Justiça torna réus 16 acusados de manipular jogos das Séries A e B; nenhum vascaíno está envolvido
Quarta-feira, 10/05/2023 - 00:58
A Justiça de Goiás acatou nesta terça-feira denúncia do Ministério Público contra os 16 investigados na operação Penalidade Máxima II. A informação foi divulgada pela Veja e confirmada pelo ge.

Entre os investigados, que agora passam a ser réus no caso, está o zagueiro Eduardo Bauermann, afastado pelo Santos. Após o processo de instrução, os acusados irão a julgamento.

Eduardo Bauermann está entre os réus da operação Penalidade Máxima II — Foto: Fotos: Raul Baretta/ Santos FC

Os acusados

Jogadores:


• Eduardo Bauermann (Santos)
• Gabriel Tota (Ypiranga-RS)
• Victor Ramos (Chapecoense)
• Igor Cariús (Sport)
• Paulo Miranda (Náutico)
• Fernando Neto (São Bernardo)
• Matheus Gomes (Sergipe)

Apostadores e membros da organização:

• Bruno Lopez de Moura
• Ícaro Fernando Calixto dos Santos
• Luís Felipe Rodrigues de Castro
• Victor Yamasaki Fernandes
• Zildo Peixoto Neto
• Thiago Chambó Andrade
• Romário Hugo dos Santos
• William de Oliveira Souza
• Pedro Gama dos Santos Júnior

Os casos investigados envolvem apostas para lances como punições com cartões amarelos ou vermelho e cometer pênaltis. Bruno Lopez de Moura, apostador que havia sido detido na primeira fase da operação, é visto pelo MP como líder da quadrilha no esquema de manipulação de resultados.

Na primeira fase da operação Penalidade Máxima, oito jogadores de diferentes clubes foram denunciados pelo Ministério Público e viraram réus por participarem do suposto esquema de manipulação em jogos da Série B do ano passado.

As investigações começaram depois que o volante Romário, do Vila Nova, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Ele recebeu um sinal de R$ 10 mil, e só teria os demais R$ 140 mil após a partida. Como não foi relacionado, tentou cooptar colegas de time – sem sucesso.

A história então vazou e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, ele próprio um policial militar, investigou o caso e entregou as provas para o Ministério Público de Goiás. A primeira denúncia, feita há dois meses, indicava que havia três jogos suspeitos na Série B do ano passado: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa e Londrina.

A nova fase da operação investiga a conduta do grupo criminoso em outros 13 jogos entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023:

Palmeiras x Juventude (Série A - 10/09/2022)
Juventude x Fortaleza (Série A - 17/09/2022)
Ceará X Cuiabá (Série A - 16/10/2022)
Sport X Operário- PR (Série B - 28/10/2022)
Goiás X Juventude (Série A - 05/11/2022)
Bragantino X América-MG (Série A - 05/11/2022)
Santos X Avaí (Série A - 05/11/2022)
Botafogo X Santos (Série A - 10/11/2022)
Palmeiras X Cuiabá (Série A - 06/11/2022)
Bragantino X Portuguesa (Campeonato Paulista - 21/01/2023)
Guarani X Portuguesa (Campeonato Paulista - 08/02/2023)

Fonte: ge