A vida de Pedrinho mudou completamente nos últimos meses. Escolhido presidente do Vasco no último sábado (11/11), o ex-jogador terá o seu primeiro desafio como dirigente e, ao portal LeoDias, contou como tomou essa decisão e o que pretende fazer para resgatar as glórias do time Cruzmaltino.

Até pouco tempo, Pedrinho vivia uma rotina totalmente diferente, como comentarista esportivo do Grupo Globo. Tido como um dos melhores da profissão no Brasil, ele surpreendeu a todos quando anunciou a sua saída para concorrer à presidência do Vasco, time que revelou Pedrinho para o futebol e onde se tornou ídolo.

Desafio como presidente

alguns títulos como jogador, estão dois Brasileiros e uma Libertadores, além de prêmios individuais que renderam ao jogador o sucesso no futebol dentro de campo. Como comentarista, o sucesso veio nos bastidores, mas de acordo com o ex-jogador, faltava algo mais:

"Eu me impus um desafio: trazer de volta o Vasco que vivi. Sou realizado no aspecto pessoal, financeiro e profissional. Mas o que mais mexe comigo é que nunca resolveram os problemas do Vasco. São pelo menos 20 anos de deterioração. Era o melhor momento para que eu tomasse essa decisão", contou o jogador ao portal.

A surpresa com a saída de Pedrinho da Globo, nem é tão novidade para quem vive o ambiente do Vasco, do qual o ex-jogador é participativo há bastante tempo: "Estou preparado e com uma equipe extraordinária e parceiros sólidos. O momento é esse e a oportunidade está aí. As pessoas depositavam em mim a possibilidade de uma virada no que é a política do Vasco, em todos os aspectos. Temos totais condições de fazer um clube forte. Temos pela frente a oportunidade de modernizar São Januário e as outras sedes", contou Pedrinho.

Para chegar à presidência, Pedrinho contou que teve de se superar como pessoa ao decidir manter o tom de conciliação e união em meio à ameaças que sofria. "O vascaíno já viveu a urna 7, o golpe da Lagoa e até ameaças físicas. Eu, por exemplo, fui ameaçado de morte. Para mudar isso, tomei a iniciativa de cumprimentar meu adversário no último jogo em São Januário, o que causou espanto para as pessoas que estavam em volta", detalhou o ex-jogador, que disputou com Leven Siano nas eleições.

Pedrinho recebeu 2873 votos, contra 1720 do adversário. A votação foi online, mas o sócio teve a opção de votar em cabines na sede social do Calabouço, no Centro do Rio de Janeiro.

Relação com a SAF que gere o futebol do clube

A grande dúvida em torno das eleições do Vasco, fica pelo papel do presidente Pedrinho a partir de agora, já que o acionista majoritário da SAF, a empresa que gere toda a parte voltada ao fubteol do clube, é a 777 Partners. O ex-jogador será o representante do Vasco no Conselho e a expectativa é usar o conhecimento no futebol como uma aliança ao pensamento empresarial dos novos donos:

"Vasco é futebol, o negócio da Vasco SAF é futebol, alguém do Conselho precisa entender de futebol. Nada fará sentido se não tivermos um futebol competitivo. Acredito que essa seja a união perfeita e não podemos perder essa oportunidade", disse Pedrinho, que ainda relatou já ter sido procurado antes: "Eles sabem que posso ajudar, tanto que queriam me pagar por essa ajuda. Acha que não aceitarão essa ajuda agora?", completou.

Sonhos a frente do Vasco

Pedrinho começou ainda criança na escolinha de futebol do Vasco, até virar ídolo dos títulos históricos do alvinegro nos anos 90, como a Libertadores de 1998, principal título de sua carreira.

A vida dentro do clube deu ao ex-jogador o fanatismo de um torcedor apaixonado e agora ele tenta resgatar como dirigente, o que viveu dentro de campo:

"Meu maior sonho, de verdade, é ver novamente essa imensa torcida bem feliz". A torcida do Vasco é incrível. Não falo isso porque sou vascaíno. Quem conhece sabe. Ela nunca abandonou o clube. E olha que são mais de 20 anos de tragédias. O maior pesadelo com o Vasco eu vivi nesses últimos 20 anos".



Fonte: Portal Leo Dias