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| NETVASCO - 19/08/2007 - 16:58 - Colégio Vasco da Gama, a 'Escolinha do Professor Eurico' Primeira equipe a abrir as portas para os negros no País, o Vasco também é pioneiro no futebol carioca a construir uma escola em sua sede para educar seus futuros craques. Inaugurado em março de 2004, o colégio que carrega o nome do clube atende atualmente 160 atletas federados. Eles estudam Inglês, Espanhol, Artes, Filosofia, Sociologia e as matérias tradicionais. Têm acesso à biblioteca, recebem alimentação e cuidados médicos e odontológicos e aprendem nas aulas de Literatura a História do Vasco, fundado em agosto de 1898. Idealizadora do projeto educacional e coordenadora da escola, a assistente social Maria da Glória Gomes, de 63 anos, tem como objetivo principal formar cidadãos, mesmo que os jovens atletas não sigam carreira no esporte. "Após ser aprovado no teste do Vasco, o garoto (a) é entrevistado (a) por mim e aí vejo sua necessidade. Muitos chegam até sem documentação". Maria da Glória cuida dos 160 atletas, dos quais apenas 20 não praticam futebol e seis são mulheres. Cinqüenta deles moram na Pousada do Almirante, nome dado à concentração que fica em cima do vestiário dos profissionais. Eles vêm de todos os cantos do País. Longe dos pais, encontram em São Januário um ambiente familiar. "O Vasco se preocupa com a parte social." Registrada na Secretaria Estadual de Educação, a escola funciona em duas casas próximas ao campo, com sete salas de aula, mais auditório e refeitório. Quem treina pela manhã estuda à tarde e vice-versa. Maria da Glória contou que recebe vários jovens com a escolaridade defasada, "principalmente quando vêm do Nordeste." "Neste caso, fazemos aceleração de ensino, com professora particular." O Vasco gasta cerca de R$ 25 mil por mês para manter este projeto. "Eles tomam café da manhã, lancham, almoçam e ainda podem jantar no clube." Todos ganham material escolar e uniforme. Os residentes recebem livros. "Ofereço aos melhores de cada turma uma mochila do Vasco. Isso estimula." A coordenadora é exigente. Acompanha sempre o rendimento escolar dos alunos e olha todos os dias a lista de freqüência. "O atleta se ausentou de duas ou três aulas, já ligo para os pais." A cobrança atinge até quem já é maior de idade. "Não gosto de professor que dá prova pequena e digo que tem de forçar o aluno a pensar." Desde sua fundação, o colégio já formou três turmas do ensino médio e fundamental. "Educação é o que falta neste País", diz Maria da Glória. Os alunos sentem orgulho da instituição, que lutou, no início do século 20, contra o preconceito numa época em que o futebol era esporte de elite. Formado por negros, operários e suburbanos, o time cruzmaltino sagrou-se, em 1922, campeão da Segunda Divisão do Campeonato Carioca. No ano seguinte, faturou o título da Primeira Divisão. Os rivais, então, exigiram o afastamento dos 12 atletas negros do Vasco. O clube não concordou e se desvinculou da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), que organizava a competição. Somente em 1925, os times chamados grandes remodelaram o futebol carioca, aceitando a inscrição de jogadores humildes e o retorno do time literalmente preto e branco. Fonte: Estadão |
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