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Futmesa: Robson Marfa fala sobre títulos na modalidade Sectorball


Sexta-feira, 08/07/2011 - 08:04

Confira abaixo a entrevista do atual Campeão Brasileiro da modalidade Sector Ball:

VF: Como foi conquistar o 1º Campeonato Brasileiro Individual de Sectorball?

RM: A conquista do Campeonato Brasileiro Individual de Sectorball foi uma sensação maravilhosa, mas não de caráter individual. Foi de um desejo de obrigação, carinho e responsabilidade do dever cumprido para o clube que é a minha casa, assim como de todos os amigos que aqui tenho, amantes do nosso esporte.É extremamente importante a visibilidade do Vasco da Gama nacionalmente e mais ainda internacionalmente. Isto é fruto do apoio que a diretoria do Vasco tem com nosso grupo, nos respeitando como todos os esportes no clube. O topo é onde o Vasco deve sempre estar e devo realçar que poderia ter sido qualquer um dos dois meus amigos de clube que chegaram em segundo e terceiro lugar, Marcelo Lages e Igor Quintaes. Qualquer um dos três o titulo estaria em boas mãos. Aproveitando, gostaria também de agradecer os dois porque foram os meu maiores incentivadores para começar a jogar o Sectorball. Não posso deixar de agradecer que apesar de não jogarmos no mesmo clube, um grande incentivador Marcelo Coutinho do Bangu.

Agora não tem preço receber o troféu de campeão brasileiro das mãos do lendário Horváth Imre da Hungria, que é tão somente tetra campeão mundial.

VF: Qual foi a partida mais difícil na competição, e quando vc sentiu que poderia chegar ao título?

RM: Sem dúvida a partida mais dificil foi a semi-final contra o Igor por 1x 0, onde fui sem dúvida muito inferior ao meu adversário. Eu somente chutei um bola no inicio do jogo e marquei. Meu adversário perdeu 3 gols incríveis, talvez pela ansiedade, nervosismo e por achar que eu era o favorito do jogo.

VF: Além do título Individual, vc conquistou o Nacional de Duplas com Marcelo Lages e o Interclubes, ou seja, 3 títulos nacionais, o que significou para vc essa tríplice coroa nacional no Sector?

RM: A tríplice coroa é muito importante em qualquer esporte, mas não quer dizer que você é o melhor. Reforça que eu e a equipe que eu integrei estávamos preparados para o êxito naquele momento. Não foi só botar o time na mesa, houve um planejamento desde divulgar a importância da regra, do departamento em fabricar mesas para treinarmos, trazermos o Imre para palestrar, demonstrar as regras, como jogar e as boas táticas. Tudo é um conjunto de acertos bem planejados que ratifica que podemos ter sucessos em outras categorias. Espero que a tríplice coroa incentive a mais vascaínos, principalmente, ou outros amantes amadores de futebol de mesa a procurar nosso departamento para fazer parte da nossa equipe. Essa seria minha maior realização para tentarmos continuar a manter a nossa hegemonia na regra.

VF: Como foi formar a dupla com Marcelo Lages?

RM: Marcelo na minha opinião é o melhor botonista de Sector ball na atualidade, pois além do vice brasileiro deste final de semana, foi vice campeão do open internacional e vice-campeão do carioca ano passado, tendo ainda participado da seleção brasileira que viajou para Hungria em 2009. Jogar em dupla não é fácil, mas quando você está jogando com um amigo que tem potencial, é paciente e sabe articular o que devemos realizar só poderia ter como resultado o título.

VF: No Open Internacional, vc foi eliminado na semi-final pelo Húngaro Horváth Imre, fale sobre esse jogo.

