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Netvasco - 16/06 - 09:43 - Conheça história da ex-atleta Aída dos Santos

Jogos Olímpicos de 1964. A carioca Aída dos Santos chega a cidade de Tóquio como a única integrante da delegação brasileira de atletismo, vaga garantida com o índice de 1.65 m conquistado no salto em altura. Sem técnico ou material adequado, a atleta observando suas concorrentes cercadas de cuidados, com psicólogos, treinadores e fisioterapeutas, torce o pé, mas mesmo assim, alcança a marca de 1.70 m. Garantida em as melhores do mundo, Aída supera a dor e a emoção, passa o sarrafo a 1.74 m e termina a competição em quarto lugar. Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, uma brasileira fica a milímetros do pódium.

Nos momentos da sua participação na prova do salto em altura, Aída dos Santos usava sapatilhas de velocista e bota de gesso preparada por um médico cubano. Tinha almoçado chuchu com camarão e estava sozinha no estádio olímpico. A dor no pé era grande mas estava muito motivada e foi ultrapassando o sarrafo sem problemas até a marca de 1.74 m. Aída estava vivendo um sonho e não teve condições emocionais para passar para 1.76 m, marca que lhe daria a medalha de bronze.

A carreira de Aída dos Santos começou acidentalmente, em 1958. Aos 19 anos de idade, a jovem esguia participava empolgada de competições de volei e basquete em Niterói, e nunca tinha dado muita atenção ao atletismo. Naquela época costumava encontrar algumas amigas para jogar voleibol no Estádio Caio Martins. Um dia, uma amiga que a levava de bicicleta e treinava atletismo, disse que a levaria de volta se ela participasse do treinamento. Para não perder a carona, Aída resolveu tentar o salto em altura. Saltou 1.45 m. igualando o recorde brasileiro.

Mesmo contra vontade do pai, ela começou a treinar e, depois de algumas confusões, muitas broncas até uma surra, Aída acabou integrando na equipe do Vasco da Gama. Apesar de estudar educação física e trabalhar em um Banco estadual, ainda encontrava tempo para se aprimorar e se destacar como uma das melhores atletas do país. Por várias vezes foi campeã estadual, brasileira e sul-americana. Aída também disputou as Olimpíadas no México, onde sofreu uma distensão, mas conquistou suas medalhas mais importantes com um terceiro lugar na prova do pentatlo nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, Canadá em 1967 e, de Calí na Colômbia, em 1971.

Consciente das dificuldades pelas quais passavam os atletas brasileiros na preparação e disputa de competições internacionais, Aída sempre fez questão de expor suas idéias e lutar por melhores condições de treinamento. Sua franqueza, porém, acabou fazendo com que alguns dirigentes a prejudicassem em momentos importantes. Professora titular da cadeira de Educação Física na Universidade Federação Fluminense desde de 1975 e diretoria de atletismo do Botafogo, Aída dos Santos foi homenageada com a inauguração, em 1995, da pista de atletismo da UFF, batizada com seu nome.

Aída dos Santos foi uma das ex-atletas do Vasco que carregaram a Tocha Olímpica em passagem pelo Rio de Janeiro.Confira como foi a passagem da Tocha Olímpica pelo Rio de Janeiro.

Fonte: Museu dos Esportes, NETVASCO




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