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| NETVASCO - 15/08/2007 - 12:03 - Ramón fala sobre passagens pelo Vasco em entrevista São quase 20 anos de carreira com passagem por alguns dos clubes do país, onde obteve triunfos nas principais competições nacionais. O que poderia acomodar o meio-campista Ramón, campeão brasileiro e da Copa Libertadores pelo Vasco da Gama, acaba sendo fator de motivação. E recebe uma dose extra quando o assunto é o nível apresentado nos gramados brasileiros atualmente. Assim como seus contemporâneos Romário, que se consagrou na artilharia do Nacional do ano retrasado, e Edmundo, um dos destaques do Palmeiras na atual temporada, o jogador acredita em seu potencial para, agora no Atlético-PR, levar o time comandado por um "velho conhecido" à parte superior da tabela de classificação. Após um problema que o deixou em silêncio e evitou um acerto anterior com os paranaenses, Ramón revelou, em entrevista ao Pelé.Net, o sentimento de discriminação existente no Brasil em relação aos "trintões", e também comentou suas passagens no exterior e a relação afetiva com o clube de São Januário. Por que só agora você acertou com o Atlético-PR? Houve uma possibilidade de fechar no primeiro semestre. O que de fato ocorreu? Eu fechei contrato antes e tive um problema com uma pessoa que trabalhou lá. Saí calado e prefiro não falar nada. Você já está com 35 anos e, ao lado do Alex Mineiro, que se recupera de lesão, e do goleiro colombiano Viafara, é o atleta mais experiente do elenco atleticano. A equipe tem condições de suportar a pressão de maus resultados sem jogadores tão rodados? Ainda acha que tem espaço no futebol brasileiro atual? Acho que o time tem tudo para crescer no returno do Brasileiro. O Lopes tem uma experiência de ter trabalhado com jovens e é comum a reação do Atlético-PR durante uma competição. Infelizmente essa mescla não vem acontecendo muito, e acho que tenho a ajudar. Falta qualidade técnica no futebol brasileiro atual e tem vários jogadores acima dos 30 que poderiam estar atuando em grandes clubes. Sem dúvida o preconceito é uma coisa que existe. Você se firmou ao longo da carreira atuando por equipes rivais - Bahia e Vitória, Cruzeiro e Atlético, Botafogo, Fluminense e Vasco. Como fica marcado isto para você? Você se sente mais representado com a camisa de qual clube? Eu tenho um carinho muito grande pelo Vasco. Joguei também por outras grandes equipes, mas lá foi onde mais joguei e tive as principais conquistas. É uma felicidade muito grande voltar a jogar, ainda mais em uma estréia que vale tanto para nós, e a torcida vai entender muito bem. Em 2002, você conquistou a Bola de Prata da "Revista Placar" atuando pelo Vasco, que não realizou uma grande campanha naquele ano - terminou apenas na 15ª colocação. Por que o brilho particular e o "fracasso" do time? A equipe não conseguiu o objetivo. Tive uma participação muito boa. O Vasco cresceu no final. Se houvesse mais três ou quatro rodadas, poderíamos ter disputado a fase final. Ainda no Vasco, você conquistou os principais títulos de sua carreira, incluindo-se um Brasileiro e uma Libertadores. Em ambos, esteve sob o comando de Antônio Lopes, que é o atual treinador do Atlético-PR. Qual a sua relação com ele? Minha relação com ele é muito boa. Ele me conhece, sabe do meu profissionalismo, do meu caráter. Mas eu já havia assinado contrato com o Atlético-PR bem antes [ainda no início do semestre, em meio à disputa do Campeonato Paranaense, quando o time era dirigido pelo técnico Vadão]. Anos antes, você havia tido uma oportunidade no futebol alemão - defendeu o Bayer Leverkusen - , mas também disputou apenas uma temporada antes de chegar pela primeira vez em São Januário. Por que não deu certo? Foi uma boa experiência. Fiquei um ano e meio lá na Alemanha e pintou o Vasco como um grande projeto. Não chegou a ser questão de adaptação, queria mesmo voltar ao Brasil, estar mais perto da seleção brasileira. ROGÉRIO E MAIS QUEM? Uma de suas especialidades, as cobranças de falta chegaram até a te dar uma oportunidade de Ramón vestir a camisa da seleção brasileira - em 2001, pela Copa das Confederações diante da França, marcou desta maneira o único gol defendendo o país. Mas a atual realidade do futebol, segundo o meia, expõe as deficiências para que este panorama mude. E que um goleiro se revele como o principal nome neste quesito. "Acho que mudou muito da minha época para cá. A confiança que o Rogério Ceni tem no São Paulo, por exemplo, permite que ele tenha mais sucesso nas cobranças. Há uma carência no futebol brasileiro. Na década de 80, o Zico e o Roberto Dinamite construíram aquela mística. Falta mais treinamento. Hoje, um jogador começa a despontar e já vai embora", analisou. Fonte: Pelé.Net |
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