RM: Com certeza o Horváth Imre era o favorito, mas apesar de não gostar de perder, a derrota placar de 3x1 mostra que em mais um ano teremos condições de enfrentar os europeus com mais qualidade no Sector. Basta mais dedicação,de conhecermos ainda mais a modalidade e seus materiais de jogo. O Sectorball é uma variação do 1 toque ou vice-versa para não criarmos polêmicas em relação a origem, mas o adepto da modalidade de 1 toque no Brasil que são atualmente 1043 de norte a sul tem bastante potencial para ser um bom praticante. Então aproveito a oportunidade também de fazer a convocação para mais adeptos. Jogando com Imre foi interessante porque no início ele estava jogando e ensinando o que tinha que ser feito. Abriu o placar e logo em seguida empatei. Como eu sabia que seria quase impossível ganhar nos "Shoot out" eu me coloqueio mais no ataque, porém não resistindo sua categoria e supremacia de mais 40 anos de experiência na regra.

VF: Vc acredita que o Brasil possa chegar ao pódio no próximo Mundial?

RM: Claro. A camisa amarela em qualquer esporte assombra os adversários, pois qualidade e experiência nós temos de sobra. O brasileiro normalmente sai na frente porque se adapta com muita facilidade a novas regras. Este grupo deve continuar se preparando com a adaptação dos novos materiais e bastante treinamento, claro que sempre trocando idéias sobre táticas e observando os jogos internacionais poderemos estar entre os três no pódio. Não vamos sair como favoritos como a Hungria, mas vamos brigar muito pelo melhor na modalidade.

VF: Em 2012 teremos o Mundial de Sectorball no Brasil, vc acha que carimbou o passaporte para a seleção com essas conquistas?

RM: Eu sou um cara muito realista e prefiro esperar a convocação da Confederação Brasileira de Futebol de Mesa, com certeza, no mínimo estarei lá para assistir e bater palmas para este grande feito.

VF: Qual sua expectativa com relação ao Mundial, bem como, vestir a camisa da seleção brasileira?

RM: Vestir a camisa da seleção é um sonho que infelizmente não pude fazer por problemas pessoais, físicos e de trabalho quando não fui a Budapeste. Já dei um grande passo, mas para isso creio que tem que jogar quem esteja melhor tecnicamente. Não adianta relaxar após a conquista e não procurar melhorar ou manter o nível.

VF: No ano passado devido sua operação no joelho vc não pode participar de todas as etapas do Estadual de Sector, esse ano o título estadual individual está em seus planos? a dupla com Marcelo Lages será mantida para o Estadual de Duplas?

RM: Ano passado foi dificil, pois sofri uma lesão no joelho direito em abril e tive que ser operado. Consegui com muita dificuldade e sabe lá Deus como fazer a final do Centro-Sul Brasileiro de Disco. Depois disso somente voltei a jogar futebol de mesa em novembro, assistindo somente os comentários dos jogos. Para quem ama este esporte é difícil ficar tanto tempo fora. Quanto a dupla, depende do Marcelo, pois acho que temos que manter sim. Acho que o carioca vais ser mais difícil que o Brasileiro este ano.

VF: Deixe suas considerações sobre o Sectorball.

RM: A regra vai crescer no Brasil, pois como já venho falando é muito parecida com 1 Toque e tem algumas características de outras modalidades. A mesa tem um tamanho inferior a do Disco, e isso facilita o translado. O tempo de duração de 13 minutos por tempo é excelente. É de fácil entendimento para os novatos e com um custo muito baixo pelos botões.

VF: Para finalizar, fale de seu currículo no Futebol de Mesa após este final de semana.

RM: Comecei a jogar o futebol de mesa organizado e reconhecido na regra de 1 toque em 1993, ou seja, com 18 anos de história:

Vice campeonato brasileiro em 2000 de 1 toque

Duas vezes vice-campeão do Centro-Sul Brasileiro(2008 e 2010) de 1 toque

Bi-Campeão Estadual 2007 e 2008 de 1 toque

Penta-Campeão da Copa da Federação do Rio de Janeiro de 1 toque

Tetra-Campeão da Copa Rio de 1 toque

Campeão Estadual Interclubes 2010 com o Vasco no Sectorball.

E agora campeão brasileiro individual, de duplas e interclubes de Sectorball.

Fonte: Blog Vasco Futmesa