Mauro Galvão concedeu entrevista ao podcast Livre Leve Solto; veja como foi
Quinta-feira, 05/10/2023 - 22:43
Livre Leve Solto - Mauro Galvão e Wagner Menezes

Mauro começou a carreira profissional jogando no clube que torcia na infância, o Internacional, e com apenas 18 anos, ajudou o clube a conquistar de forma invicta o Campeonato Brasileiro de 1979. Pelo Internacional foi ainda tetracampeão gaúcho (1981-1984), campeão do Torneio Heleno Nunes (1984) e, juntamente com todo o elenco do clube, mas com a camisa da Seleção Brasileira, conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de 1984. Durante este período, Mauro Galvão tornou-se um dos 10 jogadores que mais vestiram a camisa do Internacional na história.

Após sete anos a serviço do Internacional, o zagueiro transferiu-se para o Bangu, aceitando o convite de Paulo César Carpegiani para um projeto para a conquista do Campeonato Brasileiro de 1986. Apesar do ambicioso projeto e com o grande investimento do clube carioca, a equipe não alcançou o título.

Mas o ano de 1986 não foi apenas de tristeza para Mauro Galvão que foi pela primeira vez chamado para o elenco principal da Seleção Brasileira e fez parte do grupo chamado para a disputa da Copa do Mundo FIFA daquele ano.

Em 1987 Mauro Galvão transferiu-se para o Botafogo, ao lado de Marinho e Paulinho Criciúma. Na verdade, eles quase foram para o Fluminense, que pagaria por eles os 35 milhões de cruzados que o Botafogo iria pagar ao rival pelo passe de Jandir. Mas quando a diretoria do Botafogo ficou sabendo dessas intenções desistiu de comprar o passe de Jandir e trouxe os três jogadores do Bangu. Em General Severiano, Mauro Galvão ajudou o clube carioca a conquistar contra o Flamengo o Campeonato Carioca de 1989 após 21 anos sem títulos.

Três anos atuando pelo Botafogo valeram a Mauro Galvão uma vaga na Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo FIFA de 1990. Mauro Galvão foi um dos três jogadores escolhidos por Sebastião Lazaroni para formar a defesa brasileira num esquema tático que não agradou aos torcedores.
"A Seleção jogava com três zagueiros, mas não com um líbero. Os três não saiam para jogar porque a função era cobrir os laterais, liberados para atacar sempre. Faltou explicar melhor à opinião pública."
A Seleção foi eliminada pela Argentina ainda nas oitavas-de-final, mas Mauro Galvão terminou a Copa do Mundo com boas atuações que renderam-lhe uma proposta do Lugano, da Suíça.

Mauro Galvão passou seis anos na Suíça até que em 1996 aceitou a proposta do Grêmio, e retornou ao Brasil, conquistando o Campeonato Brasileiro de 1996 e a Copa do Brasil de 1997 pelo tricolor gaúcho.

Em 1997 aceitou um novo desafio e transferiu-se para o Vasco da Gama, conquistando no mesmo ano o seu terceiro título do Campeonato Brasileiro. Permaneceu no Vasco no ano seguinte para dar continuidade ao projeto do centenário do clube que visava a conquista da Libertadores de 1998 e da consequente disputa da Taça Interclubes. O objetivo inicial foi alcançado e Mauro Galvão como capitão da equipe levantou pela primeira vez na sua carreira a taça de campeão da Libertadores da América, mas na disputa da Taça Interclubes o Vasco foi derrotado pelo Real Madrid, e deixou escapar o título inédito.

O sucesso no Vasco fez Mauro Galvão permanecer no clube até o fim da temporada de 2000, onde ainda conquistou os títulos do Torneio Rio–São Paulo em 1999 e da Copa Mercosul e do Campeonato Brasileiro em 2000. No início da temporada de 2001, ele retornou ao Grêmio para encerrar a carreira e ainda conquistou o Campeonato Gaúcho de Futebol de 2001 e a Copa do Brasil de 2001.

Em 2002, aos 40 anos de idade, após a disputa de mais uma Taça Libertadores, Mauro Galvão decidiu encerrar a sua vitoriosa carreira.



Fonte: Youtube Podcast livre leve e solto com Wagner Menezes