Encarada com naturalidade internamente, cobrança de organizadas no CT repercutiu mal entre lideranças da 777 no exterior
Quinta-feira, 08/06/2023 - 22:56
A entrada de membros uma torcida organizada no CT Moacyr Barbosa, nesta quarta, não pegou bem internamente. Apesar de não ter ocorrido nenhum tipo de agressão, diversos setores do Vasco entenderam que jogadores e comissão técnica ficaram expostos e vulneráveis dentro do ambiente de trabalho.

O clube comunicou que recebeu lideranças de algumas torcidas para prestar esclarecimentos. Em alguns momentos, no entanto, o tom subiu e foram feitas cobranças duras ao técnico Maurício Barbieri e ao elenco. Os jogadores foram chamados de "frouxos" e houve críticas direcionadas especificamente a alguns atletas, caso de Pedro Raul, por exemplo.

O ocorrido não foi bem digerido por muitos no Vasco. O episódio repercutiu mal inclusive entre lideranças da 777 fora do país. Enquanto algumas pessoas que estavam no CT trataram como "situação normal no futebol", outros tantos apontaram uma exposição excessiva dos jogadores e da comissão técnica, especialmente por conta do tom ameaçador e pelo fato de o evento ter sido transmitido ao vivo nas redes sociais da torcida.

Há quem entenda que uma conversa reservada entre dirigentes e lideranças de organizadas resolveria a situação, sem expor elenco e comissão técnica. A torcida tem os resultados em campo como principal queixa, mas também reclama da falta de diálogo e transparência. O Lance noticiou primeiramente o descontentamento interno com a situação.

Inicialmente, o protesto estava marcado para a nova sede administrativa do Vasco SAF, na Barra da Tijuca. Com a informação de que funcionários foram liberados para trabalhar de casa, lideranças das torcidas então mudaram o foco para o CT e foram autorizados por dirigentes a entrar no local.

O entendimento entre os jogadores é que o grupo precisa dar uma resposta imediata em campo já no jogo contra o Inter, domingo, no Beira-Rio, independentemente das cobranças e da conversa com a torcida no CT Moacyr Barbosa.

Coube a capitão Léo tomar a frente da conversa. O zagueiro pediu um voto de confiança, defendeu o treinador e prometeu resultados imediatos. Maurício Barbieri não participou no primeiro momento, mas compareceu depois a pedido dos torcedores. Houve argumentos, em tom mais duro, das duas partes.

O diretor Paulo Bracks esteve ao lado dos jogadores durante o protesto. O CEO Luiz Mello também estava no CT e acompanhou o desenrolar da conversa.



Fonte: ge