, e para o São Paulo, que não costuma respeitar os anfitriões. Já Cruzeiro e Botafogo levam pequena vantagem porque se reforçaram melhor que os rivais, embora os vascaínos também tenham fortalecido bem o elenco.

Por fim, o que também pode fazer a diferença é a média de idade dos times. O que vale mais: experiência ou juventude?

Fonte: Placar

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