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Netvasco - 11/04 - 06:33 - Dinamite volta ao campo de pelada da infância

Na terça-feira, a massa vascaína estará em festa. Seu maior ídolo, Roberto Dinamite, o homem da camisa que tem cheiro de gol, como era chamado pelo saudoso locutor Waldir Amaral, completará meio século de vida, glórias e gols. Muitos gols. E o presente o artilheiro já escolheu: o bi estadual, sobre o Flamengo. “Aí, estará tudo perfeito”, sonha Dinamite.

Parecia até que Waldir Amaral pressentira a falta de sensibilidade de Eurico Miranda, presidente do Vasco, que além de expulsar Roberto e seu filho da Tribuna de Honra de São Januário, preferiu imortalizar a camisa de número 11, a preferida de Romário, um flamenguista assumido, à 10 de Dinamite, maior artilheiro do Campeonato Brasileiro e quarto maior artilheiro do mundo em campeonatos nacionais, segundo a Federação Internacional de História e Estatística de Futebol (IFFHS).

“Foi uma decisão pessoal, sem nada a ver com a história do clube. Faltou respeito ao ídolo. Mas isso não me surpreende. As coisas no Vasco são decididas assim, sempre de forma unilateral. Sem a instituição ser levada em conta”, detona Roberto, como se soltasse uma bomba em redes adversárias.

A convite do ATAQUE, Roberto voltou ao campinho irregular do São Bento, em Caxias, time de pelada onde sua história de sucesso e 754 gols, sendo 708 deles pelo Vasco, começou.

“Seu Gradim (olheiro) me viu jogando aqui e me levou para o Vasco, em 69, quando ainda tinha 14 anos, para atuar no time juvenil (os juniores da época). Dois anos depois, chegava aos profissionais”, lembra Roberto.

Na noite chuvosa de 25 de novembro de 71, uma quarta-feira, nasceu o apelido Dinamite, que acabou incorporando ao nome. Roberto entrou no intervalo da partida com o Internacional, no Maracanã, no lugar de Gilson Nunes. O Vasco venceu o time gaúcho por 2 a 0 e ele fez o segundo gol.

“Bati forte, de direita, de fora da área. No dia seguinte, o Jornal dos Sports estampava em manchete: ‘Garoto dinamite explode no Maracanã’”, relembra o artilheiro.

Todos exaltam o gol em que deu o lençol no zagueiro Osmar, do Botafogo, pelo Estadual de 76, como o mais bonito de sua carreira. Mas Bob, como era chamado pelos companheiros, guarda um na memória com especial carinho, por ter recebido elogios do Rei Pelé.

“No Brasileiro de 73, recebemos o Santos, no Maracanã. A partida terminou 1 a 1. Eu fiz o gol do Vasco. A acertei um belo voleio, à la Bebeto. Depois o Pelé veio me cumprimentar. Tinha apenas 19 anos, foi um momento mágico”, emociona-se.

Roberto fez questão também de acabar com mais uma polêmica. O Dinamite garante que nunca foi Botafogo e que jamais assistiu a um jogo sequer do time da estrela solitária.

“Botafoguense é o meu irmão. Fui ao Maracanã para ver a final do Estadual de 66. Torci pelo Bangu, que venceu o Flamengo por 3 a 0 e foi campeão”, explica.

Se a sua camisa 10 não foi imortalizada, pouco importa. Fundamental é saber que vascaínos de todas as idades o tem como o grande e verdadeiro ídolo da Colina Histórica.

Parabéns, Roberto Dinamite!

Um ídolo que sempre fez questão de valorizar a família

Um dos programas que Roberto mais gosta de fazer é voltar a Caxias para rever os irmãos mais velhos Ana Lúcia e José Antônio, que até hoje moram no mesmo bairro Santo Antônio, onde nasceram.

“Ele sempre vem aqui. O Calu (apelido de infância) adora almoçar na minha casa. Visitar os amigos de infância”, destaca Ana, ao lado do irmão famoso, que saboreava uma suculenta carne assada.

José Antônio até hoje parece não acreditar que o caçula da família tenha conseguido voar tão alto.

“Olho esse campinho e ainda o vejo jogando pelada. Sempre soube que ele tinha talento para o futebol. Mas nuca pensei que pudesse disputar duas Copas do Mundo. Para completar ainda é deputado estadual. Tenho muito orgulho dele” derrama-se José.

O forte de Roberto não era apenas marcar gols. Filhos também era uma especialidade do artilheiro. O enteado Alexandre, de 36 anos, filho de Jurema, sua primeira mulher, o tem como um verdadeiro pai. No primeiro casamento ele teve mais dois: Luciana (29) e Tatiana (25). Do segundo, com Liliane, mais dois: Roberta (15) e Rodrigo Dinamite (isso mesmo!), de 11.

“O Rodrigo gosta muito de futebol e leva o maior jeito. Acho que ele puxou o pai”, derrama-se a tia coruja.

José Antônio lembra muito bem das dificuldades do Roberto no início da carreira: “Ele pegava dois ônibus e demorava umas duas horas para chegar a São Januário”.

Já a irmã do Dinamite lembra do orgulho da mãe, Neuza, e do pai, José: “Mamãe ia a todos os jogos no Maracanã. Ela estava até no que ele recebeu o apelido de Dinamite. Já o papai o acompanhava até nos treinos. O Roberto, até por ser o caçula, recebeu muito apoio da família”

Fonte: O Dia




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